Quando a compaixão evolui a tradição
Por Dizy Ayala
A humanidade tem afirmado sua trajetória sempre pautada por
suas crenças, costumes, hábitos e tradições. São esses valores que trazem a
identificação de povos, culturas e permitem deixar registros para novas
gerações.
Quando se cultivam as tradições tem-se a sensação de honrar
os antepassados e a própria história escrita até os dias atuais.
Há que se considerar, entretanto, que além de cultivar
raízes, a possibilidade de avançar novas fronteiras no conhecimento, nos permite
ver, considerar e ampliar novos horizontes.
Muito se fez no campo da ciência e novas tecnologias. O
mundo de hoje é muito diferente de algumas décadas atrás, inclusive no que diz
respeito à relação entre as pessoas.
Vivemos tempos de uma acelerada mudança em muitos conceitos,
preconceitos, dinâmicas e paradigmas. E a vida nos mostra que nada é fixo, tudo
é movimento.
O ser humano tem sido convocado a repensar sua relação com o
planeta, sua saúde, seu próprio estilo de vida e os impactos de suas ações diárias
para o futuro da humanidade.
É fato que mesmo diante de todo aparato tecnológico, senão
for possível evoluir em consciência, estamos fadados a mergulhar na crise de
nossa própria existência.
É preciso considerar sagrados os recursos naturais, que sem
eles não sobrevivemos e dignificar as relações entre os seres, sejam eles
humanos ou não humanos.
Sim, o homem tem se afirmado de maneira antropocêntrica,
como se tudo e todos estivessem apenas ao seu dispor, quando na verdade somos
hóspedes breves na existência da vida.
Quantos povos, civilizações corrompidos pela ganância,
prepotência e maldade.
Muitos têm despertado para o real sentido da evolução, onde
não se esgotam os recursos e sim se faz uso do que gentilmente a natureza nos
oferece pela energia solar, das águas, solo e ar. As energias limpas que se
movem pelo movimento dos oceanos, pela força dos ventos, pela metamorfose do
lixo que costuma ser depositado no solo e muito mais.
Nossa fonte de alimento, também fruto da terra, precisa ser
preservada pelo cultivo sem agrotóxicos ou bizarras engenharias genéticas,
mutando gens de vegetais com animais.
E por fim e não menos importante, nossa relação com as
outras espécies. É cruel como a humanidade tem usurpado o direito à vida
animal, grupo a que nossa própria espécie pertence para tirar proveito desde
motivos, fúteis, banais, crendices até a ideia de que é preciso alimentar-se do
corpo de animais mortos.
Desde a ciência até cultos religiosos, há quem acredite ser
preciso torturar e sacrificar animais. Com o possível uso de simuladores e
protótipos robôs, colônias de células, nenhum animal precisa ser testado.
Para cultos religiosos, se o caráter é simbólico, ele pode e
deve ser figurativo.
Revisitando o passado, humanos sacrificavam humanos para
adorar os deuses. Se a civilização evoluiu e se abstêm dessa ritualística nos
tempos modernos, o que justifica, nos dias de hoje, oferendas com animais.
Mesmo no que diz respeito à alimentação, se em alguma era do
gelo, o ser humano, pelos registros históricos, vegetariano, teve de se adaptar
ao consumo de animais para sobreviver, isso já foi há muito tempo atrás! Não
vivemos mais em cavernas! Vestir peles? Animais serem esfolados vivos com
tantas fibras vegetais e sintéticas ao dispor? A fartura de alimentos vegetais
nos seus inúmeros preparos nos dão a chance de retornar ao plano original, uma
alimentação saudável, que poupa o meio ambiente e a vida de outros seres
animais, que sentem e sofrem como nós!
Quando se questiona essas práticas, mais do que contrariar costumes
e tradições, se está propondo algo novo!
Um olhar compassivo e positivo! Uma vida livre de crueldade,
que dignifica o homem e o retira do ciclo da violência!
Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Ação pelos Direitos dos Animais no facebook
http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/
Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais
Texto sensível e conscientizador! Pelo Direito à Vida Digna de todos os Animais!
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