segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O resgate da porquinha KIrk


O resgate da porquinha KIrk



Por Dizy Ayala
19 de outubro de 2015

Foram três semanas de grande expectativa!

Na primeira ocasião, estávamos cheios de disposição e boa vontade, porém nos faltou a logística. O bebê, que não era mais tão bebezinho assim, estava por demais assustado com a ideia de sair de seu pequenino chiqueiro rumo ao desconhecido. Não era possível transportar o animal no colo e sem sedação. Nós bem que tentamos, mas só conseguimos avançar poucos metros quando resolvemos regressar. Quem já teve a ocasião de presenciar, os gritos de um porco são por demais estridentes!!! Nos rendeu boas risadas nossa malfadada tentativa, mas em nenhum momento pensamos em desistir!

Naquele mesmo dia, no regresso, tratamos de contatar e combinar com a veterinária uma intervenção profissional para que tudo fosse feito da melhor maneira possível. 

Foi então que na segunda semana, os temporais, a chuva e o mau tempo assolaram nosso estado do RS. Sem as condições favoráveis, tivemos que adiar o resgate. 

Por mais que tivéssemos tido revezes naqueles dias, a intenção permanecia constante de realizar a ação e permanecemos em contato para seguir com as tratativas.

Alterando mais uma vez os planos, a previsão de viagem era para o domingo, combinamos que iríamos no sábado para garantir o bom tempo e disponibilidade de todos envolvidos.

Foi uma ação de várias mãos. Muitas pessoas envolvidas com a boa vontade de doar do seu tempo e energia para dar a essa história um final feliz.

Partimos todos de Porto Alegre rumo à Barão do Triunfo, RS, o então domicílio da porquinha.

 



Chegando lá, contamos mais uma vez com a boa disposição das pessoas da casa, em nos receber, o que possibilitou o fácil acesso ao local. 

A porquinha Kirk foi contida para que recebesse a injeção com sedativo. 
Foi preciso uma segunda dose, pois a bichinha é forte e obstinada pela vontade de viver, tendo guardado na memória o fim que levaram seus antecessores, quando retirados do chiqueiro.

local de onde retiramos a porquinha Kirk

O porco castanho que tivemos de deixar para trás





















Fomos forçados a um exercício de humildade, quisera poder salvar todos e evitar a morte de outros animais. A família cria porcos no próprio pátio para o consumo. Até que um membro dessa família resolveu deixar de comer animais e faz de uma das prováveis vítimas, seu mascote. Verdadeiras revoluções que vem acontecendo no seio de muitas famílias.


Com a dose extra do sedativo e a contenção feita com total profissionalismo pela veterinária Silvia e a participação do Alexandre que segurava firme a Kirk para que não escapasse, foi possível colocá-la na caixa de transporte.

Eu, bem como todos os demais envolvidos, estávamos ali à disposição para ajudar, sempre que era preciso alcançar alguma coisa.

Enquanto os procedimentos foram feitos, a Alexia também segurava firme o cão da família que entrou em total processo de empatia com o estresse da porquinha e latia e choramingava, enquanto forçava a guia.







Assim que a caixa de transporte foi colocada no carro 4x4, pela vet Silvia e seu marido Rodrigo, seguimos para Camaquã, que era o destino final.


Lá chegando, uniram-se a nós os pais da Silvia, cuja mãe, a Sra. Tania, tem uma associação de amparo a animais em situação de abandono, a APACA, que presta esse valoroso serviço à comunidade. Eles nos conduziram a um sítio próximo, o local reservado para acolher a porquinha Kirk.

Rodeada por pés de eucalipto e vegetação, a baia estava ali à espera de sua mais nova moradora. Com um cocho de água fresca e outro cheio de verduras, legumes e frutas frescas, a porquinha foi recebida com pompa.



A primeira coisa que fez foi fuçar a terra e agrupar as várias folhas de eucalipto e com isso formou uma cama fofa onde foi descansar. Apesar do jejum desde a véspera, para que pudesse ser sedada, a alimentação seria um novo processo de adaptação. Como vinha sendo alimentada com restos e lixo, desaprendeu de comer as verduras frescas habituais na alimentação de porcos.

Foi com grande contentamento que constatamos a qualidade do local destinado à ela, nessa fase de adaptação para uma nova vida.

A quem estava destinada coisa nenhuma porque estava fadada à morte, agora há toda perspectiva de vida, dignidade e claro, muito carinho.












Fico muito grata por ter vivenciado essa experiência, construída a partir da intenção de um jovem casal, Alexandre e Alexia, em salvar a porquinha filhote, que tornou-se o símbolo da resolução dos dois por um modo de vida compassivo, sem o consumo de ingrediente animal.














