União Europeia acolhe proibição total dos pesticidas que matam as abelhas.
Todos os países da União Europeia acolheram o clamor da opinião pública pela proibição total dos pesticidas que matam as abelhas.
O movimento iniciado há 07 anos teve iniciativa e coordenação da organização Avazz junto a várias entidades ambientalistas, de proteção à fauna e flora e de nutrição humana. E junto aos colaboradores de todo o mundo foram “catalisadores” dessa vitória. Algumas das estratégias utilizadas foram a divulgação de uma sólida petição que contou com 05 milhões de assinaturas, o engajamento na consulta pública na EU, passando por financiamento coletivo a cientistas, até correr atrás de ministros em aeroportos. Um oficial da Comissão Europeia escreveu: "Agradecemos muito a vocês por seus esforços e dedicação ao assunto!"
A resolução proíbe o uso dos inseticidas mais usados mundialmente, os neonicoticóides, que matam abelhas e outras espécies polinizadoras, inclusive aves.
Os neonicotinoides representam uma classe relativamente nova de
inseticidas e que resguardam grande semelhança química à nicotina. O primeiro e
principal neonicotinóide do mundo, o imidaclopride, foi introduzindo em meados
da década de 90 pela multinacional alemã Bayer. Alem de apresentarem grande
potencial de contaminação ambiental, preocupante é a altíssima toxicidade que
os neonicotinóides apresentam às abelhas. Para piorar esse cenário, os
neonicotinóides são atualmente a classe de inseticidas mais usada no mundo.
Milhões de litros são despejados nas lavouras todos os anos.
No Brasil, Lionel Gonçalves, professor da USP, criou o movimento “bee or
not to be” para alertar as autoridades e o público em geral sobre o problema.
“Uma previsão catastrófica de Einstein falava que, se um dia, as abelhas
desaparecessem da natureza, os homens desapareceriam em seguida”, revelou.
Saiba mais aqui
A medida enfrenta as maiores indústrias químicas do mundo e as pressiona
a desenvolver um modelo completamente novo de agricultura não tóxica! Dave
Goulson, Professor de Biologia, Universidade de Sussex referenciou que esta é uma vitória fantástica para a ciência e para
o meio ambiente; os membros da Avaaz deveriam estar orgulhosos do papel
que desempenharam para garantir esse resultado".
Um dos principais argumentos usados para adiar uma votação era que os
agricultores não tinham alternativas a estes produtos químicos e eram contra a
proibição. Então, o time da Avaaz reuniu agricultores orgânicos e convencionais
a favor do banimento em uma carta aberta que desmascarou essa ideia, e a
publicou por toda a UE -- desde La Libre Belgique na
Bélgica a Dagens Nyheter na
Suécia. Até mesmo o maior sindicato de agricultura da Itália se uniu a
nós!
Membros da Avaaz foram de país em
país pressionar pela proibição
França
A campanha começou em 2011, quando um milhão de membros da Avaaz
encorajou a França a assumir a liderança deste assunto e banir os
neonicotinóides no país. E, governo após governo, continuamos clamando pela
liderança da França no assunto. Até que a Avaaz encontrou no Ministro do Meio
Ambiente francês, Nicolas Hulot, um importante parceiro o qual lutou firmemente
para que a UE banisse de vez os neonicotinóides.
Após a votação de sexta-feira, Hulot disse: "São boas
notícias para as abelhas, mas também são boas notícias para a humanidade. O
paradigma está mudando e eu quero homenagear a forte mobilização popular que
levou isso adiante!"
Alemanha
Vencer na Alemanha era a nossa próxima batalha! Ao longo dos anos, os
membros da Avaaz, de maneira incansável, entregaram nosso clamor pela
proibição a três ministros da agricultura sucessivos. Em um certo
ponto, o ministro precisou configurar um novo email devido o alto volume de
mensagens enviadas por nossos membros! Como pressão final, conduzimos uma
pesquisa de opinião que mostrou aos ministros da Agricultura e do Meio Ambiente
que os eleitores de seus partidos apoiavam a proibição, e funcionou! E, finalmente, a
Alemanha optou pelo banimento!
Reino Unido
Durante anos, o Reino Unido representou um bloqueio. Inclusive, o
ex-Secretário do Meio Ambiente chegou a classificar as mensagens dos membros da
Avaaz como um "ataque cibernético".
Mas ano passado, após a Avaaz e seus parceiros fazerem uma forte pressão
nacional, o país se tornou um líder para salvar as
abelhas. Há rumores que nenhum outro tópico gerou tanto volume de
correspondência entre membros do parlamento e seus eleitores!
Depois que as três maiores nações europeias estavam a bordo, países menores como Irlanda, Luxemburgo, Áustria e Eslovênia se uniram. Mas ainda não era suficiente para garantir a vitória...
Depois que as três maiores nações europeias estavam a bordo, países menores como Irlanda, Luxemburgo, Áustria e Eslovênia se uniram. Mas ainda não era suficiente para garantir a vitória...
