segunda-feira, 17 de junho de 2019

Nos próximos 20 anos, 60% da carne consumida no mundo não será mais de origem animal.



É o que sugere um novo estudo. Só em 2018, quase US$ 1 bilhão foi investido em carnes à base de plantas.

Exemplo disso é o Impossible Burger, produzido pela Impossible Foods, um burger de origem vegetal que imita o sabor e a aparência da carne bovina, lançado em 2018, resultado de nove anos de pesquisa e US$ 250 milhões de investimento.

Em um ano, o Impossible Burger, que primeiramente era distribuído apenas em pequenas lanchonetes, passou a fazer parte  do cardápio de algumas filiais americanas do Burger King, uma das maiores redes de fast food do mundo, compondo o chamado “Impossible Whopper”, que está à venda em quatro cidades dos Estados Unidos.

Com base no rápido crescimento do mercado de carnes de origem vegetal ou produzidas em laboratório, foi divulgado um novo relatório sobre o assunto, agora em junho, elaborado pela consultoria ATKearney.

O estudo aponta para a forte tendência da mudança de comportamento das pessoas quanto à alimentação, com um aumento progressivo no número de veganos e vegetarianos, incluindo o grande público, cada vez mais atentos aos impactos ambientais da agropecuária e à crueldade sofrida pelos animais tidos como de produção.

O relatório sugere que dos 60% da carne alternativa, parte será cultiva em laboratório, a partir de células tronco de um animal adulto (porco, vaca, frango), cultivadas em um reator biológico para se multiplicaram, de modo que uma parte vira gordura e outra músculo. Ou seja, ainda que sejam reduzidos os rebanhos de animais, a exploração continua para as matrizes de células tronco. Mais uma vez, animais são explorados, a exemplo daqueles que são usados em laboratórios científicos, tendo suas vidas privadas do direito à liberdade e seus corpos objetificados para um capricho do paladar.

Porém, outra parte, bem mais promissora, que atende ao cuidado com as questões ambientais, da saúde humana e preservação de vidas animais, são as opções veganas, como a do Impossible Burger, que valendo-se da tecnologia, na engenharia de alimentos, combina proteínas de origem vegetal, com temperos, cores e sabores, que lhe conferem o gosto característico do convencional.

O estudo listou 27 empresas que já trabalham em projetos nesse segmento, que recebeu, ao todo, US$ 950 milhões em investimentos em 2018, inclusive de grandes produtoras de carne animal.

A tendência já chegou ao Brasil com o Futuro Burger, feito com proteínas de soja, ervilha e grão de bico, que já pode ser comprado em algumas redes de supermercados, como o grupo Pão de Açúcar e em alguns empórios e lanchonetes.

Alimentos de origem animal, além de serem responsáveis por 70% das doenças modernas, como câncer, diabetes e cardiovasculares, tem um enorme impacto ambiental. Segundo a FAO, divisão da ONU para alimentação e agricultura, mais de 70% da soja produzida no mundo serve para alimentação de animais de fazenda. Dos quais, 20 bilhões são aves, 1,4 bilhão são bovinos, 1 bilhão de porcos e 1,9 bilhão de ovinos e caprinos, produzidos no planeta. Bilhões de vidas produzidas, constantemente, por inseminação artificial, exploradas e sacrificadas para obtenção de proteína, facilmente obtida a partir de grãos e hortaliças.

Vastas áreas são degradadas pelos dejetos desses animais, poluindo solos e rios, também o ar, por conta dos gases do efeito estufa emitidos, como o dióxido de carbono, responsável pelas mudanças climáticas e o desmatamento. Por conta disso, o relatório apoia a ideia de que o consumo de carne vai se tornar mais consciente.

Ainda, de acordo com o estudo, a mudança tende a ser gradual, em um setor que movimenta US$ 1 trilhão por ano. Portanto, agir com consciência, na produção e consumo de alimentos, é fundamental para diminuir os impactos e garantir a proteção dos recursos naturais, de vidas animais e da saúde das pessoas.

Infos reportagem Superinteressante.

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Conheça as 4 dicas para uma alimentação saudável, sem carne, indicadas pela ONU.
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Dizy Ayala

Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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2 comentários:

  1. Viva! Que o ser humano evolua em menos tempo que este previsto e atinja os 100%!!! Há muita alimentação saudável, sem a necessidade do sacrifício dos pobres bichos!

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