A partir de julho de 2025,
embalagens de produtos de origem animal na Suíça deverão informar se os animais
foram submetidos a práticas dolorosas sem anestesia.
A medida, imposta pelo Conselho
Federal, vale para alimentos como carne, leite, ovos e foie gras, e tem como
objetivo oferecer mais transparência aos consumidores sobre os métodos de
produção.
Com a nova regulamentação,
práticas como castração, retirada de chifres, corte de rabo e dentes em porcos,
ou o corte das coxas de rãs - todas realizadas sem anestesia precisarão ser
claramente indicadas nos rótulos dos produtos.
Também será obrigatória a
rotulagem de alimentos derivados da gavagem (alimentação forçada com tubo para
engordar artificialmente gansos e patos), como o foie gras, o figado e a carne
desses animais.
Esse método, proibido na Suíça há
mais de 40 anos, ainda é permitido em outros países e continuará sendo
identificado nas importações.
Um período de transição de dois
anos está previsto para a adaptação completa.
Trata-se, sem dúvida, de um
avanço importante. No entanto, ao focar na dor física, causada pela falta de anestesia, a nova regra deixa de fora outras práticas também cruéis, que
seguem invisibilizadas, como o confinamento de animais em espaços minúsculos e
escuros, a separação precoce entre mães e filhotes, o engordamento forçado de
frangos, até que mal consigam andar, e a total privação de comportamentos
naturais.
Importante frisar que todos os animais têm o desejo e direito de viver, sem exploração, sem sofrimento e sem serem mortos.
Via Carne Nunca Mais
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
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