segunda-feira, 20 de julho de 2015

Jurassic World Da ficção à realidade



Jurassic World 
Da ficção à realidade

Por Dizy Ayala
20 de julho de 2015

Quem viu o filme Jurassic World se surpreendeu com os efeitos e a veracidade da realidade virtual das cenas dos dinossauros.

O Jurassic World trata-se de um parque de diversões com as mais variadas espécies de dinossauros produzidos por laboratório.

O propósito dos cientistas no filme, financiado com capital da iniciativa privada, era surpreender. Ou seja, além de recriar os espécimes originais, fazer “inovações” decorrentes de cruzamento genético. Afinal, como dito no filme: “As crianças querem ver dentes!”

Pesquisa científica com fins lucrativos para o entretenimento.

O filme seguiu em cartaz por pelo menos três semanas, quando veio à público a notícia de pesquisa científica sobre a manipulação genética de uma galinha (descendente de dinossauro) para  que tivesse características jurássicas. Ou seja, dentes e garras, como dito no filme.

As correlações não param por aí. O cientista que está à frente das pesquisas foi consultor do filme, já desde a sua primeira edição, em Jurassic Park.

Nesses 20 anos que se passaram, o paleontólogo Jack Horner  tentou recriar um dinossauro a partir da célula de sangue contida no mosquito fossilizado, como descrito naquela versão, porém, não foi possível a partir daí, isolar DNA.

Muitas escavações e análise de material a partir de carcaças de dinossauros se seguiram e agora, pela primeira vez, a partir de uma célula de colágeno de um parente ancestral de ave pré-histórica pretendem manipular o gen da galinha para recriar o "galinhassauro", que tem como família, o velociraptor, espécie manipulada na versão mais recente do filme.

Quando questionado sobre o propósito de sua “invenção”, o cientista declara:
... “para a tecnologia, entretenimento e design”.

Aí  eu me pergunto, deve ser piada mesmo, já não basta todas as espécies contemporâneas manipuladas, exploradas, torturadas, unicamente por interesses escusos dos seres humanos, pretendem recriar animais pré-históricos para assim como na ficção, continuar a confinar animais fora do seu habitat natural, como nos aquários e zoológicos, por diversão e fins lucrativos.

No caso desses animais, estaríam fora, até mesmo, do tempo e espaço reais! E o argumento: por que “as crianças querem mais dentes?”.  Acho aviltante um cientista usar como argumento para pesquisa científica: “a vontade de crianças da 5ª série!” Isso é sério? Quem orienta e educa crianças para que tenham respeito e consideração pelo meio ambiente e outras espécies? Reproduzir espécies animais por capricho, perpetuando um modelo de exploração, sem medir conseqüências, ou será só na ficção que as coisas saem do controle?

Aliás, a única questão que não foi abordada na pesquisa real sobre recriar dinossauros, em relação ao que foi dito no filme, é a do uso militar! Sob o argumento de que robôs e drones, mesmo que dotados de comandos ou inteligência artificial não são tão precisos quanto os animais, para adentrar buracos e fendas e sendo seres biológicos são melhores para camuflar.

Recriar animais com instinto primitivo como armas de guerra?

Levam em conta, as manipulações genéticas que fizeram ao longo de décadas, nas raças caninas, descaracterizando por completo sua identidade ancestral com os lobos. Hoje, esses animais são debilitados e doentes e ainda assim da palavra da ciência afirmam: “Nós adoecemos os cães e hoje podemos estudar doenças humanas neles, mais uma vez os cães irão nos servir”.

A raça humana tem pecado há gerações, no que diz respeito a seus semelhantes, humanos ou não, no que diz respeito à compaixão.

Já cometeu erros graves no passado com cobaias humanas e ainda hoje, com as cobaias animais.

De que vale o avanço tecnológico se não conseguimos evoluir socialmente nos aspectos morais e de justiça?





Talvez a humanidade, tendo evoluído tão pouco em valores éticos e morais, se identifique ainda  com um mundo pré-histórico, onde se devoram cadáveres, se vestem peles e a luta por conquista de território e  supremacia é um ideal.

Mas um outro mundo é possível, fecundo e frutífero, com respeito ao planeta e seus variados seres,  e um grupo crescente de pessoas crê que esse mundo pode ser real!

dados técnicos a partir de:


Sobrevivente de Auschwitz promove o fim do holocausto animal



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais




Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais, 

Formanda em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Grupo Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook
dizyayala@gmail.com





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