segunda-feira, 1 de abril de 2019

Dumbo e a crítica aos circos com animais.



Dumbo, o clássico da Disney de 1941, teve sua releitura feita pelo diretor Tim Burton. Burton transformou a animação em filme com animais que parecem reais, usando de computação gráfica. Diferentemente do original, o diretor optou pela realidade dos animais, sem fala, evidenciando as expressões faciais dos mesmos, seus sons e linguagens corporais particulares.

Há uma evidência no filme, nesse sentido, de que independente da fala, humanos e animais são capazes de se compreender, principalmente as crianças que estabelecem empatia com Dumbo, e que os animais, assim como os humanos, são dotados de percepção, laços familiares e sentimentos, ou seja senciência.

Em boa parte do filme é exaltada a magia do circo, ao que se contrapõe os interesses meramente financeiros, de outra parte, em detrimento dos direitos e relações afetivas estabelecidas pela família do circo, humanos e animais.

Mais para o final, fica evidente a crítica do filme ao apresentar a Ilha do Pesadelo, onde não há magia, senão uma imagem sombria de todos os animais selvagens, aprisionados em jaulas, em sofrimento, cativos apenas para o entretenimento dos humanos.

Ao que segue, o dono do circo declara: 
“Nenhum animal deve ser mantido em cativeiro”. 
E apesar de ainda serem mantidos animais domesticados, como cavalos, cachorros e ratos, livres de jaulas, o circo se reinventa e torna-se um circo sem animais selvagens.

Recentemente, Portugal, país com forte tradição circense, promulgou lei que proíbe animais selvagens em circos. 

A exemplo do centenário Ringling Brothers, que foi pressionado a abolir a exploração de elefantes, tigres, ursos e qualquer animal selvagem em seus espetáculos, e encerrou suas atividades.

O filme Dumbo  é bastante sutil quanto aos abusos e maus-tratos a que animais em circos são submetidos, a quem interessar sugiro o ótimo filme Água para Elefantes, onde essa triste realidade é mais abertamente abordada.

De qualquer forma, vale a referência do filme Dumbo, em sua narrativa emotiva e sensível, em particular por sua imagem final, em liberdade. 

Só pra dar um gostinho confira o vídeo:




Que a Disney seja capaz de repensar alguns de seus parques temáticos, como o Animal Kingdom e o Typhoon Lagoon, a exemplo do Sea World, também em Orlando, ainda com animais em cativeiro. 
Animais não foram feitos para o entretenimento.

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Sobre a senciência animal comprovada pela neurociência


Dizy Ayala

Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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2 comentários:

  1. Excelente texto. Faltou um alerta de spoiler antes rsrsrs E que eu saiba o sea world não é da Disney, mas excelente crítica , parabéns.

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  2. Grata por seu comentário! Sorry pelo spoiler! Retificação feita no texto.
    Agradeço a contribuição e incentivo!

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