quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Petra, na Jordânia, começa a substituir tração animal por carros elétricos

Foto: KHALIL MAZRAAWI / AFP

Na cidade histórica, carrinhos elétricos começam a substituir as charretes puxadas a cavalos, enquanto ainda convivem com os passeios a camelo.

Em Petra, na Jordânia, a paisagem milenar de construções esculpidas nas rochas vem ganhando ares mais modernos. O governo local iniciou um processo de substituição de charretes de tração animal por veículos elétricos, em resposta a pressões sofridas por parte de movimentos de defesa dos direitos dos animais e, também, numa tentativa de tornar a visitação mais confortável para os turistas.

Até agora, 12 charretes puxadas por cavalos e mulas saíram de circulação. Em seu lugar, uma frota de dez carrinhos, tipo os de golfe, começaram a transportar os visitantes entre o centro da cidade e o sítio arqueológico.

Há tempos grupos de defesa dos animais, como o PETA, já vinham pressionando as autoridades jordanianas pelo fim do uso de animais como locomoção em Petra, seja puxando charretes, seja carregando pessoas. Ao menos a primeira solicitação começou a ser atendida. Mas, por enquanto, ainda não se fala em substituir os passeios a cavalo ou a camelo por veículos elétricos. Pelo contrário, alega-se que os animais restantes ajudam a preservar o aspecto original do lugar, que é um Patrimônio Mundial pela Unesco.

Para o chefe da Autoridade Regional de Desenvolvimento e Turismo de Petra, Suleiman Farajat, o benefício da mudança vai além do fim da exploração animal. À agência AFP, ele explicou que as charretes puxadas por cavalos e mulas deixavam um grande mau cheiro pelo caminho e suas rodas, frequentemente, batiam contra os paredões da Siq, o corredor rochoso pelo qual se chega à cidade histórica.

Veículo elétrico transporta turistas pelo Siq, o corredor rochoso que leva à cidade histórica de Petra, na Jordânia. Foto: KHALIL MAZRAAWI / AFP

"Era uma experiência desagradável para os turistas, para os cavalos e para nós", disse Farajat, que completou exaltando o aspecto ecologicamente correto dos novos veículos: "Não há poluição ou fumaça".

A novidade foi saudada por muitos turistas, sobretudo os com maior dificuldade de locomoção, como idosos e cadeirantes. E, também, por quem vive do turismo na região. À AFP, o presidente da associação de proprietários de cavalo, Mohammad Amarat, responsável por esses passeios, afirmou que a troca tem sido mais lucrativa para os condutores, já que os carrinhos transportam até cinco passageiros em vez de dois, como as charretes, e levam menos tempo para cumprir o percurso.

O grupo de proteção animal PETA também comemorou a medida, que classificou à AFP como "um grande primeiro passo para proteger os animais que trabalham", e disse que espera poder colaborar junto ao governo local para que haja apenas transporte livre de animais em Petra.

Notícia O Globo 

 Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

África do Sul irá acabar com a reprodução de leões em cativeiro para caça e turismo interativo

 


Foto: Blood Lions

A Ministra do Departamento de Silvicultura, Pesca e Meio Ambiente da África do Sul, Barbara Creecy, anunciou que planeja acabar com a indústria multibilionária de criação de leões em cativeiro. 

A decisão veio após a publicação dos resultados de um estudo de dois anos, que resultou em um relatório de quase 600 páginas. Desenvolvido por um comitê consultivo especial nomeado pelo governo, o objetivo era revisar as políticas, legislações e práticas do país quanto à reprodução, à caça, ao comércio e ao manejo de elefantes, leões, leopardos e rinocerontes.

"O comitê identificou que a indústria de leões em cativeiro é um risco para a sustentabilidade da conservação de leões selvagens", disse a Barbara Creecy. "A recomendação é que a África do Sul não crie, reproduza ou mantenha leões e outros felinos em cativeiro para fins comerciais. Por isso, solicitei ao Departamento que tome as medidas necessárias para garantir que isso aconteça", acrescentou a ministra.

Esse passo é crucial para mudar a vida de milhares de leões que são criados em cativeiro no país. 

Atualmente, existem entre 8.000 e 12.000 leões e milhares de outros grandes felinos - incluindo tigres e chitas -  que são reproduzidos e mantidos em cativeiro, em mais de 350 fazendas na África do Sul. Em contrapartida, existem apenas 3.500 leões que vivem livres, na natureza.


