quarta-feira, 14 de março de 2018

Stephen Hawking e sua contribuição para a defesa dos direitos dos animais

Stephen Hawking e sua contribuição para 
a defesa dos direitos dos animais


Além de ser um dos cientistas mais conhecidos no mundo, o astrofísico Stephen Hawking era um exemplo de determinação.


Por Dizy Ayala


Pesquisa realizada pelo neurocientista Philip Low, juntamente com o renomado astrofísico, Stephen Hawking, provou além da senciência, capacidade de sentir dor, também, a consciência dos animais.

Primeiramente, o desenvolvimento da pesquisa dos cientistas teve a intenção de ajudar Hawking  a se comunicar com a mente, já que por conta de sua doença degenerativa (ELA), o cientista estava completamente paralisado, porém com a mente ativa e produtiva.

Os resultados da pesquisa foram revelados em 07 de julho de 2012, em uma Conferência em Cambridge. E dentre eles, foi ressaltado um objetivo em particular. Neurocientistas de todo o mundo assinaram um Manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Este que passou a ser conhecido como o Manifesto de Cambridge teve a presença ilustre de Stephen Hawking no jantar de assinatura do Manifesto, como convidado de honra.

No documento, Hawking, mais outros 26 pesquisadores afirmam que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos, também existem nos animais.


“Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro“. (Low)

Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas.

“A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados”.


O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas e a probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%.





"Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela sirva aos nossos ideais, em vez de competir com eles", declara Philip Low.




As conclusões do manifesto tiveram impacto sobre o comportamento do próprio pesquisador quando ele declara: "Acho que vou virar vegan. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento". 


"Não podemos mais dizer que não sabíamos!"

Dizy Ayala

Blogueira, Revisora, Escritora, 
Vegana.
Formanda em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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3 comentários:

  1. Até onde sei, Hawking não assinou a Declaração. E como o próprio texto diz, a pesquisa nunca teve o objetivo inicial de apurar a senciencia dos animais não humanos, isso foi um achado colateral que levou o coordenador da pesquisa, Philip Low, a promover a declaraçao de cambridge. Alguns outros cientistas que participaram da pesquisa tb não quiseram assinar. Isso, mais as afirmações de Hawking sobre os testes feitas em 1998, onde ele menospreza os direitos animais, me levam a perguntar: qual foi sua contribuição para a defesa dos animais? acho que nenhuma. Não achei nada até agora...

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  2. Em 1998, Hawking afirmou: "Acho que o barulho sobre o uso de animais na pesquisa médica é ridículo. Por que é pior usar animais em experimentos para salvar vidas do que comê-los, o que a maioria da população está feliz em fazer? Suspeito que os extremistas se voltam para os direitos dos animais devido à falta das causas mais valiosas do passado, como o desarmamento nuclear." Não consta que ele tenha se retratado depois da Declaração de Cambridge. Pelo menos acertou numa coisa: realmente, testar em animais é tão moralmente condenável quanto comê-los. (fonte: http://www.independent.co.uk/…/hawking-defends-animal-testi…)

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  3. A relevância de tal acontecimento, a Conferência de Cambridge, é que levou mais uma vez, a discussão para o meio acadêmico, atestando a senciência e consciência dos animais e, dessa forma, promove reflexão e provoca o debate acerca do uso dos animais pelos seres humanos, como consta na matéria. Esse é um importante argumento como fundamento científico para atestar, o que a sensibilidade de alguns permite perceber, mas que é imperceptível à maioria. Dessa forma, essa é a sua contribuição, ainda que colateral, atestar cientificamente, pelo testemunho de 25 renomados neurocientistas, a senciência e consciência dos animais. Fator relevante para a mudança de comportamento de universidades, cientistas, pesquisadores, alunos e sociedade quanto ao uso de animais em pesquisas científicas, assim como outros fins, como também explicitado na matéria, a partir das declarações de Philip Low.

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