Quatro em cada dez
brasileiros da zona rural já mantiveram relações sexuais com animais, indica
estudo.
O abuso sexual de animais é uma
prática comum nas áreas rurais do Brasil e tida como uma questão cultural. Muitas
vezes considerada brincadeira ou afirmação de virilidade, a zoofilia é um crime,
onde homens de diferentes idades abusam da vulnerabilidade de inocentes animais
de criação ou companhia.
O hábito pode ser passageiro, quando
na juventude, ou durar várias décadas, mesmo depois que o homem já está casado.
Seja como for, é mais uma relação de exploração, no caso sexual, em que o homem
sujeita o animal a sua vontade. Uma perversão comparável à pedofilia ou estupro
de vulnerável. E infelizmente, muitas mulheres são coniventes com a prática de
seus parceiros, fazendo “vista grossa”.
A prática pode
provocar câncer de pênis que costuma provocar mutilações terríveis. Quando células cancerosas
atingem a virilha e o abdome, a amputação parcial ou total do pênis é quase
inevitável.
O primeiro estudo completo sobre o
assunto, um trabalho inédito no mundo, foi coordenado pelo urologista Stênio de
Cássio Zequi, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. O artigo científico foi
aceito para publicação pelo The Journal of Sexual Medicine, o
periódico mais respeitado nessa área.
O estudo reuniu 118 pacientes com
câncer de pênis e 374 homens sadios entre 18 e 80 anos. Todos cresceram na zona
rural. As entrevistas foram realizadas pessoalmente.
A pesquisa revelou que 31,6% dos
homens sadios e 44,9% daqueles com câncer de pênis tiveram uma ou mais relações
sexuais com animais a partir da adolescência.
Várias espécies foram citadas: éguas,
mulas, vacas, cabras, ovelhas, porcas, cadelas etc. A maior parte (59%) dos
homens declarou ter feito sexo com animais por um período de um a cinco anos. A
frequência das relações variou: podendo ser uma vez na vida ou se maneira
recorrente.
“As taxas que encontramos nesse
estudo são alarmantes, mas verdadeiras”, diz Zequi. “Essa prática ainda é comum
nas áreas rurais, mesmo entre a população jovem”. “Na nossa amostra, vimos que
transar com animais dobra o risco de desenvolver câncer de pênis”, diz Zequi.
O trabalho reuniu pesquisadores de 16
centros que tratam câncer em 12 cidades brasileiras (São Paulo, Campinas, Barretos,
Itapevi, Carapicuíba, Curitiba, Belo Horizonte, Teresina, São Luís, Natal, João
Pessoa, Rio Branco).
“Se estamos observando um comportamento
cultural que causa danos à saúde das pessoas, as autoridades e os agentes de
saúde precisam orientar a população”, diz Zequi. “É preciso dizer a esse
público: lave o pênis, não tenha fimose, não transe com animal, use camisinha”.
Transar com animais não é um hábito
exclusivo da pobreza. A internet ajudou a disseminar a prática também nos
países desenvolvidos. Seja por curiosidade, busca por prazer, seja por doença
psiquiátrica.
É preciso encarar a prática como
abuso sexual com os animais, sendo a zoofilia configurada como crime ambiental.
É imprescindível reportar as ocorrências e não se calar, de modo a coibir novos
casos, e romper com essa prática abusiva que ainda é considerada por alguns como
um costume popular.
É inadmissível que para uma sociedade civilizada seja
socialmente aceito o abuso de vulnerável, seja ele humano ou não humano. Alguém
que abusa sexualmente de um animal, também é capaz de fazê-lo com uma criança,
uma mulher.
Dados da pesquisa: Cristiane Segatto.
Dizy Ayala |
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Terrível tema! Sempre de novo recorrente!
ResponderExcluirÉ verdade Marise. Infelizmente. A nós cabe manifestar repúdio a essas ações criminosas. Abraço.
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