- Foto Change.org
Diversos ativistas e simpatizantes
da proteção animal no país, e mesmo no exterior, vêm se manifestando contra as corridas de cães da raça
galgo no Brasil. As corridas tem ocorrido no centro de eventos da casa do gaúcho, no município de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil.
Assine a petição https://www.change.org/p/prefeitura-de-bag%C3%A9-e-minist%C3%A9rio-p%C3%BAblico-federal-contra-corrida-de-galgos-em-bag%C3%A9
O Instituto Sulamericano de Estudos e Defesa Animal
(i-SEDA) formalizou ainda em agosto de 2019 denúncia ao Ministério Público de Bagé/RS, sobre “a violação ao dever
constitucional imposto ao Poder Público de proteção da fauna contra todas as
formas de crueldade e possível prática de improbidade administrativa pelos
agentes públicos envolvidos, por meio da construção do Centro de Eventos da
Pista de Galgos que objetiva promover corridas competitivas no município de
Bagé”.
Em plena pandemia, ao invés de envidar recursos para
a saúde pública ou, até mesmo, para os inúmeros animais em situação de
abandono, agravado, ainda mais, nesse momento, a emenda parlamentar, de autoria
do Deputado Dionilso Marcon (PT), no valor de R$250 mil, será disponibilizada
pelo Ministério do Turismo, para prática de exploração de animais, submetidos a
abusos físicos e psicológicos.
Tal prática não é aceita pela maioria dos gaúchos e é repudiada
por entidades e ativistas da rede de proteção animal mundial, já tendo sido
banida na maioria dos países. As corridas de galgos já são proibidas no Uruguai
e na Argentina, tendo ainda interessados nessa prática cruel direcionando ações
desse tipo agora para nosso país. Eventos
semelhantes são realizados nas cidades gaúchas de Santana do Livramento, Quaraí
e Uruguaiana.
O advogado animalista Rogério Rammê, autor da ação, aponta que, ironicamente,
pretendem realizar a obra no Parque do Gaúcho, onde existe uma verdadeira obra
de cultura local, com visitação suspensa pela falta de investimentos, a Cidade
Cenográfica de Fé, construída em 2012, para as filmagens do longa-metragem “O
Tempo e o Vento”. No entanto, agora pretendem destinar recursos significativos de
dinheiro público para ampliação do centro para esse descabido investimento.
Protetores de animais denunciam treinamentos exaustivos e anti-naturais,
maus-tratos, uso de anabolizantes, abandono de galgos doentes e feridos e a
realização de apostas clandestinas durante as corridas. Apesar de negarem
maus-tratos, os criadores admitem realizar apostas. E reclamam ainda a falta de
políticas públicas para os animais em Bagé e o abandono de galgos feridos e
doentes nas ruas do município.
Em entrevista ao jornal GaúchaZH, a presidente do Núcleo Bajeense de
Proteção Animal, Patrícia Coradini, informou que 60 galgos foram resgatados em
Bagé no último ano. Segundo ela, a maioria dos cães foi encontrada com fraturas
ou ferimentos causados pelas corridas. O uso intensivo de anabolizantes também
levou ao resgate de cães com atrofia muscular. A reportagem foi ao ar, em cadeia nacional, no último domingo, 19/01/2021.
“Aumentou demais nos últimos anos o número de galgos abandonados. Muitos
criadores não têm dinheiro para o tratamento ou simplesmente largam o cachorro
porque o animal não consegue mais correr. É comum a gente chegar segunda-feira
e encontrar um cão com a pata quebrada na porta do núcleo”, contou Patrícia.
Também, o Deputado Federal Ricardo Izar, que defende a
causa animal há três mandatos no Congresso Nacional, mobilizou-se contra este caso
de exploração de animais em corridas por dinheiro, que conforme ele diz: “continuaria
sendo errado mesmo sem circulação de dinheiro”.
O Dep. Izar protocolou, ainda em agosto de 2019, ofício
ao Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio pedindo
o imediato cancelamento do repasse de verba do Governo Federal para a
construção desse centro de eventos anexo a uma pista de corrida de cães, já
existente no recinto desde 2012.
De acordo com Izar: “É papel constitucional do Poder
Público impedir que atos cruéis, abusos e maus tratos sejam aplicados sobre
animais não-humanos. A prática de corrida com cães envolve muito sofrimento,
abuso, exploração de indivíduos que não pediram ou autorizaram sua submissão a
eventos como esses”. Lembre-se que: #AnimalNãoÉCoisa Projeto de Lei
(PL 1441/2019) de autoria do deputado que tramita na Câmara dos Deputados, visa
proibir esta e outras atividades de exploração de animais no país. E junto aos
defensores e protetores de animais repudia veementemente as corridas!
Somado a isso, temos também a recente aprovação da Lei Sanção contra maus-tratos aos animais, sabidamente presentes na prática cruel das corridas. Lei essa que prevê, inclusive, prisão para os autores de maus-tratos.
Protetores têm se responsabilizado por vários galgos
machucados, fraturados e esgotados, mesmo ainda tão jovens, que são abandonados
por não ter “mais serventia” para as
corridas.
A população pede que recursos sejam usados para a proteção de animais em
vulnerabilidade e reforça que crueldade contra galgos não é cultura, tampouco
esporte.
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Conheça mais sobre o movimento que mais cresce no mundo e faça escolhas conscientes! Por sua saúde, pela preservação do meio ambiente e por compaixão aos animais.
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