Desde setembro, a Austrália vem enfrentando incêndios
florestais. A estimativa de acordo com a Universidade de Sidney é de meio
bilhão de animais mortos, entre mamíferos, dentre eles cangurus e coalas, pássaros e répteis. Um terço da população de coalas está morta.
Nessa estimativa não estão incluídos
grupos como morcegos, sapos e insetos. Veterinários estão promovendo cuidados
médicos emergenciais. Esse número se torna ainda mais expressivo quando se
considera que o país tem um elevado número de espécies endêmicas: 244 das 300
espécies nativas só são encontradas lá!
Entre vidas humanas, foram
confirmadas mais de 20 mortes e milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas no
sudeste do país. Dezenas de milhares de bombeiros e voluntários têm estado em
ação desde o princípio dos focos de incêndio e barcos da marinha tem chegado à
costa para ajuda humanitária. Em torno de 1000 construções estão destruídas.
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A chegada contínua de ondas de calor recorde, que mantêm as temperaturas acima dos 40 graus, deve fazer os focos de incêndio continuar. A seca em 2019, a mais intensa registrada no país nos últimos 120 anos, e as fortes rajadas de vento, que contribuem para o alastramento do fogo, são consequências do aquecimento global.
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A chegada contínua de ondas de calor recorde, que mantêm as temperaturas acima dos 40 graus, deve fazer os focos de incêndio continuar. A seca em 2019, a mais intensa registrada no país nos últimos 120 anos, e as fortes rajadas de vento, que contribuem para o alastramento do fogo, são consequências do aquecimento global.
O calor e a fumaça liberados na atmosfera
pelas chamas também causam impactos na região, evidenciados nas geleiras da
Nova Zelândia, já ameaçadas pelo degelo, que ganharam uma cor caramelo. O céu da
Austrália está laranja ao invés de azul, o que inclusive dificulta o trabalho
dos pilotos para tentar conter as chamas por via aérea.
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A Austrália teve o ano mais quente e mais seco dos últimos tempos e os cientistas já haviam alertado sobre o que agora está acontecendo.
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A Austrália teve o ano mais quente e mais seco dos últimos tempos e os cientistas já haviam alertado sobre o que agora está acontecendo.
O primeiro ministro, que esteve em
férias no Hawai enquanto os incêndios devastavam a Austrália, disse para os estudantes
ativistas pelo clima para voltarem para a escola.
Scott Morrison é conhecido por negar
as mudanças climáticas e vem sendo confrontado pela população das cidades mais
atingidas por onde passa. Diante de um verdadeiro ecocídio
que evidencia os riscos do negacionismo enquanto fenômeno global. Negar a crise
climática serve apenas para isentar os governos de frear os lucros das
multinacionais, que produzem danos irreversíveis aos biomas locais e ao clima
global, com o aumento das secas e poluição.
O primeiro ministro está dando suporte
a um desenvolvimento insustentável, ampliando a atividade das termoelétricas (à
base de carvão) e da pecuária, que é responsável por 51% de toda emissão de
gases do efeito estufa e onde são usados 76 trilhões de galões de água
anualmente. As emissões de CO2 são responsáveis pelo aquecimento global, apontado
como a principal causa da maior extinção em massa de animais silvestres em 65
milhões de anos.
Esta tragédia é o resultado de uma
falha do governo. Sem a atividade da pecuária, hoje chamada “agricultura animal”,
nada disso teria acontecido.
Precisamos que os governos assumam o compromisso
para a reversão das mudanças climáticas, com o fim das fazendas de produção.
Precisamos que os governos defendam o
meio ambiente, a vida dos humanos e dos animais e que se empenhem para que
tragédias como essa sejam evitadas. O tempo para agir é agora.
E cabe a cada um de nós mudar os
hábitos de consumo para privilegiar o que realmente é vital: água, ar, solo
fértil. Ao invés de continuar a consumir, desenfreadamente, recursos naturais e
vidas animais. Quer sejam aquelas mortas por um capricho do paladar ou as
sacrificadas em seus devastados habitats naturais.
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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"meio bilhão de animais mortos, entre mamíferos, dentre eles cangurus e coalas, pássaros e répteis. Um terço da população de coalas está morta.
ResponderExcluirNessa estimativa não estão incluídos grupos como morcegos, sapos e insetos."
É inacreditavelmente triste!!
Grata por seu comentário, Marise! É ainda mais lastimável quando sabemos que foram dados os alertas quanto à urgência em mudar as atividades econômicas de modo a reduzir os impactos ambientais. E seguindo a mesma política estão a dizimar ainda mais animais vitimados pela seca. Triste, muito triste mesmo!
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