Nessa indústria, os animais são reproduzidos e explorados, exclusivamente, para fins comerciais para alimentar a demanda do turismo interativo (como acariciar filhotes e tirar selfs com grandes felinos), da "caça enlatada" ("canned hunting", em inglês) - que nada mais é do que uma caça injusta de animais em cativeiro, que ficam em uma área cercada, sem conseguir escapar -, do comércio de venda de ossos de leão e da exportação de animais vivos.

"Milhares de leões nascem em cativeiro na África do Sul e enfrentam uma vida inteira de sofrimento. Esse movimento do governo africano é corajoso e é o primeiro passo para que se comprometam com uma mudança significativa e duradoura. É uma vitória para a vida selvagem", comentou Edith Kabesiime, nossa gerente de campanha de animais silvestres da África.

Uma vitória compartilhada

A parceira Blood Lions tem feito campanha contra a indústria de leões em cativeiro na África do Sul há muitos anos. 

Em 2020, a Animal World Protection juntou-se a eles e outras organizações para disponibilizar, ao comitê, evidências científicas, escritas e orais, que provassem o quão cruel e antiética tem sido essa indústria.

"Lutar contra essa indústria tem sido uma longa jornada. Nosso objetivo final sempre foi acabar com a reprodução de leões em cativeiro. Depois de tantos contratempos, finalmente, sentimos uma importante mudança de atitude. Aplaudimos a Ministra, seu Departamento e o comitê. No futuro, esperamos poder ajudá-los a fechar essa indústria ", comentou Ian Michler e Pippa Hankinson, diretores da Blood Lions.

Entre os motivos listados que justificavam o fim da criação comercial de leões em cativeiro, estão: o risco de zoonoses, preocupações com bem-estar animal, a falta de regulamentação da indústria, as políticas fragmentadas do setor, além de danos ao turismo da África do Sul e ameaças à população de leões selvagens devido à caça furtiva.

"Trabalhando juntos, podemos garantir que os leões permaneçam no local a que pertencem: a natureza. Estamos prontos para oferecer nossa experiência, trabalhando em colaboração com governos, ONGs e a indústria do turismo, para encontrar soluções práticas para a África do Sul", disse Edith Kabesiime.

Ao implementar a proibição de criar leões e outros felinos em cativeiro, em conjunto com a proibição de reproduzir e o fim imediato de todas as atividades que envolvem leões criados em cativeiro, o Departamento de Silvicultura, Pesca e Meio Ambiente da África do Sul irá, efetivamente, assumir a liderança em direção a um país mais verde e responsável.

Nós, a Proteção Animal Mundial e a Blood Lions parabenizamos a Ministra Barbara por essas medidas.


Matéria World Animal Protection

 Dizy Ayala

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

A cruel indústria de bile de urso chega ao fim no Vietnã


No Vietnã, assim como em outros países asiáticos, como Mianmar, Laos e Coreia do Sul é tradição extrair bile da vesícula biliar de ursos selvagens, criados em cativeiro, para o tratamento de simples males como resfriados e hematomas! 


A China é de longe o maior explorador de bile, abastecido por milhares de ursos em fazendas, segundo a Animals Asia. Inclusive, em março de 2020, o governo chinês promoveu o uso de uma injeção contendo bile de urso como tratamento para casos graves de covid-19.

 

Nas terríveis fazendas de bile, ursos são confinados por uma vida inteira em jaulas para que a bile seja extraída de seus corpos, tendo sua produção forçada, inclusive, pela introdução de pedras em seus estômagos. 


A bile é drenada por meio de cateteres ou agulhas inseridas na vesícula biliar dos animais, um procedimento doloroso por vezes repetido diariamente. Uma vida de sofrimento atroz em condições desumanas, exposta pela Ong Animals Asia, que atua regularmente em prol da libertação dos ursos.

 

Em 2005, o Vietnã proibiu a venda e extração de bile de urso e, desde então, o governo anunciou sua intenção de fechar as fazendas de extração de bile até 2025. 


Apesar da proibição, os produtores foram autorizados a manter seus ursos, desde que possuíssem microchips e houvessem sido registrados antes de 2005. Uma década e meia após a proibição entrar em vigor, mais de 300 ursos ainda são propriedade privada em mais de uma centena de fazendas. 150 deles são mantidos em Hanói, capital do Vietnã.


