quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus: frigoríficos param atividades e começam a dar férias coletivas




A propagação do coronavírus no Brasil e as dificuldades logísticas para exportar carne bovina devido à falta de contêineres começaram a prejudicar os frigoríficos brasileiros.
A JBS vai dar férias coletivas em cinco abatedouros de bovinos no país. Ao todo, a companhia tem 37 frigoríficos. A Minerva Foods, terceira maior indústria frigorífica no Brasil, seguirá caminho semelhante, mas ainda não anunciou o número de unidades que serão paralisadas.
A JBS vai paralisar, por 20 dias, as plantas de Nova Andradina (MS), Alta Floresta (MT) e Juína (MT). De acordo com uma fonte de O Valor, a companhia ainda está definindo quais serão as outras duas unidades paralisadas. Procurada pela reportagem, a JBS informou que “vem monitorando os reflexos do mercado em relação à Covid-19 e avalia a implantação de férias coletivas em algumas das suas unidades de processamento de bovinos do Brasil”.
No caso da Marfrig, segunda maior indústria de carne bovina do país, um termômetro deve ser as vendas no food service (alimentação fora do lar). Com as restrições impostas a bares e restaurantes no Rio de Janeiro e a menor movimentação em capitais como São Paulo, o consumo de carnes tende a ser afetado.
Paralelamente às repercussões do coronavírus, a Marfrig vai fechar o frigorífico de Tucumã, no Pará, nos próximos dias. Mas essa medida já estava programada e faz parte do plano de otimização que vinha sendo adotado pela companhia. No fim do ano passado, a Marfrig encerrou as atividades nos abatedouros de Nova Xavantina (MT) e Pirenópolis (GO).
Ao Valor, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, disse que a situação é “preocupante”. No mercado internacional, as quarentenas impostas em diversos países da Europa dificultam o transporte de cargas. Além disso, os portos-chave de descarga do bloco europeu estão praticamente parados, afirmou Camardelli.
Para os frigoríficos, o problema na Europa se somou às dificuldades logísticas provocadas pela parada forçada da economia chinesa. Como ficaram praticamente parados nos portos da China, os contêineres refrigerados agora são escassos no Brasil. Segundo Camardelli, a decisão dos armadores de só trazer contêineres carregados de volta retarda o processo. A China responde por cerca de 40% das exportações brasileiras de carne bovina.
Outro problema para os frigoríficos de carne bovina é a significativa redução das atividades do food service na Europa e também no Brasil. “O food service teve notícias muito ruins”, com uma menor demanda fora do lar, afirmou Camardelli.
Fonte: Valor Econômico

Dizy Ayala
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Ação pelos Direitos dos Animais  
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4 comentários:

  1. Respostas
    1. Grata por seu comentário Marcos. Que seja uma oportunidade de mudança de hábitos para uma alimentação sem sofrimento animal. E o fim do terrível ofício de matar das pessoas que trabalham nesses locais.
      Abraço.

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  2. Dizy,

    Outra boa notícia em seu blog!
    Eu também espero que as pessoas repensem seus hábitos de consumo.

    Simplicidade e Harmonia

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    Respostas
    1. Olá, Simplicidade!
      Grata por seu comentário.
      Essa é a nossa esperança e desejo de que esse momento de crise propicie a reflexão e mudança de atitude em prol de um mundo mais compassivo, saudável e em harmonia.

      Forte abraço e bons dias.

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