Carne de tubarão é vendida como cação e consumo
ameaça a espécie.
Se você não sabe que cação é o mesmo que tubarão, você não está sozinho.
Em uma pesquisa recente, quase 70% dos
brasileiros não sabem que carne de tubarão é vendida como cação. Este que é um
peixe bem comum de se encontrar em peixarias.
Essa desinformação, gerada pela falta de rotulagem adequada, compromete a preservação das espécies de tubarões, além de ser um problema para a saúde da população, pois a carne de tubarão pode conter altos níveis de metais pesados.
O Brasil é o maior importador e consumidor de carne de tubarão do mundo.
Esta alta demanda está associada a preços mais acessíveis, o que faz do país
uma ameaça para a proteção das espécies.
“Em vez de ser embalada com rotulagem adequada, a carne de tubarão é vendida no Brasil normalmente como cação, um nome ambíguo usado para várias espécies”, relata Nathalie Gil, pesquisadora deste estudo.
Segundo os dados da pesquisa, o Brasil tornou-se o principal destino de
carcaças de tubarão sem barbatanas. As barbatanas são valiosas para o mercado
asiático, mas a carne de tubarão é descartada. Tendo em vista que a pesca de
tubarão, apenas para a retirada de sua barbatana (finning) é proibida, devido à
alta taxa de mortalidade das espécies, o corpo do animal sem a barbatana está
sendo exportado, principalmente, para o Brasil, onde o preço da carne é
bastante acessível para a população.
“No Brasil, embora tubarões protegidos não possam ser legalmente
comercializados por pescadores ou empresários locais, eles são importados sem
quaisquer restrições”.
“Além disso, é obrigatório fornecer informações para uma rotulagem adequada apenas se o peixe congelado importado pertencer à família Salmonidae (que inclui o salmão e a truta) ou à família Gadidae (que inclui o bacalhau e a arinca)”, afirmam as pesquisadoras em entrevista à BBC.
Carne de tubarão oferece risco para
saúde humana
O tubarão é um animal de águas profundas, de modo que ele acumula mais metais pesados, como mercúrio e arsênio, do que organismos menores. Este processo, chamado de bioacumulação, também acontece quando se consome esses animais. Essas substâncias tóxicas contidas na carne causam diversos problemas na saúde humana, como danos cerebrais e câncer.
O limite diário de consumo de mercúrio recomendando pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 0,5 miligramas por quilo. No entanto, em estudos publicados com o tubarão-azul, o mercúrio presente em sua carne excedeu até duas vezes o índice recomendado.
Nota do Blog: Com inúmeras alternativas alimentares à base de plantas,
não há a menor necessidade de se consumir tubarões, ou seja lá qual for o
peixe, de modo que as vidas animais, a saúde humana e o meio ambiente sejam
preservados.
Com informações de BBC Brasil
Assista Seaspiracy
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
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