A Irlanda é
o mais recente país a parar a criação de peles, assim que o presidente Michael
D Higgins sancionou projeto de lei
A República da Irlanda proibiu a criação de peles. A legislação que proíbe a prática foi intitulada Animal Health and Welfare and Forestry (Disposições Diversas) Bill 2021.
A medida, que fará com que as últimas três fazendas de vison do país sejam
fechadas para sempre é a mais recente de uma série de proibições europeias de
criação de peles.
No final do ano passado, a Itália aprovou uma lei orçamentária que fecharia,
completamente, a indústria de produção de peles do país. Em junho de 2021,
a Estônia se tornou o primeiro estado báltico a aprovar uma proibição de
criação de peles. Em novembro de 2020, a Hungria anunciou a proibição da
criação de martas, raposas, furões, coypu (ratão do banhado) e doninhas para produção de peles.
A proibição irlandesa, também, está de acordo com a opinião dos seus próprios
cidadãos. De acordo com a Fur Free Alliance – uma coalizão internacional
de organizações de proteção animal – 80% dos residentes do país são contra a
criação de peles.
Crueldade na indústria de criação de peles
A Fur Free Alliance relata que
mais de 95% das peles de peles vendidas em todo o mundo vêm de animais de
criação.
Essas fazendas são, inegavelmente, cruéis: os animais vivem em recintos
pequenos e apertados, muitas vezes, com pisos de arame. Tal ambiente é
desconfortável e pode causar doenças físicas, como infecções de pele ou
oculares. Também impede que os animais possam se comportar como se
estivessem na natureza. Eles não podem caçar, correr, cavar ou nadar e, por
causa disso, frequentemente, exibem sinais de estresse psicológico severo.
De acordo com Pippa Hackett, ministra de Estado do Partido Verde, no
Departamento de Agricultura da Irlanda, prevenir a crueldade animal foi um
fator chave por trás da nova legislação da Irlanda.
“Proibir a criação de peles é um passo vital na proteção do bem-estar
animal. Isso nos coloca em conformidade com uma legislação semelhante que
está sendo implementada em toda a Europa”, disse ela em comunicado.
Ela acrescentou: “Nenhum padrão de bem-estar ou regime de inspeção pode impedir
que problemas de bem-estar sejam encontrados regularmente em fazendas de
peles”.
Nota do Blog:
Que se encerrem todas as
fábricas de peles.
Não há necessidade alguma de
sacrificar vidas animais para vestuário, assim como para qualquer outro fim.
Temos inúmeras alternativas têxteis,
de origem vegetal e sintética que protegem os humanos do frio.
E mais, ainda que por uma
questão estética, existem as chamadas peles fake, de origem sintética que
permitem o uso de peles sem que nenhum animal seja sacrificado.
Peles animais jamais são
sinônimo de glamour e requinte, apenas requinte de crueldade e mau gosto.
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
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