Para ganhar a
maioria qualificada, precisávamos que Espanha e Itália se unissem a nós
Então, nas últimas semanas, focamos toda nossa energia para
ganhar em ambos os países:
· Conduzimos pesquisas
de opinião que mostravam que 87% dos espanhóis e 78% dos italianos queriam a
proibição;
· Enviamos uma
enxurrada de mensagens no Facebook e Twitter direcionadas aos ministros, e os
entregamos as opiniões de agricultores e cientistas; e
· Falamos com políticos
e oficiais dia após dia, até a manhã da votação. Inclusive, foi um membro do time
da Avaaz que avisou um funcionário do Gabinete em Madri que a Espanha tinha
votado sim – estávamos tão envolvidos no assunto que anunciamos as notícias
sobre o voto do seu próprio governo!
O membro do parlamento espanhol, Juan López de Uralde, (Unidos
Podemos/EQUO) disse: "Nada disso teria sido possível sem a
mobilização de milhões de pessoas que exerceram pressão nos governos para que
isso fosse feito."
Mas não paramos por aqui, também fomos com tudo para os Países Baixos, Grécia, Polônia e outros países menores...
Países Baixos
Algumas semanas antes da votação, nos Países Baixos, três membros da
Avaaz iniciaram sua própria campanha
nacional para salvar as abelhas que rapidamente viralizou e
apoiada por 10 dos cientistas mais importantes do país, dois ex
primeiros-ministros e até mesmo uma princesa! Depois, conduzimos
uma pesquisa de opinião mostrando que quase 80% dos eleitores
holandeses apoiavam o banimento -- e entregamos a campanha diretamente
para o ministro da Agricultura do país. O ministro pegou a petição para
"emoldurar e pendurá-la no corredor"! Assim, dois dias antes da
votação, os Países Baixos se posicionaram a favor do banimento!
Grécia
Na Grécia, enviamos nossa enorme petição ao Ministro da Agricultura,
junto com pote de mel orgânico feito em sua cidade natal, e milhares de
membros enviaram emails e tweets. Então, um dia antes da votação, garantimos
uma notícia de primeira página no jornal pró governo mais lido do país e
entramos em contato com o Vice-Ministro para conseguir falar com o próprio
ministro por telefone. Finalmente, conseguimos falar com ele horas antes da
votação, enquanto saía do avião! Quando ele soube que o banimento poderia
depender do posicionamento da Grécia ele imediatamente se comprometeu a
apoiá-lo!
"As preocupações públicas sobre o impacto nas populações de abelhas
na Grécia e na Europa têm sido muito fortes e duradouras para que a gente
ignorasse."
-- Vangelis Apostolou, Ministro Grego de Agricultura e Alimentos
-- Vangelis Apostolou, Ministro Grego de Agricultura e Alimentos
"Uma petição do movimento global da Avaaz, assinada por quase 5
milhões de pessoas a favor do banimento dos pesticidas que matam abelhas, foi o
catalizador do resultado da decisão."
-- Efsyn – jornal grego
-- Efsyn – jornal grego
Foi um esforço enorme e longo para conseguir essa vitória. Parceiros como PAN, Greenpeace, Amigos da Terra e SumOfUs fizeram fortes campanhas junto com a nossa comunidade e trabalhamos de mãos dadas com cientistas, apicultores, líderes e políticos espetaculares.
Hoje, celebramos juntos. Este banimento pode representar a primeira mudança substancial na agricultura intensiva baseada em pesticidas em direção a um novo e emocionante modelo de agroecologia, no qual a produção de alimentos se dá em harmonia com a natureza e não contra ela.
Mas não podemos nos empolgar com nossas vitórias e esquecermos da luta. Temos que levar esta vitória aos EUA e ao Canadá, que analisarão proibições similares ainda este ano. E temos de seguir vigilantes na Europa -- a Bayer e a Syngenta apresentaram uma contestação judicial perigosíssima no Tribunal de Justiça da União Europeia. Temos que continuar lutando no mundo todo se quisermos proteger nossa terra da desertificação e nossa preciosa biodiversidade do colapso.
Mas nosso movimento foi construído para este tipo de luta... e esta campanha maravilhosa mostra que se um número suficiente de pessoas como nós levanta a voz de forma inteligente, PODEMOS SIM fazer com que nossos governos protejam o bem público. Então, obrigada, obrigada, obrigada e fique de olho para a próxima batalha nessa luta!
Com amor e alegria,
Alice, Antonia, Emma, Ricken, Lisa, Iain, Nell, Pascal, Nick, Camille, Francesco, Daniel, Rene, Luis, Oscar, Spyro, Julie, Marie, Olivia, Joseph, Nick, Mia e todo o time da Avaaz
Fonte: Avazz com acréscimos e edição da redação.
Dizy Ayala |
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
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Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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