quinta-feira, 31 de maio de 2018

VEGANISMO, ÉTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS


VEGANISMO, ÉTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Por Dizy Ayala
Movimentos, com base em questões éticas, culturais e ideológicas, deram início a reivindicações quanto aos direitos humanos bem como quanto aos direitos dos animais.

A evolução do pensamento que, de acordo com Naconecy (2006), está associada ao “progresso da civilização humana sob a forma de um círculo em expansão da consciência moral”.

A partir dos anos 60, passaram a ser discutidos o racismo, o sexicismo e o especismo, entre outros. Momento em que aflorou o clamor por justiça, igualdade e compaixão em contraponto à discriminação e às atrocidades cometidas na 2ª Guerra e Guerra do Vietnã.

Surgiram diversos movimentos: pela paz, pela igualdade racial, os movimentos feministas, dos homossexuais, ambientalistas e pelos direitos dos animais, entre outros. Inspirados em ícones como: Mahatma Gandhi que tornou-se um exemplo do uso da ação não-violenta, em suas manifestações pela Independência da Índia.

Martin Luther King Jr., cuja filosofia inspirada em Gandhi, defendia que todos deviam ser tratados com amor e respeito – ele que passou a ser um representante do amor universal e incondicional, valores defendidos também pelos defensores dos animais.

Inclusive, o filho, Dexter, e Corretta, esposa do Dr. King, tornaram-se veganos, ainda nos anos 90. Ou seja, a família King, e também vários de seus apoiadores, veganos, reconheceram as interseções dos direitos humanos e animais, e seus objetivos comuns.

"O veganismo me deu um nível mais elevado de consciência e espiritualidade porque a energia associada à alimentação mudou para outras áreas". Dexter declarou ao Vegetarian Times em 1995.

Em 1968, a chamada Revolución, desencadeada por estudantes franceses, chega a outros países e envolve as chamadas minorias políticas. Nessa época, o movimento feminista adota a palavra de ordem “o corpo é nosso” em alusão à independência feminina, lema que passou a ser uma bandeira inclusive para o movimento feminista vegano.

O ecofeminismo, a partir dos anos 70, passou a evidenciar a forte ligação entre a exploração da natureza e das mulheres, demonstrando a analogia entre sexismo e especismo. Na perspectiva do veganismo, “animais não existem para serem explorados pelos humanos, assim como o negro não existe para servir o branco, nem a mulher para o homem”, conforme declarou Alice Walker, autora do livro A Cor Púrpura, e feminista.

Nesta mesma época, Peter Singer, publica o livro Libertação Animal, (1975). Que destaca a discussão do especismo, a discriminação de uma espécie para outra, e propõe que os animais são dignos de igual consideração. E Tom Regan, também filósofo, autor de Jaulas Vazias (2006) defende que os animais possuem direitos, pois são “sujeitos-de-uma-vida” e que devem ser considerados como “agentes morais”.

Os dois defendem que TODOS os animais são seres sencientes, capazes de vivenciar diversas emoções, e por isso a sociedade tem o dever moral de os defender. Ambos são grandes referências para o movimento de defesa dos animais.  

Segundo Naconecy (2006), a maior parte do sofrimento a que os animais são expostos pela mão humana não ocorre pela crueldade e sim pelo uso sistêmico, considerado normal e socialmente aceito.

Exemplo disso é relatado por Alex Hershaft, sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, que tornou-se ativista pelos direitos dos animais e fundador da FARM (Movimento dos Direitos Animais de Fazenda nos EUA):

"Notei muitas semelhanças entre a forma como os nazistas nos trataram e como nós tratamos os animais, especialmente aqueles criados para alimentação. Entre elas estão o uso de vagões para transporte; o tratamento cruel diante ao iminente abate, a eficiência de processamento, destacamento emocional dos autores, e as pilhas de partes do corpo sortidas".

De acordo com ele a opressão de qualquer ser vivo senciente deve ser erradicada ”onde quer que eleve sua cabeça feia” tanto para seres humanos como não humanos. “É tudo parte da mesma luta”.