Alguns dos exploradores desses animais mataram de fome ou abateram os ursos de suas fazendas porque a manutenção era muito cara, de acordo com o grupo de bem-estar animal Free the Bears


Outros mantêm seus ursos para abastecer ilegalmente o mercado de bile, afirma Barbara van Genne, chefe de resgate de animais silvestres e de defesa da Four Paws, organização internacional sem fins lucrativos. No passado, a falta de fiscalização pelo Departamento de Proteção Florestal do Vietnã permitiu que a bile de urso permanecesse disponível para venda, conta ela.

 

Hoje, a bile de urso está ficando escassa no Vietnã. Há maior fiscalização do governo e redução na demanda, que baixou o preço da bile extraída nesses locais e, por conta disso, muitos ursos desses criadouros morreram por negligência ou saúde precária.

“Considerando o longo tempo que esses ursos sofreram em fazendas de bile, seu uso poderia ter acabado há muito tempo, sobretudo diante da indiferença das pessoas com a substância”, observa Crudge. “É um motivo a menos para manter os ursos nas fazendas, já que as pessoas estão dispostas a utilizar alternativas”.

Por mais de uma década, Tuan Bendixsen, diretor da Animals Asia no Vietnã, tem liderado uma campanha para promover tratamentos com ervas em vez de bile de urso. Bendixsen, que não participou do novo estudo, revela que foi bastante reconfortante saber que 15,7% dos entrevistados relataram utilizar uma alternativa vegetal, denominada c mtgu, ou “planta de bile de urso”, para o tratamento de hematomas e inflamações. 


A Animals Asia foi informada desse substituto pela Associação de Medicina Tradicional do Vietnã, que prometeu que seus médicos interromperiam as prescrições de bile de urso, já desde 2020.


A equipe de Bendixsen compilou e divulgou um livro que apresenta alternativas à bile de urso (incluindo canela, cardo da espécie Cirsium japonicum e ruibarbo) para o tratamento de males como resfriados, gripes e dores nas articulações. Foram abertas clínicas de saúde gratuitas e plantados jardins de ervas.

 

O estudo conduzido pela equipe de Crudge “nos encorajou ao indicar que estamos no caminho certo”, conta ele. “Nosso trabalho começa a render bons frutos”.

Diante dos resultados no Vietnã, onde a bile de urso “antes era considerada um remédio essencial nas residências”, afirma Crudge, o potencial para reduzir a demanda por bile deve ser considerado em outros países. 

As pessoas na China estariam dispostas a aceitar substitutos? “Acredito que há potencial para expandir a pesquisa e verificar”, prossegue ele.

Matéria National Geographic Brasil

 

Nota do Blog: 

Nota do Blog: Nenhum benefício à saúde humana pode advir do sofrimento infligido aos inocentes animais. Em nome da “ciência”, esses animais são torturados e adoecem em função dos maus tratos e as pessoas, realmente, acreditam que disso pode resultar um remédio para cura de algum mal?

 Dizy Ayala

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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Gigante do setor de lácteos, Danone vai transformar fábrica para produzir leites à base de plantas.

 

A instalação está localizada em Villecomtal-sur-Arros, na França, e faz parte de um plano de investimento de € 43 milhões (US $ 49 milhões) para aumentar a produção.

Isso acontece quatro anos depois que a empresa adquiriu a Alpro.

Danone de olho na produção vegetal

Entendida como a maior produtora de iogurte do mundo, a Danone agora usará suas instalações na França para produzir, principalmente, leite de aveia.

As obras começarão em 2022, relata a Reuters. E vem depois que a empresa revelou que o mercado de produtos à base de plantas na França triplicou em sete anos e deve subir para mais 50% até 2025. 

A partir de 2023, a Alpro iniciará a produção de leite na fábrica.

Isso acontece apenas um mês depois que a Danone revelou que vai investir milhões de euros em uma de suas fábricas no Reino Unido, com vistas a produzir 300 milhões de litros de leite vegetal, ano após ano.

A Alpro tem a fábrica há mais de 20 anos, mas graças ao alto investimento, a Danone canalizou £ 17 milhões para equipamentos de “última geração”.

Os planos incluem instalações destinadas a reduzir o uso de energia, água e CO2. 

Alpro

As mudanças serão feitas na fábrica da empresa em Kettering, onde os produtos são feitos para clientes no Reino Unido e Irlanda.

A gerente geral Sue Garfitt diz que a marca tem “trilhado um caminho na produção sustentável por mais de 40 anos”. E, em breve, a Alpro espera poder aumentar sua produção anual para surpreendentes 400 milhões de litros até 2022.

