segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Ativistas, protetores e sociedade civil clamam pelo fim das corridas de galgos no Brasil. Assine a petição!


  • Foto Change.org

Diversos ativistas e simpatizantes da proteção animal no país, e mesmo no exterior,  vêm se manifestando contra as corridas de cães da raça galgo no Brasil. As corridas  tem ocorrido no centro de eventos da casa do gaúcho, no município de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil.
O Instituto Sulamericano de Estudos e Defesa Animal (i-SEDA) formalizou ainda em agosto de 2019 denúncia ao Ministério Público de Bagé/RS, sobre “a violação ao dever constitucional imposto ao Poder Público de proteção da fauna contra todas as formas de crueldade e possível prática de improbidade administrativa pelos agentes públicos envolvidos, por meio da construção do Centro de Eventos da Pista de Galgos que objetiva promover corridas competitivas no município de Bagé”.
Em plena pandemia, ao invés de envidar recursos para a saúde pública ou, até mesmo, para os inúmeros animais em situação de abandono, agravado, ainda mais, nesse momento, a emenda parlamentar, de autoria do Deputado Dionilso Marcon (PT), no valor de R$250 mil, será disponibilizada pelo Ministério do Turismo, para prática de exploração de animais, submetidos a abusos físicos e psicológicos.
Tal prática não é aceita pela maioria dos gaúchos e é repudiada por entidades e ativistas da rede de proteção animal mundial, já tendo sido banida na maioria dos países. As corridas de galgos já são proibidas no Uruguai e na Argentina, tendo ainda interessados nessa prática cruel direcionando ações desse tipo agora para nosso país. Eventos semelhantes são realizados nas cidades gaúchas de Santana do Livramento, Quaraí e Uruguaiana.
O advogado animalista Rogério Rammê, autor da ação, aponta que, ironicamente, pretendem realizar a obra no Parque do Gaúcho, onde existe uma verdadeira obra de cultura local, com visitação suspensa pela falta de investimentos, a Cidade Cenográfica de Fé, construída em 2012, para as filmagens do longa-metragem “O Tempo e o Vento”. No entanto, agora pretendem destinar recursos significativos de dinheiro público para ampliação do centro para esse descabido investimento.
Protetores de animais denunciam treinamentos exaustivos e anti-naturais, maus-tratos, uso de anabolizantes, abandono de galgos doentes e feridos e a realização de apostas clandestinas durante as corridas. Apesar de negarem maus-tratos, os criadores admitem realizar apostas. E reclamam ainda a falta de políticas públicas para os animais em Bagé e o abandono de galgos feridos e doentes nas ruas do município.

Em entrevista ao jornal GaúchaZH, a presidente do Núcleo Bajeense de Proteção Animal, Patrícia Coradini, informou que 60 galgos foram resgatados em Bagé no último ano. Segundo ela, a maioria dos cães foi encontrada com fraturas ou ferimentos causados pelas corridas. O uso intensivo de anabolizantes também levou ao resgate de cães com atrofia muscular. A reportagem foi ao ar, em cadeia nacional, no último domingo, 19/01/2021.
“Aumentou demais nos últimos anos o número de galgos abandonados. Muitos criadores não têm dinheiro para o tratamento ou simplesmente largam o cachorro porque o animal não consegue mais correr. É comum a gente chegar segunda-feira e encontrar um cão com a pata quebrada na porta do núcleo”, contou Patrícia.
Também, o Deputado Federal Ricardo Izar, que defende a causa animal há três mandatos no Congresso Nacional, mobilizou-se contra este caso de exploração de animais em corridas por dinheiro, que conforme ele diz: “continuaria sendo errado mesmo sem circulação de dinheiro”.
O Dep. Izar protocolou, ainda em agosto de 2019, ofício ao Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio pedindo o imediato cancelamento do repasse de verba do Governo Federal para a construção desse centro de eventos anexo a uma pista de corrida de cães, já existente no recinto desde 2012.
De acordo com Izar: “É papel constitucional do Poder Público impedir que atos cruéis, abusos e maus tratos sejam aplicados sobre animais não-humanos. A prática de corrida com cães envolve muito sofrimento, abuso, exploração de indivíduos que não pediram ou autorizaram sua submissão a eventos como esses”. Lembre-se que: #AnimalNãoÉCoisa Projeto de Lei (PL 1441/2019) de autoria do deputado que tramita na Câmara dos Deputados, visa proibir esta e outras atividades de exploração de animais no país. E junto aos defensores e protetores de animais repudia veementemente as corridas!
Somado a isso, temos também a recente aprovação da Lei Sanção contra maus-tratos aos animais, sabidamente presentes na prática cruel das corridas. Lei essa que prevê, inclusive, prisão para os autores de maus-tratos.
Protetores têm se responsabilizado por vários galgos machucados, fraturados e esgotados, mesmo ainda tão jovens, que são abandonados por não ter “mais serventia” para as corridas.
A população pede que recursos sejam usados para a proteção de animais em vulnerabilidade e reforça que crueldade contra galgos não é cultura, tampouco esporte.


Dizy Ayala


Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

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