Humane Society International /
Reino Unido
LONDRES — Israel se tornou o primeiro país do mundo a proibir a venda de peles para moda frívola, a partir de 6 meses, com algumas exceções. A Humane Society International/UK, que lidera a campanha #FurFreeBritain para proibir as vendas de peles no Reino Unido, espera que a proibição de Israel inspire o governo britânico a seguir seu exemplo e, também, banir as vendas de peles, um movimento apoiado por 72% dos britânicos no recente YouGov and Yonder pesquisas de opinião. O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a proibir a produção de peles em 2003, mas a importação e venda de peles ainda é permitida. O governo do Reino Unido lançou uma Chamada para Provas para considerar o caso de uma proibição.
A proibição de Israel permite
isenções para o uso de peles em "pesquisa científica, educação ou
instrução e para fins religiosos ou tradição". Isso permitiria, por
exemplo, a venda de shtreimels - chapéus de pele, tradicionalmente, usados no
Shabat e feriados por homens ortodoxos. Uma isenção semelhante existe no estado
da Califórnia, nos EUA, onde as vendas de peles foram proibidas em 2019. A HSI/UK
acredita que uma proibição de vendas de peles no Reino Unido refletiria essas
isenções, mas, ainda assim, acabará com o sofrimento de milhões de animais,
cujas peles são importadas para o Reino Unido de fazendas de peles no exterior.
Claire Bass, diretora executiva
da Humane Society International/UK, disse: “Este é um dia, verdadeiramente,
histórico para a proteção animal, com Israel se tornando o primeiro país do
mundo a proibir a venda de peles para a indústria a moda. Mesmo com a isenção
de roupas tradicionais, sem a qual essa proibição, provavelmente, não teria
sucesso, a proibição de peles de Israel salvará a vida de milhões de animais
que sofrem em fazendas de peles ou definham em armadilhas cruéis em todo o
mundo e envia uma mensagem clara de que usar peles é antiético, desnecessário e
desatualizado. Agora, pedimos ao governo britânico que siga o exemplo
compassivo de Israel e implemente uma proibição de importação e venda de peles
no Reino Unido, assim que a Chamada de Provas do DEFRA for concluída. Enquanto
o Reino Unido permanecer aberto para a venda de peles, que consideramos muito
cruéis para cultivar aqui, há duas décadas, seremos cúmplices dessa crueldade”.
A ministra da proteção ambiental,
Gila Gamliel, transformou a proibição em lei e emitiu um comunicado após a
assinatura dos regulamentos: “A indústria de peles causa a morte de centenas de
milhões de animais em todo o mundo e inflige crueldade e sofrimento
indescritíveis. Usar a pele e os pelos de animais para a indústria da moda é
imoral e, certamente, desnecessário. Casacos de pele de animais não podem
cobrir a indústria de assassinatos brutais que os fabrica. A assinatura desses
regulamentos tornará o mercado da moda israelense mais, ecologicamente, correto
e muito mais gentil com os animais”.
Jane Halevy, fundadora da
International Anti-Fur Coalition (IAFC), que vem trabalhando para a proibição
há mais de uma década, disse: “A IAFC promoveu um projeto de lei para proibir a
venda de peles em Israel desde 2009 e aplaudimos o governo israelense que, finalmente,
deu o salto histórico rumo à fabricação de peles para a história da moda. Todos
os animais sofrem, terrivelmente, nas mãos dessa indústria cruel e atrasada.
Nada é mais forte do que uma ideia cujo tempo chegou (citação do filósofo Victor
Hugo). Matar animais para obter peles deveria se tornar ilegal em todos os
lugares - já é hora de os governos, em todo o mundo, banirem a venda de peles”.
A produção de peles foi proibida
em todo o Reino Unido, desde 2003, e foi proibida e/ou está em processo de
eliminação em vários países europeus, como: Áustria, Bélgica,
Bósnia-Herzegovina, República Tcheca, Croácia, Macedônia, Holanda, Noruega,
Luxemburgo, Sérvia, Eslováquia e Eslovênia. Mais recentemente, o parlamento da
Estônia votou a favor da proibição da produção de peles; a Hungria declarou a
proibição da criação de animais, incluindo visons e raposas; na França, os
políticos estão, atualmente, debatendo a proibição da produção de peles de
vison e o governo irlandês se comprometeu a apresentar legislação, ainda em
2021.
As opiniões sobre peles mudaram,
rapidamente, nos últimos anos, com mais e mais designers de moda, incluindo
Gucci, Prada, Chanel, Burberry, Versace e Armani adotando políticas sem peles e
a maioria das lojas de rua do Reino Unido, orgulhosamente, livres de peles. Uma
pesquisa de opinião YouGov de 2020, encomendada pela HSI/UK, também revela que
93% da população britânica rejeita usar peles de animais reais e a maioria
(72%) apoia a proibição da venda de peles no Reino Unido. Uma pesquisa de
opinião Yonder de 2021 confirmou que 72% dos britânicos apoiariam uma proibição
de importação e venda de peles no Reino Unido. Junto com cidadãos britânicos,
grupos de proteção animal, celebridades locais, políticos de vários partidos e,
até mesmo, o ex-CEO da British Fur Trade Association prometeram seu apoio a um
#FurFreeBritain.
Nos Estados Unidos, a Califórnia se tornou o primeiro estado dos EUA a proibir a venda de peles em 2019, após proibições semelhantes em cidades como: Los Angeles, San Francisco, Berkeley e West Hollywood. Em 2020, legisladores no Havaí e em Rhode Island apresentaram propostas de proibição de vendas de peles, assim como cidades em Minnesota e Massachusetts.
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
Passo gigantesco em prol da libertação animal!
ResponderExcluirO atraso de nossa espécie tem de ser reconhecido urgentemente!
Chega de tanta barbárie, desta vergonhosa escravidão aos outros animais.
Que este exemplo seja seguido por todas as nações.
Que se multiplique!
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