A prática infame proibida nos países hermanos, Uruguai e
Argentina, migrou para as cidades que fazem fronteira com os mesmos no estado.
Há meses o caso vem sendo denunciado desde que foi proposta
e, posteriormente, aprovada a pista de corridas de galgos no Parque do Gaúcho
em Bagé/RS. Práticas clandestinas também acontecem nas cidades de Santana do
Livramento, Quaraí e Uruguaiana.
Ganhou ampla repercussão por parte de protetores e
simpatizantes nas redes sociais, com mobilização de petição online até que, em
janeiro deste ano, 2021, foi apresentada reportagem no programa dominical
Fantástico, de modo que o caso se tornou conhecido nacionalmente e, inclusive,
internacionalmente.
Uma mácula para o estado do Rio Grande do Sul por conta das
comprovadas ações de maus tratos de tal prática.
Saiba mais http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com/2020/08/ativistas-protetores-e-representantes.html
Hoje, pois, é dia de comemorar essa vitória para a causa animal, com o decreto do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pelo fim das corridas de galgo em todo estado. Há muitas outras batalhas a serem travadas em nome dos inocentes animais, uma vez que eles não foram feitos para servir ao homem, que possuem seus próprios propósitos e direito à vida digna.
Depoimento pessoal:
Levou mais de 40 anos para que eu entendesse o porquê de o
leiteiro, à época, quando soube, por minha mãe, que eu queria adotar um
cãozinho, trouxe uma cachorrinha galgo.
O que parecia mera excentricidade, na verdade agora se
explica. No comecinho dos anos 80, vivi com minha mãe e meu padrasto (uruguaio)
em Chuí, última fronteira no sul do Brasil com o Uruguai. Nós não tínhamos
informação de nada sobre corridas de galgos. Com a informação que temos agora,
possivelmente, a minha querida Lulu chegou a mim porque era mestiça com galgo
e, provavelmente, não interessou para a reprodução e/ou corridas.
Hoje, me pergunto quantos cães foram massacrados, desde
aquela época, por essa infame prática, ainda então legalizada no Uruguai e
Argentina. São cães muito dóceis, apesar do tamanho, sempre muito amáveis e
companheiros. Com efeito, eram incitados a correr por privação de alimento e/ou
adulteração química.
Tem coisas que levam muito tempo, mas antes tarde do que nunca. Gratidão ao governador do Estado do RS, Eduardo Leite, Regina Becker (Secretária do Trabalho e Assistente Social, causa animal), Assembleia Legislativa, na pessoa de Gabriel Souza, Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Lourdes Sprenger e todo corpo político que se empenhou por esse decreto e, particularmente, a todos protetores e ativistas que militaram por essa causa, Galgos Livre, a proteção animal de Bagé, em especial a vereadora Beatriz Souza e os que pressionaram nas redes sociais para retirar ao menos essa mácula do Rio Grande do Sul.
É bem verdade que o nosso desejo é o de libertação para
todos, como por exemplo, os cavalos, ainda tão explorados por esses pagos, seja
nas carroças ou nos rodeios. Inclusive aqueles que vistos apenas como ingredientes,
já desde que nascem marcados para o dia do abate (porcos, bois e galinhas).
Tem coisas que levam muito tempo para acontecer, mas a gente
segue acreditando.
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
Galgos, dóceis , queridos e amigos. Que sejam cada vez mais respeitados e felizes. Como todos seres merecem ser!
ResponderExcluirMaravilhoso relembrar aquele nosso episódio existencial de espaco5, liberdade, amizade, respeito e dignidade. Valeu!
ResponderExcluirSim, há q seguir acreditando, sempre! Por menores q possam parecer os passos, cada um deles conduz a um momento mais próximo de um mundo mais justo e equânime a todos os seres.
ResponderExcluirSim. Isso mesmo, querida Marise!
ExcluirUm passo de cada vez no longo caminho da libertação animal.
Grata por seu comentário!_/\_