Você sabe o
que é Caviar?
Conheça o prato típico da alta gastronomia russa.
"Você sabe o que é
caviar? Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar", diz a letra da canção de
Zeca Pagodinho.
A iguaria realmente é para
poucos, uma lata de meio quilo de caviar do esturjão beluga pode custar até 580
reais. Mas, definitivamente, seu custo monetário não chega nem perto do custo
do sofrimento animal derivado de sua produção. O caviar é considerado uma
iguaria de luxo, consistindo em ovas do peixe esturjão. Muita gente não entende
do porque de um peixe tão prolífico estar em vias de extinção: o esturjão é o
único a ser caçado por causa das ovas e não por sua carne.
Na Rússia, são
servidas em casas próprias para degustação de caviar! A designação
“caviar” pode igualmente ser utilizada para ovas de outras espécies de esturjão
selvagem ou para ovas de esturjões criados em aquacultura (das espécies do
Cáspio ou outras).
Como é a produção? Quem teve a oportunidade de assistir á
série do canal Sportv: O Último Trem para Rússia, eles mostraram em um dos
episódios.
As ovas são retiradas de uma fêmea ainda viva, isso mesmo,
ainda viva! Para então serem peneiradas, lavadas, escorridas e salgadas. Depois
são colocadas naquelas pequenas latinhas caríssimas, em forma de délicatesse. Ou seja, mais uma vez a
alta gastronomia faz uso de alto requinte de crueldade para a produção de suas
iguarias, como no caso do foie Grass, carne de vitela, dentre outros.
A fêmea de esturjão
capturada viva é transportada até uma mesa de metal onde é atordoada e lavada.
O seu ventre é então aberto com precisão, enquanto ainda viva (já que a sua
morte liberta toxinas nefastas para as ovas), sendo o saco de ovas extraído,
lavado e imediatamente pesado. Tradicionalmente a fêmea é depois morta e
encaminhada para processamento (com vista à comercialização da carne).
Mas atentem bem! Hoje
em dia, particularmente com esturjões de aquacultura, é cada vez mais comum a
remoção cirúrgica das ovas, assim permitindo que as fêmeas continuem a produzir
mais durante o seu tempo de vida. E foi isto exatamente que apareceu no referido
programa da Sportv, após a incisão (corte), os “produtores” forçam o abdômem da
pobre fêmea, de modo a capturar seus ovos, e depois a lançam de volta para o
tanque de aquacultura!
Os esturjões são
uma das espécies mais longevas, chegando a atingir 100 anos ou mais. Nos tanques
de produção intensiva, foi calculado um tempo de vida de em torno de 40 anos.
Ou seja, as pobres fêmeas serão massacradas, periodicamente, sucessivas vezes,
ao longo de décadas de exploração. Crueldade que só se assemelha aos mais
cruéis testes realizados em laboratórios com animais e as chamadas fábricas de bile,
onde os ursos vivem em média mais de 20 anos sendo constantemente torturados.
O esturjão é o
maior peixe de água salgada do mundo depois do tubarão-baleia, sendo o Mar
Cáspio e seus afluentes, em regra oriundas da Rússia ou
do Irão (caviar Beluga, Ossetra e Sevruga). Região tradicionalmente considerada
como produtora dos “melhores” caviares.
Os que defendem seu
consumo dizem que é necessário um paladar apurado para degustá-lo: - "Sentir a volúpia das
minúsculas bolinhas estourarem contra o céu da boca é para o deleite
de poucos..." O fato é que as referidas “bolinhas” são fetos de
peixe, provenientes de uma das maiores espécies, para serem consumidos sobre
pão e panquecas? Mais uma vez um exemplo do requintado paladar cruel da
insensatez (des)humana.
Além do consumo
como alimento, certos fabricantes de produtos cosméticos adicionam caviar aos
seus produtos, já que este é considerado rico em componentes naturais que
favorecem a revitalização da pele, a chamada vitelline, rica em fosfolípidos e
fosfoproteínas, constituintes essenciais das células. (Não precisa nem dizer
que há fontes vegetais para obtenção das tais fosfoproteínas, como a partir do
grão de bico e outros grãos).
O
Brasil hoje se destaca pelo cultivo de tainha e a produção de Bottarga, o
chamado “caviar
brasileiro”. A costa de Santa Catarina domina a produção no
país, com pesca permitida entre maio e junho. A Bottarga é um produto muito
consumido na Itália. A Sicília e a Sardenha são as regiões de maior consumo, e que
importam a tainha brasileira para suprir a demanda. França e Taiwan também são
importadores da tainha do Brasil.
NOTA DO SITE: Não
compactue com produtos cruéis! Não consuma caviar. Divulgue a forma como o
caviar é obtido. Colabore para a defesa da vida e dos direitos dos animais.
Dizy Ayala |
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formanda em Publicidade e Propaganda -
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Dizy,
ResponderExcluirExcelente post.
Não sei como as pessoas ainda tem coragem de comprar algo que é produzido com tanta violência.
Será que algum dia a humanidade deixará de ser tão insensível, cruel e fria?
Abraços,
Simplicidade e Harmonia
Grata Simplicidade!
ResponderExcluirConcordo! Terrível que alguém possa crer que haja bom gosto em saborear o fruto desta violência. Há um longo caminho de evolução a ser percorrido por nossa espécie. Seguimos compartilhando para que mais pessoas saibam a origem daquilo que consomem e possam escolher deixar de compactuar com tudo isso. A Paz começa pelo prato! Com mais Simplicidade e Harmonia!
Abraços.