Eu sou amiga da Alexia desde que a vida nos colocou no caminho uma da outra há dois anos, de maneira casual e assim que soubemos dos nossos valores em comum, criamos um laço em torno dessa mesma filosofia. Agradeço pela confiança quando me contatou para participar e contribuir com essa intenção.










Desde o principio, com a disposição de meu esposo e filho Jeliel, topamos colaborar com o transporte. Dentre as amizades na causa animal, contatei a amiga Juliana, para saber sobre um local possível para abrigar o filhote. Ela me referenciou a Luh, um contato em comum, que nos indicou a Dra. Silvia. Essa corrente do bem foi determinante para que fosse possível o contato e a realização do intento.



Agradecimento especial à toda dedicação da veterinária Silvia, com sua competência e zelo, e também ao seu esposo que topou participar dessa aventura. Gratidão aos pais da Dra. Silvia que disponibilizaram o local para acolher a porquinha Kirk. Acho que vai virar Kirk Peppa!

Tão pouco convencional acolher uma porquinha como pet, e por que não?

Rompendo com as convenções, reconhecemos em todo animal a capacidade de ser e sentir.

E quando retiramos a violência do prato, nos tornamos salva-vidas.

Qualquer um de nós pode fazê-lo, a qualquer tempo, com aquilo que colocamos dentro do prato.

E é uma experiência libertadora e maravilhosa!

Viva e deixe viver! Go vegan!



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais




Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais, 

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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Pelo fim dos zoológicos e aquários no mundo



 Pelo fim dos zoológicos e aquários no mundo

Por Dizy Ayala 
Todos os anos, animais são capturados, retirados de seu habitat natural e de seu grupo familiar. Muitas vezes bebês são separados de suas mães, para viver uma vida de clausura e privação.
Há uma intensa discussão quanto à importância dos zoológicos e aquários como unidades de preservação, entretanto, por própria definição, essas instituições existem com fins lucrativos e para tanto, precisam do valor dos ingressos de visitantes para se manter em funcionamento. Uma vez que os animais estão confinados em lugares estreitos e expostos à visitação já são vítimas de abuso. Estão sendo violados seus direitos à liberdade e privacidade. Em consequência disso, os animais ficam sujeitos a uma série de complicações para sua saúde física e mental. Um exemplo disso são as baleias do Sea World, que já nasciam com deformação na barbatana por conta do confinamento.

R.I.P. Tilikum
A maior orca em cativeiro do mundo faleceu no Sea World, em Orlando, na última sexta-feira, 06 de janeiro, 2017, devido á uma infecção nos pulmões. Havia causado a morte de três treinadores, por conta do estresse do confinamento. Como exposto no documentário Blackfish, disponível no Netflix, a verdadeira razão da violência das chamadas baleias assassinas é revelada. Tilikum foi capturada ainda filhote e viveu 33 anos, presa na mesma área restrita, sob as vitrines envidraçadas do aquário.

https://www.facebook.com/PlayGroundBR/videos/313015729093412/?pnref=story
Do ponto de vista da preservação de espécies ameaçadas, também há controvérsias. Tendo em vista que animais em cativeiro têm dificuldade em se reproduzir, alguns indivíduos animais são expostos a sucessivas tentativas de reprodução por parte dos veterinários e biólogos, estressando a até mesmo adoecendo algumas dessas possíveis matrizes.
Retirar indivíduos de espécies ameaçadas de seu habitat natural sob o pretexto de protegê-los também prejudica os animais que permanecem na natureza, pois a diversidade genética diminui, comprometendo ainda mais a espécie.
Não há como argumentar que pelo cuidado com a alimentação, estejam sendo atendidos todos os requisitos quanto ao bem-estar animal, uma vez que estão sendo privados de exercer suas funções habituais como percorrer maiores espaços, refugiar-se e socializar.
Aliás, socializar é função primordial para manter o equilíbrio e boa saúde dos animais.
Muitas espécies vivem em grupos e muitas vezes esses grupos familiares não são respeitados quando frequentemente zoológicos ou aquários vendem ou enviam membros da família, em separado, para outras instituições, acabando por comprometer as relações familiares. É o que acontece, por exemplo, com muitos filhotes, que atraem visitantes e a atenção da mídia e, portanto, mais dinheiro. Entretanto, quando o animal cresce, ele pode ser vendido para outras unidades, circos ou até mesmo podem ser sacrificados.
Marius tornou-se um ícone no apelo pelo fim dos zoológicos.
Foi sacrificado em exibição pública em um zoo da Dinamarca, em 2014, na presença de crianças, apenas por não contar material genético  importante para  pesquisa, segundo biólogos da instituição.

