La Femme Fatale – A Exploração
do Gênero
Por Dizy Ayala
Como um dia foram as
mulheres e crianças a mão de obra mais barata, a realizar as mesmas tarefas dos
homens, em uma jornada exaustiva de 16 horas diárias, ainda hoje lutam por
igualdade de direitos. E são as fêmeas as mais exploradas pelos meios de
produção. Também as fêmeas de outras espécies sempre foram vistas como mais
produtivas, pois podem gerar filhos e com isso render mais lucro a seus
exploradores. A exploração absurda e brutal de gerar filhos forçadamente para
então separá-los de suas mães para que o “produto” cobiçado possa ser explorado.
E é assim com todas elas, ao
longo da cadeia produtiva. Seus corpos são manipulados de maneira a produzir
mais e mais. Descartam os machos, a exceção daqueles que se tornam escravos
sexuais para gerar as sementes para a reprodução, enquanto elas, cativas, serão
o depositário para gerar o inescrupuloso lucro da exploração.
Por trás do caráter
simbólico da vaca sagrada, na realidade, a proteção dada às vacas indianas
refere-se à proteção de uma cadeia de utilidades a que as tais vacas
representam economicamente, conforme aponta Marvin Harris. É a legalização do estupro, da violência
doméstica e assassinato. Toda uma realidade difícil de encarar, ignorada por
muitos, mas são mães e filhos que seguem para o matadouro todos os dias.
Assim como lutam por seus
direitos legítimos de igualdade, muitas mulheres e homens esclarecidos,
despertos e compassivos, têm expandido sua compreensão de que o movimento
feminista compreende todas as espécies e que o abuso às fêmeas animais cria um
padrão de comportamento na sociedade, onde ainda testemunhamos tanta violência
às mulheres humanas, ainda vistas, muitas vezes, como objeto. Sistemas alimentares acabam por exercer um
papel fundamental na reprodução de desigualdades de classe, raça e etnia,
gênero, sexualidade e idade, entre muitos outros, conforme exposto por
pesquisadores como FLANNERY e MICYNTE no artigo Food as Power.
Tais observações
permitem um entendimento do poder exercido através de sujeitos, objetos, instituições
e discursos onde desigualdades econômicas globais são reproduzidas através desses
sistemas. Desse modo, as desigualdades estão profundamente presentes no tecido
social, em suas práticas e na produção de significados simbólicos. E a cultura atua
não só como uma parte destes meios de dominação e exploração, mas como veículo
de reprodução e experiência desses meios.
O ecofeminismo de estudiosas
como Marti Kheel, Lori Gruen, Greta Gaard, Josephine Donovan, Ynestra King,
Barbara Noske e Karen Warren, começava a
identificar, a partir dos anos 70, a relação entre a opressão de mulheres e
animais. O movimento trouxe à tona a estreita relação entre a submissão e
exploração da natureza, das mulheres e dos povos estrangeiros.
Na perspectiva do veganismo, "animais não existem para serem explorados pelos humanos, assim como o negro não
existe para servir o branco, nem a mulher para o homem", conforme declarou Alice
Walker, escritora estado-unidense,
autora do livro A Cor Púrpura, e ativista feminista. Dessa forma, é possível perceber
uma analogia entre especismo, racismo, sexismo e outras formas de preconceito e
discriminação.
“Em nossas relações com o
reino animal surge um dever que todas as mentes pensantes e compassivas
deveriam reconhecer: o de que, como somos mais fortes mentalmente que os
animais, deveríamos ser seus guardiões e ajudar-lhes, não ser seus tiranos e
opressores. Não temos o direito de causar-lhes sofrimento e terror só para a
gratificação do paladar, um luxo a mais em nossa vida”. Annie Besant,
humanista do séc. XVIII, ativista pelos direitos das mulheres, presidente da Sociedade
teosófica.
Dizy Ayala |
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Páginas no facebook
Uma Escolha pela Vida
Ação pelos Direitos dos Animais
Faça parte você também da construção de um mundo mais compassivo,
com maior qualidade de vida, respeito ao meio ambiente
e aos outros seres que o dividem conosco.
Adquira o seu exemplar de Uma Escolha pela Vida
Mais infirmações no link
Dizy,
ResponderExcluirInfelizmente a humanidade acredita que os animais estão aí para servir...
Falta respeito. Falta consideração pela vida alheia.
Criei um blog para vender algumas coisas que tenho aqui em casa, mas que não uso mais. Se quiser conhecer:
Vendas Diversas 2018
Um bom final de semana!
Grata por seu comentário.
ResponderExcluirCabe a cada um de nós contribuir dentro do que está ao seu alcance para mudar toda forma de discriminação, seja ela com humanos ou animais.