“As mudanças que estamos instalando não irão apenas acelerar o volume de produtos que estamos produzindo no Reino Unido, para os consumidores do Reino Unido.

Mas, também nos permitirá estar à frente da curva e continuar sendo a marca para impulsionar o crescimento da categoria.

E, abrir o apetite da nação por produtos deliciosos e saudáveis ​​à base de plantas e, claro, fazendo isso operando de forma ecologicamente correta”, acrescentou Garfitt em comunicado. 

Plant Based News


 Dizy Ayala

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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Pelo Fim do Massacre dos Golfinhos! Assine a petição.

 


Pelo Fim do Massacre dos Golfinhos! Assine a petição.

https://secure.avaaz.org/campaign/po/end_the_dolphin_grind_rb_loc/?bhjfjhb&v=136768&cl=18863376384&_checksum=76021c0723cf4b406df304d4392e3b8cc27235492e43474c5186bf78f3054256


Vamos chegar a 1.000.000

 

Os locais das Ilhas Faroé chamam isso de "Grind" -- uma caça brutal em que centenas de golfinhos são presos e esquartejados numa baía.

Mas este ano foi diferente.

Mais de 1.400 golfinhos foram levados para a praia e abatidos um a um. Golfinhos aterrorizados foram também arrastados enquanto mães grávidas e crias eram mortas. Muitos foram asfixiados na areia. Dias mais tarde, outras 53 baleias-piloto foram mortas.

Os golfinhos são uma das espécies mais inteligentes da Terra. Têm memórias e chamam-se a si próprios pelo nome. Compreendem a alegria… e o luto. Imagine o terror que enfrentaram naquela enseada sangrenta.

Estas caçadas brutais têm de acabar.

Mais de metade dos cidadãos das Ilhas Faroé querem que a caça aos golfinhos cesse, e após enorme indignação pública, o Primeiro Ministro comprometeu-se a rever os regulamentos de caça -- mas agora há um grande risco de que essa revisão seja apenas superficial. Não podemos deixar isso acontecer -- com um milhão de vozes, podemos fazer com que isso volte à pauta do dia e exercer uma enorme pressão sobre o Primeiro Ministro. Assine com um clique -- antes que a próxima caçada aconteça.

https://secure.avaaz.org/campaign/po/end_the_dolphin_grind_rb_loc/?bhjfjhb&v=136768&cl=18863376384&_checksum=76021c0723cf4b406df304d4392e3b8cc27235492e43474c5186bf78f3054256


Ao Primeiro Ministro das Ilhas Faroé, Bárður á Steig Nielsen:

Como cidadãos de todo o mundo, entristece-nos profundamente a recente caça aos golfinhos nas Ilhas Faroé -- um sentimento partilhado por mais de metade do povo faroense. Juntos, acreditamos que estas caçadas devem ser proibidas. Embora respeitemos as tradições culturais, o mundo está mudando e todas as nossas culturas têm que evoluir. Apelamos a que coloque uma moratória completa sobre estas caçadas enquanto é realizada uma avaliação científica rigorosa, com a sincera esperança e convicção de que devem acabar de vez.

Via Avaaz


 Dizy Ayala

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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Vitória para os animais! Venezuela proíbe touradas por se tratar de “matança pública”.

 


 O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou, neste mês de novembro, a suspensão do Festival das Tradições Espanholas da Tauromaquia, uma tourada que ocorreria no próximo dia 11 de dezembro em Maracay, cidade com longa tradição tauromáquica, localizada no centro do país. O responsável referiu-se ao acontecimento como “matança pública” e ordenou a retirada de toda a publicidade relacionada com a atividade. 

O evento seria realizado em uma praça portátil de propriedade do matador venezuelano Erick Cortez, criador de touros bravos e reconhecido por estar há vários anos ligado à tourada no país. Cortez ia fazer parte do cartel das touradas, junto com os convidados espanhóis Manuel Escribano e David Galán. A tourada aconteceria no Shopping Parque Los Aviadores, em Palo Negro, região bastante movimentada daquela cidade.

Esta é a primeira vez que um alto funcionário do Estado venezuelano se posiciona em relação à polêmica internacional sobre a tourada como prática cultural, e uma medida judicial foi emitida para impedi-la. As touradas não são, formalmente, proibidas na Venezuela e continuam a ser organizadas de forma, relativamente, discreta em algumas áreas do país.