Por certo que nos dias de hoje ainda presenciamos, infelizmente, manifestações retrógradas quanto às diferenças. Principal causa, no passado e, ainda hoje, dos mais terríveis conflitos que a história nos conta. Também o especismo permanece. Sempre que haja a crença em uma “superioridade” para justificar a crueldade infligida ao oprimido.


“Os melhores reformadores”, todos os que primeiro se opuseram ao tráfico de escravos, a guerras nacionalistas, à discriminação de mulheres e à exploração do trabalho de crianças, - “todos foram considerados excêntricos” por aqueles que tinham interesses na exploração. (SINGER, 2004).

Na última década, houve uma grande mudança quanto à formação de dezenas de novos grupos de Defesa dos Animais, o que aumentou e muito, a consciência das pessoas com relação a “imensa e sistemática crueldade praticada na produção intensiva, nos laboratórios, nos circos, nos zoológicos e na caça”.

Particularmente, com o advento das mídias digitas é possível comunicar campanhas em defesa dos animais, o empreendedorismo, com novos produtos, alimentação saudável e eventos culturais a um número cada vez maior de pessoas. Para o movimento pelos direitos dos animais, a contribuição de cada pessoa é relevante, de variadas formas.

Vários grupos constroem movimentos sociais com valores que vão gerar consciência e reflexão acerca das nossas escolhas. Escolhas que irão movimentar a cidadania, a cultura, a economia e novas diretrizes mundiais com impactos globais.

Dizy Ayala

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domingo, 20 de maio de 2018

Pesquisa Ibope aponta que 14% dos brasileiros declaram ser vegetarianos


Pesquisa Ibope aponta que 14% dos brasileiros declaram ser vegetarianos
Levantamento pedido pela SBV revela que cerca de 22 milhões afirmam ‘sou vegetariano’; dentre as motivações estão a preocupação ambiental, saúde e exploração animal.
Conforme matéria de Priscila Mengue, de O Estado de São Paulo 
 Hippie pós-moderno? Comedor de alface? O perfil do vegetariano ultrapassou os estereótipos das últimas décadas e hoje atrai de adeptos da alimentação natural até quem não dispensa junk food.
Nova pesquisa Ibope Inteligência aponta que 14% dos brasileiros com mais de 16 anos – cerca de 22 milhões de pessoas – concordam parcial (6%) ou totalmente (8%) com a afirmação “sou vegetariano”. 
Na mesma tendência, estudo da Kantar Ibope Media aponta que, de 2012 até o ano passado, cresceu de 8% para 12% o total de adultos (de 18 a 75 anos) que se declaram vegetarianos nas Regiões Sul e Sudeste do País e nas áreas metropolitanas de Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília. “Deixou de ser uma escolha restrita a um grupo. Hoje toda família tem um vegetariano, um vegano”, diz Cynthia Schuck, coordenadora da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). 
Para ela, mesmo que nem todos sigam o vegetarianismo de forma estrita (sem nenhum ingrediente animal), se reconhecer como tal é positivo. “São pessoas que se identificam e estão no caminho. E, para o mercado, já é um público que conta”.
Professora do Departamento de Sociologia e Política da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Juliana Abonizio aponta que a religião foi o motivo predominante décadas atrás, enquanto hoje cresce a motivação ambiental, por saúde ou por não concordar com a exploração animal. “Tem gente que começa pela saúde e depois vira militante”.

O movimento ganhou força na internet, especialmente nas redes sociais. A estudante de Letras Leonora Vitória, de 18 anos, aderiu ao ovolactovegetarianismo após assistir filmes que envolvem o tema, como a ficção Okja, da Netflix. “No princípio eu não sabia o que consumir e como fazer. Procurei grupos no Facebook, receitas na internet e fui me virando”.

