Pelo fim de animais em festas de rodeios, vaquejadas e touradas
Por Dizy Ayala
Rodeios, vaquejadas e touradas são
tortura travestida de cultura. O que é tido como diversão no palco, ou melhor,
arena dos rodeios, na verdade trata-se de espetáculo de brutalidade e
maus-tratos. Ali figuram cavalos e bois, animais naturalmente imponentes,
subjugados pela pessoa do peão, que fazendo uso de verdadeiros instrumentos de
tortura promove as gineteadas e vaquejadas. Os animais são submetidos pela dor
e pelo sofrimento.
Nem mesmo bezerros são poupados |
Ao contrário de um
esporte, onde todos os envolvidos o praticam de livre e espontânea vontade, no
rodeio o animal é tratado como mero objeto desprovido de vida própria e, pior,
como se desprovido fosse da capacidade de sentir dor ou como se tal capacidade
não tivesse qualquer importância.
A violência não se restringe ao evento em si. Longe dos olhos do público
ou da pretensa fiscalização veterinária e sanitária, é comum o animal sofrer
castigos e privações. Desde o transporte de caminhão aos locais de festa, em
condições precárias e insalubres, passando pelo ritmo alucinante dos treinos,
tudo isso agrava o martírio a que os animais são submetidos. Sem se limitar,
portanto àqueles 8 segundos oficiais de montaria ou de perseguição e derrubada.
Essa prática desafia o conceito de
evolução e civilidade humanas, pois fere a moral e a ética e somente pela
atuação de grupos específicos, que por tradição, totalmente provinciana e
ultrapassada, pretendem afirmar a valentia do peão na doma do animal. Não é
valente quem maltrata um inocente! Recentemente, um desses peões de rodeio
afirmou que para esses animais que não se adaptam à lida no campo, o rodeio é a
opção para poupá-los a morte nos matadouros. Como se houvesse algum mérito em
submeter esses animais a serem frequentemente feridos, seja pela espora,
chicote, sédem, relho, arreios e as fraturas decorrentes da montaria. E chamam
a tudo isso de diversão! Tortura não é cultura,
muito menos diversão!
Diversas marcas e emissoras de rádio e tv patrocinam tais eventos. É importante estar atento para evitar o consumo de produtos que promovem a exploração animal.
Quem frequenta esses locais como espectador é cúmplice e tão responsável
quanto os que afligem esses animais. Não se trata de opor-se aos festejos e shows musicais e sim propor que
se celebre o encontro, sem que nenhum inocente tenha que ser humilhado,
subjugado e mal tratado. Basta de crueldade! Que o laço não lace dor e enlace o
coração! Há que evoluir a tradição em compaixão! Por respeito aos animais, à
vida e os valores de respeito e humanidade para as próximas gerações!
Conforme a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, em Bruxelas,
em 27 de janeiro de 1978, artigo 10º, “Nenhum animal deve ser usado para
divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizam
animais são incompatíveis com a dignidade do animal”.
https://oholocaustoanimal.wordpress.com/2015/09/15/juiza-chama-rodeio-de-covardia-em-importante-precedente-legal/
Dizy Ayala
Formanda em Publicidade e Propaganda -
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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