 

Embora já tenha desaparecido em Caracas, as touradas, infelizmente, continuam sendo uma festa popular no centro e oeste da Venezuela, especialmente nas cidades de Valência, Maracay, San Cristóbal e Mérida, nas quais fazem parte de uma longa e profundamente enraizada tradição.

No exercício da Procuradoria-Geral da República, desde 2017, Saab especializou-se em penalizar, de forma imediata e como nunca antes na administração da justiça no país, qualquer ocorrência que esteja ligada à situação de maus-tratos ou tráfico de animais.

A chamada festa brava foi uma atividade, extremamente, popular nas primeiras décadas da Venezuela do século 20 e os toureiros espanhóis mais destacados eram os ídolos dos torcedores. No entanto, o festival começou a declinar, vertiginosamente, a partir dos anos 90, na mesma medida em que grupos organizados da sociedade civil e ativistas em defesa dos animais aumentaram os questionamentos sobre o martírio e o destino final dos touros bravos nas praças.

Nota: Pelo fim de todas as tradições cruéis! Multiplica!


Via Olhar Animal

Fonte: El País 


 Dizy Ayala

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terça-feira, 23 de novembro de 2021

Helsinke, capital da Finlândia, vai banir carne e leite em eventos públicos.


Helsinki, capital da Finlândia, talvez tenha sido a primeira entidade governamental do mundo a assumir, oficialmente, as "inconveniências da pecuária".

 

Em discussões sobre a crise climática é de praxe "tapar o sol com a peneira". Todos falam em diminuir desmatamento, emissão de gases e blá blá blá.

 

O que quase ninguém assume pra valer é que o principal emissor de gases do efeito estufa é a pecuária. Em outras palavras, a carne e o leite de todo o dia.

 

Por isso, a partir de janeiro de 2022, a carne e o leite serão banidos de todos os eventos oficiais da capital da Finlândia.

 

O objetivo principal da medida é, junto a outras que estão sendo adotadas no país, o de alcançar a neutralidade de emissões de carbono na atmosfera e, assim, se tornar um dos primeiros países com emissão zero.

 

Além de ser o primeiro país com políticas públicas assumidas contra o consumo de carne e leite, a Finlândia é conhecida por ter o sistema de educação mais avançado do mundo e por ser o país com os maiores índices de felicidade do mundo também.

 

Será mera coincidência? 

Texto via La Rouge

 Dizy Ayala

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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Búfalas de Brotas – crueldade com animais expõe a realidade da indústria de laticínios.




O caso teve início há pouco mais de uma semana, em Brotas (SP), quando um fazendeiro da pecuária de leite desistiu da atividade por questões, meramente, financeiras, trocando a atividade por produção de milho e soja para alimentar animais tidos como de produção. O fato é que ele, simplesmente, abandonou seu rebanho, nada menos que 1000 búfalas, sentenciando os animais à morte, lenta e dolorosa.

Como o fazendeiro foi arrendando a propriedade para o cultivo, acabou por encurralar as búfalas em um pequeno espaço de terra, sem que as mesmas tivessem qualquer fonte de alimento ou água. Com a apuração da polícia, presume-se que tal situação já perdura por quatro meses!

Por conta de serem fêmeas explorados para o leite e seus derivados, como o queijo de búfala, a maioria delas está grávida, o que agrava ainda mais a terrível situação a que foram submetidas.

Búfalas vieram a óbito com seus bebês no ventre, outras deram à luz e não sobreviveram, bem como muitos dos filhotes.

Assim que tomaram conhecimento do caso, um coletivo de protetores se organizou, junto ao grupo do Santuário Vale da Rainha. Eles tiveram autorização judicial para adentrar na propriedade. Patrícia, que junto ao esposo são os mantenedores do santuário, relatou que no primeiro momento a cena era desoladora, com várias carcaças, odor pútrefo e evidências do desespero dos animais, ao constatar as cascas das árvores arrancadas, como uma tentativa de alimentação. Estava evidente que além de um crime contra os direitos dos animais, também um crime ambiental estava ali configurado.

O proprietário da fazenda foi preso no dia 11/11 e liberado após pagamento de fiança. Foi autuado por maus tratos e irá responder por cada animal encontrado.