O vegetarianismo “saiu do obscurantismo”, resume a professora de Psicologia da Universidade Brasil, Pâmela Pitágoras, que estudou o tema no doutorado. “Quando uma coisa começa a crescer, a ser divulgada, atrai mais pessoas”, explica. 
Vice-presidente da Associação Alagoana de Nutrição, Viviane Ferreira aponta que a procura de um nutricionista especializado e a realização de um check-up são importantes na transição. “É preciso aprender a comer mais vegetais, o que as pessoas no geral não comem, mas é um mito achar que vegetariano é anêmico”, aponta.
A pesquisa Ibope ouviu 2 mil pessoas em 142 municípios de todas as regiões do País e classes sociais. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais.
Saiba mais sobre o modelo nutricional de alimentação saudável, sem carne http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2017/03/conheca-as-4-dicas-para-uma-alimentacao.html
Especificações:
- Vegetariano estrito
Não consome alimentos com ingredientes de origem animal, tais como carnes, leite e seus derivados, ovos e mel.
- Ovolactovegetariano
Não consome carnes. Consomem ovos e laticínios, in natura ou em receitas de pães, bolos, sobremesas, etc.
- Vegano
Mantém dieta vegetariana estrita. Consome leites, queijos e “carnes” à base de plantas e faz uso de substituições vegetais no preparo de receitas.
Exclui o uso de produtos de origem animal, para higiene pessoal e limpeza, vestuário, como couro, peles e seda, entretenimento e serviços advindos da exploração de animais.
Texto adaptado de matéria publicada do jornal online Estadão
Fonte: SVB


Dizy Ayala

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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Receita de feijoada vegana



Receita de feijoada vegana

Ingredientes

500 g de feijão preto
1 cabeça de alho
2 cebolas
1 salsão
200 g de cogumelo paris
200 g de shimeji
2 berinjelas
4 beterrabas
1/2 abóbora japonesa
4 cenouras
500 g de tofu defumado
2 pimentas dedo de moça
1 maço de salsa
1 maço de cebolinha
1 maço de coentro
4 colheres de sopa de azeite extra virgem
4 folhas de louro
Sal a gosto

Modo de preparo

Coloque o feijão em uma panela cheia de água, com sal e as folhas de louro, e cozinhe até a metade do tempo necessário. Reserve.

Corte as berinjelas em cubos grandes, a beterraba em 8 partes iguais, as cenouras em rodelas, a abóbora em triângulos e o tufu defumado em cubos pequenos.

Pique o alho, a cebola e o salsão finamente. Em uma frigideira, salteie a berinjela e, em seguida, os cogumelos com óleo de girassol e alho. Reserve.

Regue a abóbora e a beterraba com um fio de óleo e leve ao forno por 20 minutos. Reserve. 

Em outra frigideira, faça um refogado com alho, cebola, salsão, pimenta dedo de moça e talo de salsinha. Adicione o refogado ao feijão, ligue o fogo novamente e quando começar a ferver, adicione os legumes, os cogumelos e o tofu e deixar apurar até que o feijão fique cozido e o caldo grosso.

Finalize com as ervas frescas, azeite e sal. 
Sirva com arroz, farofa e couve refogada. 

Receita do Chef Thiago Medeiros
publicada na revista virtual Casa Vogue



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quinta-feira, 3 de maio de 2018

União Europeia acolhe proibição total dos pesticidas que matam as abelhas.


União Europeia acolhe proibição total dos pesticidas que matam as abelhas.  

Todos os países da União Europeia acolheram o clamor da opinião pública pela proibição total dos pesticidas que matam as abelhas.  

O movimento iniciado há 07 anos teve iniciativa e coordenação da organização Avazz junto a várias entidades ambientalistas, de proteção à fauna e flora e de nutrição humana. E junto aos colaboradores de todo o mundo foram “catalisadores” dessa vitória. Algumas das estratégias utilizadas foram a divulgação de uma sólida petição que contou com 05 milhões de assinaturas, o engajamento na consulta pública na EU, passando por financiamento coletivo a cientistas, até correr atrás de ministros em aeroportos.
 Um oficial da Comissão Europeia escreveu: "Agradecemos muito a vocês por seus esforços e dedicação ao assunto!"

A resolução proíbe o uso dos inseticidas mais usados mundialmente, os neonicoticóides, que matam abelhas e outras espécies polinizadoras, inclusive aves.