Outro argumento que não se sustenta é o de cunho educativo. Zoológicos e aquários não cumprem essa função, muito antes pelo contrário, quando crianças são levadas a esses locais, elas se deparam com o sofrimento animal e acabam por acreditar que isso é normal e aceitável. Os pequenos devem ser estimulados a respeitar a vida em suas variadas formas e entender que espécies selvagens têm seu lugar na natureza e não no confinamento.

É certo que muitos animais são vitimados por acidentes, pelo tráfico ou por situação de maus-tratos e por isso não poderão mais ser inseridos em seu habitat natural e para acolhê-los é que se fazem necessários espaços que se aproximem ao máximo do ambiente natural desses animais, como nos santuários.
Os santuários são formados com a finalidade de acolher exatamente esse perfil de animais vitimados, jamais animais que sejam retirados da natureza para serem exibidos para fins comerciais. Eles cumprem com a missão de amparar e preservar!

No Brasil, dentre tantos abrigos heroicamente mantidos por recursos próprios, doações e trabalho de voluntários junto aos profissionais, dedicamos especial destaque ao primoroso trabalho do Rancho dos Gnomos, que desde 1991 vem acolhendo inúmeros animais da fauna silvestre, animais vitimados pelos maus-tratos em circos, com uma reserva para felinos de grande porte e também animais de fazenda.





Dizy Ayala


Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Deliciosa receita de bolo de chocolate vegano




~ Deliciosa receita de bolo de chocolate vegano ~


Ingredientes da massa:

• 2 xícaras de farinha de trigo;
 1 xícara de açúcar;
• 1 xícara de água;
 1/4 xícara de óleo, azeite ou óleo de côco;
 4 colheres de cacau em pó;
 1 colher de bicarbonato de sódio.
  
Ligue o forno no mínimo. Numa vasilha, misture os ingredientes secos e depois o óleo, aos poucos a água e por último, 1 colher de bicarbonato. A consistência da massa deve ficar cremosa. 
Assar até sentir cheirinho de coisa boa! Aproximadamente 20 minutos.

Recheio e Cobertura:

Você pode cobrir o interior do bolo com leite condensado da Soymilke, à venda nos supermercados, e adicionar frutas como o morango, bem como avelãs, castanhas, uvas passas ou nozes moídas. 

*Para casos de restrição à soja, poderá preparar seu próprio condensado com leite de côco, amêndoas, castanha, adicionando uma a duas colheres de amido de milho para encorpar. 
Basta misturar, na medida de uma xícara de água e levar ao fogo brando, mexendo sempre, até o ponto de levantar fervura.
Deixar esfriar.

Use do mesmo condensado para cobrir, basta adicionar 2 colheres de chocolate ou cacau em pó.
Para confeitar, a sugestão são os granulados e gotas de chocolate da Dr. Otker que são sem leite.




Dizy Ayala
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sábado, 3 de outubro de 2015

ORAÇÃO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS - PROTETOR DOS ANIMAIS





ORAÇÃO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS - PROTETOR DOS ANIMAIS

Meu São Francisco de Assis
Protetor dos animais
Olhai por nós que rogamos
Vossa benção e muita paz.
Olhai os abandonados
Sofrendo agruras nas ruas
E os que puxam carroças
Açoitados nas ancas nuas.
Pelos pobres passarinhos
Que não podem mais voar
Presos em rudes gaiolas
Só porque sabem cantar.
E as cobaias de laboratório
Que sofrem dores atrozes
Em experiências terríveis
Que lhes impõem seus algozes.
Olhai os que são perseguidos
Sem piedade nas florestas
Só por causa da ambição
Dessas caçadas funestas.
Pelos animais de circo
Que não têm mais liberdade
Presos em jaulas minúsculas
À mercê de crueldade.
Olhai os bois de rodeio
E os sangrados nas touradas
Barbárie e crimes impostos
Por pessoas desalmadas.
Pelos que têm de lutar
Até a morte nas rinhas
Quando o homem faz apostas
Em transações tão mesquinhas.
Olhai para os que são mortos
Nos macabros rituais
Em altares religiosos
Que usam sangue de animais.

Meu bondoso protetor
Oro a vós por meus irmãos
Para que sua dor e tristeza
Não sejam sofrimentos vãos.


Que chegue logo o dia da abolição
E possa ser eu um pilar na boa ação.

(Desconheço autoria)




Dizy Ayala
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