Foi, então, montado um hospital de campanha para atender os animais, lhes prestando os primeiros socorros, para evitar mais mortes em agonia. Porém, o fazendeiro proibiu, no último fim de semana, a entrada dos protetores para prestar esse serviço voluntário para salvar os animais. O que só foi revogado ao final deste domingo.

Hoje, com representação jurídica, junto à OAB, na pessoa de Reynaldo Velloso, medidas cabíveis serão adotadas para responsabilizar, criminalmente, o fazendeiro e auxiliar os protetores para que possam dar seguimento ao trabalho de salvar vidas.

O caso tem gerado forte comoção pela situação de total abandono e agonia a que essas búfalas foram submetidas, em estado de prenhes.

Faço minhas as palavras de vários protetores, inclusive Patrícia, que mesmo diante de toda dor que presenciou, enfatizou que não se trata de demonizar o fazendeiro. Sim, ele tem de ser responsabilizado pelo crime de negligência que cometeu, inclusive crime ambiental. Muitos desses animais que morreram nem mesmo foram enterrados, pois ali há um lençol freático para o qual há risco de contaminação.

Para além desse crime hediondo, é fundamental que todos nós façamos uma revisão de consciência sobre nossas escolhas. Qual o impacto que elas geram? Quanta dor e sofrimento geram a outras vidas? Quanta degradação moral e ambiental a impactar o planeta?

O consumo de leite, queijo e outros derivados financia esse sistema cruel que é a pecuária leiteira. Animais são tratados como mercadoria e, quando não se tem mais interesse, são descartados.

Nas prateleiras dos supermercados estão os produtos dessa abjeta exploração e cabe a cada um de nós escolher aqueles livres de crueldade, para que não sejamos cúmplices do fazendeiro.

 

Agradecemos a todos os protetores que estão, com amor e coragem, cuidando desses animais.

A quem tocar o coração, peço que compartilhe esse artigo para que o caso ganhe mais visibilidade.

Para seguir acompanhando, acesse @bufalas_de_brotas

Quem puder colaborar com qq valor, o PIX é 14732153/0001-38

 

Imagem do inquérito publicada por Reynaldo Velloso

Informações a partir do relato de ativistas e de Patrícia, mantenedora do Santuário Vale da Rainha.


💗

ATUALIZAÇÃO: Presidente da ONG ARA, Alex Parente ficou como fiel depositário de todos os animais da Fazenda Água Sumida em Brotas, SP. Agora, cabe ao judiciário manter essa decisão.

 Dizy Ayala

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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Jovem brasileiro inventa filtro para microplásticos que é considerado o melhor do mundo.

 


Gabriel Fernandes Mello Ferreira, de apenas 16 anos, desenvolveu um sistema – simples e barato – para filtrar microplásticos da água e, por sua invenção, deu ao Brasil seu primeiro Stockholm Junior Water Prize, prêmio sueco bastante concorrido que reconhece as melhores iniciativas do mundo, criadas por jovens, para resolver desafios globais relacionados à água.

A inovação vencedora começou a ser desenvolvida por Gabriel depois que ele mergulhou no universo dos microplásticos e descobriu que, semanalmente, um brasileiro ingere – por meio da água que bebe e pelo consumo de sal e peixes – uma quantidade de plástico similar a que existe em um cartão de crédito, por exemplo.

Alarmado, ele recorreu ao Colégio São José, onde estuda, para desenvolver algo que pudesse ajudar a combater o problema e recebeu o apoio de sua professora de Ciências, Fernanda Poleza. Sob sua orientação, Gabriel desenvolveu um sistema de filtragem capaz de reter os microplásticos presentes na água por meio de uma malha de nylon.

A inovação – que se mostrou, por meio de testes, 100% eficiente na retenção de microplástico – custa cerca de R$ 450 para ser instalada em Estações de Tratamento de Água e já foi, inclusive, incorporada com sucesso na Estação de Tratamento de Água da cidade de Itajaí, SC, onde Gabriel mora.

Agora, com o sucesso do Stockholm Junior Water Prize – que Gabriel levou com mais de 26 mil votos populares -, o jovem trabalha no patenteamento da tecnologia e sonha em levá-la para o maior número possível de cidades Brasil afora.

Fonte: The Greenest Post

Nota do Blog: Com certeza que tal iniciativa, além de melhorar a qualidade da água e de vida das pessoas, certamente, irá impactar positivamente também na qualidade da vida marinha, sabidamente vítima de todo o plástico e microplástico descartado na água, a poluir os oceanos.

 Dizy Ayala

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