Os neonicotinoides representam uma classe relativamente nova de inseticidas e que resguardam grande semelhança química à nicotina. O primeiro e principal neonicotinóide do mundo, o imidaclopride, foi introduzindo em meados da década de 90 pela multinacional alemã Bayer. Alem de apresentarem grande potencial de contaminação ambiental, preocupante é a altíssima toxicidade que os neonicotinóides apresentam às abelhas. Para piorar esse cenário, os neonicotinóides são atualmente a classe de inseticidas mais usada no mundo. Milhões de litros são despejados nas lavouras todos os anos.

No Brasil, Lionel Gonçalves, professor da USP, criou o movimento “bee or not to be” para alertar as autoridades e o público em geral sobre o problema. “Uma previsão catastrófica de Einstein falava que, se um dia, as abelhas desaparecessem da natureza, os homens desapareceriam em seguida”, revelou.

Saiba mais aqui

A medida enfrenta as maiores indústrias químicas do mundo e as pressiona a desenvolver um modelo completamente novo de agricultura não tóxica! Dave Goulson, Professor de Biologia, Universidade de Sussex referenciou que esta é uma vitória fantástica para a ciência e para o meio ambiente; os membros da Avaaz deveriam estar orgulhosos do papel que desempenharam para garantir esse resultado".

Um dos principais argumentos usados para adiar uma votação era que os agricultores não tinham alternativas a estes produtos químicos e eram contra a proibição. Então, o time da Avaaz reuniu agricultores orgânicos e convencionais a favor do banimento em uma carta aberta que desmascarou essa ideia, e a publicou por toda a UE -- desde La Libre Belgique na Bélgica a Dagens Nyheter na Suécia. Até mesmo o maior sindicato de agricultura da Itália se uniu a nós! 
Membros da Avaaz foram de país em país pressionar pela proibição

França
A campanha começou em 2011, quando um milhão de membros da Avaaz encorajou a França a assumir a liderança deste assunto e banir os neonicotinóides no país. E, governo após governo, continuamos clamando pela liderança da França no assunto. Até que a Avaaz encontrou no Ministro do Meio Ambiente francês, Nicolas Hulot, um importante parceiro o qual lutou firmemente para que a UE banisse de vez os neonicotinóides. 
Após a votação de sexta-feira, Hulot disse: "São boas notícias para as abelhas, mas também são boas notícias para a humanidade. O paradigma está mudando e eu quero homenagear a forte mobilização popular que levou isso adiante!"

Alemanha
Vencer na Alemanha era a nossa próxima batalha! Ao longo dos anos, os membros da Avaaz, de maneira incansável, entregaram nosso clamor pela proibição a três ministros da agricultura sucessivos. Em um certo ponto, o ministro precisou configurar um novo email devido o alto volume de mensagens enviadas por nossos membros! Como pressão final, conduzimos uma pesquisa de opinião que mostrou aos ministros da Agricultura e do Meio Ambiente que os eleitores de seus partidos apoiavam a proibição, e funcionou! E, finalmente, a Alemanha optou pelo banimento! 

Reino Unido
Durante anos, o Reino Unido representou um bloqueio. Inclusive, o ex-Secretário do Meio Ambiente chegou a classificar as mensagens dos membros da Avaaz como um "ataque cibernético". Mas ano passado, após a Avaaz e seus parceiros fazerem uma forte pressão nacional, o país se tornou um líder para salvar as abelhas. Há rumores que nenhum outro tópico gerou tanto volume de correspondência entre membros do parlamento e seus eleitores!

Depois que as três maiores nações europeias estavam a bordo, países menores como Irlanda, Luxemburgo, Áustria e Eslovênia se uniram. Mas ainda não era suficiente para garantir a vitória...

Para ganhar a maioria qualificada, precisávamos que Espanha e Itália se unissem a nós
Então, nas últimas semanas, focamos toda nossa energia para ganhar em ambos os países:
·  Conduzimos pesquisas de opinião que mostravam que 87% dos espanhóis e 78% dos italianos queriam a proibição;
·  Publicamos anúncios nos principais jornais El Mundo e Il Sole;
·  Enviamos uma enxurrada de mensagens no Facebook e Twitter direcionadas aos ministros, e os entregamos as opiniões de agricultores e cientistas; e
·  Falamos com políticos e oficiais dia após dia, até a manhã da votação. Inclusive, foi um membro do time da Avaaz que avisou um funcionário do Gabinete em Madri que a Espanha tinha votado sim – estávamos tão envolvidos no assunto que anunciamos as notícias sobre o voto do seu próprio governo!

