Carnaval sem crueldade.
Pelo fim da agonia por detrás da alegoria!
Pelo fim da agonia por detrás da alegoria!
Você já se
perguntou sobre a origem das plumas e penas que adornam as fantasias nos
desfiles de Carnaval? Elas provêm de aves como o faisão, pavão, ganso,
avestruz, dentre outras. E essas penas não caem naturalmente, como se pode
pensar, são arrancadas do animal vivo, uma a uma.
Trata-se de um processo
bastante cruel, pois provoca dor, sofrimento, ferimentos e deixa as aves expostas
a queimaduras do sol e a infecções graves. O
processo é repetido em torno de três vezes ao ano, sempre que as penas dos
animais voltam a crescer. Ou seja, os pobres animais são submetidos a esse
martírio, repetidas vezes, o que pode, inclusive, levar à morte ou abreviar suas infelizes vidas para em torno de 3 anos. Este modo de produção é usado para qualquer artigo que use penas de animais, como por exemplo, os travesseiros de penas de ganso.
A principal
expressão cultural do Brasil, com visibilidade mundial, carece dessa importante
e necessária reflexão sobre o processo de produção das fantasias e alegorias do
Carnaval e agir no sentido de promover a substituição de materiais de origem
animal por materiais sintéticos.
Há exaltação dos
chamados destaques das escolas de samba e suas fantasias com plumas de diversas
aves e inúmeros adornos em cada bloco e carro alegórico, sendo boa parte
provenientes da exploração de animais, que são tidos como protegidos como
especies nativas da fauna brasileira.
A vaidade humana se
exacerba nas alegorias e não há números oficiais que dêem conta do montante de
quantas mortes de animais decorrem da festa ícone da “beleza, alegria e glamour”.
Já há tantas opções sintéticas para os enfeites, porém para
muitos ainda soa como falso. Porém se a verdadeira face dos bastidores viesse
ao palco principal, aos olhos dos expectadores, seria mesmo tão glamorosa?
Em 2015, as autoridades da Bolívia proibiram o uso de peles e
plumas de animais nas fantasias que foram usadas no Carnaval do país.
Em
2017, no Brasil, tivemos a iniciativa da escola Águia de Ouro, junto à ativista
Luísa Mell, que entrou na avenida com enfeites e alegorias sem nada de origem
animal.
Saiba mais no link
http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2017/02/carnaval-tem-desfile-de-escola-de-samba.html
É chegado o tempo da compaixão e respeito pelas vidas animais. E mais
uma vez, cabe às pessoas mudar seu modo de produção para práticas sem crueldade.
Após a chamada quarta-feira de cinzas, costuma-se dizer que o ano está
apenas começando. E com os começos, e recomeços, sempre se renovam as
esperanças.
Que haja esperança para os animais reféns da crença e exaltação, seja
nos palcos de adoração ou folia.
Cada um de nós, por nossas crenças e ações, é que somos capazes de fazer
do mundo um lugar para celebrar!
Dizy Ayala |
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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