Líderes mundiais estão sendo convocados a reconhecer o papel da pecuária na aceleração das mudanças climáticas. Evento acontece em novembro deste ano (2021), em Glasgow, na Escócia, Reino Unido.
Entre as organizações estão a RSPCA e a ProVeg
International, que estão convocando líderes mundiais para reconhecer o impacto
ambiental causado pelas indústrias de carnes e laticínios.
As convocatórias para a
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano, também
conhecida como COP26, também propõe que o evento ofereça um menu totalmente
baseado em plantas. O pedindo foi encaminhado ao presidente da cúpula, MP Alok
Sharma.
COP26 é convocada a ser baseada em plantas
Os apelos estão sendo feitos a
fim de reconhecer o impacto catastrófico da pecuária nas
mudanças climáticas, tema principal a ser discutido no evento, para que se
cumpram metas climáticas globais efetivas.
Entre as 50 organizações estão
Humane Society International, World Animal Protection, Animal Equality, ProVeg
International e a RSPCA.
Fundamentalmente, essas
organizações querem que os líderes globais se comprometam a reduzir o consumo
de carne e laticínios, a fim de limitar o aquecimento global, conforme o Acordo
de Paris.
De acordo com o documento: “Abordar
essas questões urgentes na reunião da COP26 ajuda a impulsionar os governos em
todo o mundo a agirem, proporcionando aos líderes mundiais outra opção de alto
impacto para adicionar a sua caixa de ferramentas para combater a mudança
climática”.
“Trabalhar com os agricultores
para apoiar e catalisar uma mudança em direção a uma produção e consumo de
alimentos mais centrados em plantas é um passo proativo. Isso deve ser
levado para as indústrias agrícolas e alimentares globais para que estejam preparadas
para o futuro.
“Pedimos à Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) que reconheça, formal e
publicamente, o papel da pecuária como um dos maiores contribuintes para as mudanças
climáticas. E, para abrir um espaço maior ao diálogo”.
Tais reivindicações acontecem
porque as dietas à base de vegetais são consideradas uma das ações mais
eficazes no combate às mudanças climáticas. Isso é amplamente aceito entre
cientistas e ambientalistas.
“A ciência é clara com relação a
quanto a redução do número global de rebanhos pode contribuir com até um quinto
da mitigação necessária para cumprir a meta de Paris abaixo de 2° C”,
acrescentam as organizações na carta.
Além disso, um político sênior
do Reino Unido - do mesmo partido do presidente da COP26 –
creditou, publicamente, o aumento nas dietas à base de vegetais como o
principal fator para atingir as metas globais de mudança climática no início
deste ano.
Oportunidade 'vital' para líderes mundiais
O vice-presidente da Humane
Society International para Bem-estar de Animais de Fazenda enviou uma
declaração ao Plant Based News sobre as convocações.
Julie Janovsky disse: “Quando
se trata dos impactos da pecuária nas mudanças climáticas, não podemos continuar
a chutar o balde”.
“Muitos governos e
constituintes reconheceram e tomaram medidas para lidar com os impactos do
setor de energia e transporte. Mas, os governos ainda precisam adotar
políticas para reduzir o impacto da pecuária intensiva em grande escala sobre o
meio ambiente”.
“Se quisermos, seriamente,
evitar uma catástrofe climática, os líderes mundiais devem reconhecer a
ciência. E implementar estratégias para mudar nosso sistema alimentar
global para um que reduza, significativamente, a pecuária industrial.
“Reduzir o número de animais
criados e abatidos é um componente legítimo e essencial para combater as
mudanças climáticas”.
“Ignorar o imenso impacto
climático da pecuária industrial não é mais uma opção. E a conferência
sobre mudança climática COP26 oferece uma oportunidade vital para os líderes
mundiais agirem”.
Outros co-signatários incluem
Veganuary, The Vegan Society, Farm Sanctuary e Compassion In World Farming.
Fonte: Plant Based News
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
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