O membro do parlamento espanhol, Juan López de Uralde, (Unidos Podemos/EQUO) disse: "Nada disso teria sido possível sem a mobilização de milhões de pessoas que exerceram pressão nos governos para que isso fosse feito."

Mas não paramos por aqui, também fomos com tudo para os Países Baixos, Grécia, Polônia e outros países menores... 

Países Baixos
Algumas semanas antes da votação, nos Países Baixos, três membros da Avaaz iniciaram sua própria campanha nacional para salvar as abelhas que rapidamente viralizou e apoiada por 10 dos cientistas mais importantes do país, dois ex primeiros-ministros e até mesmo uma princesa! Depois, conduzimos uma pesquisa de opinião mostrando que quase 80% dos eleitores holandeses apoiavam o banimento -- e entregamos a campanha diretamente para o ministro da Agricultura do país. O ministro pegou a petição para "emoldurar e pendurá-la no corredor"! Assim, dois dias antes da votação, os Países Baixos se posicionaram a favor do banimento! 
Grécia
Na Grécia, enviamos nossa enorme petição ao Ministro da Agricultura, junto com pote de mel orgânico feito em sua cidade natal, e milhares de membros enviaram emails e tweets. Então, um dia antes da votação, garantimos uma notícia de primeira página no jornal pró governo mais lido do país e entramos em contato com o Vice-Ministro para conseguir falar com o próprio ministro por telefone. Finalmente, conseguimos falar com ele horas antes da votação, enquanto saía do avião! Quando ele soube que o banimento poderia depender do posicionamento da Grécia ele imediatamente se comprometeu a apoiá-lo! 
"As preocupações públicas sobre o impacto nas populações de abelhas na Grécia e na Europa têm sido muito fortes e duradouras para que a gente ignorasse."
-- Vangelis Apostolou, Ministro Grego de Agricultura e Alimentos

"Uma petição do movimento global da Avaaz, assinada por quase 5 milhões de pessoas a favor do banimento dos pesticidas que matam abelhas, foi o catalizador do resultado da decisão."
-- Efsyn – jornal grego

Foi um esforço enorme e longo para conseguir essa vitória. Parceiros como PAN, Greenpeace, Amigos da Terra e SumOfUs fizeram fortes campanhas junto com a nossa comunidade e trabalhamos de mãos dadas com cientistas, apicultores, líderes e políticos espetaculares.

Hoje, celebramos juntos. Este banimento pode representar a primeira mudança substancial na agricultura intensiva baseada em pesticidas em direção a um novo e emocionante modelo de agroecologia, no qual a produção de alimentos se dá em harmonia com a natureza e não contra ela.

Mas não podemos nos empolgar com nossas vitórias e esquecermos da luta. Temos que levar esta vitória aos EUA e ao Canadá, que analisarão proibições similares ainda este ano. E temos de seguir vigilantes na Europa -- a Bayer e a Syngenta apresentaram uma contestação judicial perigosíssima no Tribunal de Justiça da União Europeia. Temos que continuar lutando no mundo todo se quisermos proteger nossa terra da desertificação e nossa preciosa biodiversidade do colapso.

Mas nosso movimento foi construído para este tipo de luta... e esta campanha maravilhosa mostra que se um número suficiente de pessoas como nós levanta a voz de forma inteligente, PODEMOS SIM fazer com que nossos governos protejam o bem público. Então, obrigada, obrigada, obrigada e fique de olho para a próxima batalha nessa luta!


Com amor e alegria,

Alice, Antonia, Emma, Ricken, Lisa, Iain, Nell, Pascal, Nick, Camille, Francesco, Daniel, Rene, Luis, Oscar, Spyro, Julie, Marie, Olivia, Joseph, Nick, Mia e todo o time da Avaaz 


Fonte: Avazz com acréscimos e edição da redação.


Dizy Ayala

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