sexta-feira, 28 de junho de 2024

Beto Carrero World encerra seu zoológico, após 32 anos de cativeiro e exploração

 


O Beto Carrero World, parque temático localizado em Penha, no litoral de Santa Catarina, anunciou nesta quinta-feira (27/06) o encerramento das atividades de seu zoológico, depois de 32 anos.

 

O parque, que chegou a manter mais mil animais, de 237 espécies, em cativeiro, aprisiona, atualmente, apenas girafas e um elefante, que estão sendo transferidos.

 

A decisão, segundo a direção do Beto Carrero World, foi tomada já há alguns anos, o que permitiu a saída dos animais de forma gradual, seguindo o entendimento de que os animais precisam de um ambiente mais próximo ao habitat natural.

 

O parque temático, que hoje recebe em média 2,5 milhões de visitantes por ano, foi idealizado pelo empresário João Batista Sérgio Murad, o Beto Carrero, e inaugurado em dezembro de 1991, em Penha, à época com apenas alguns brinquedos infantis e duas lonas de circo.

 

Com a morte do empresário, após ser submetido a uma cirurgia cardíaca, em São Paulo, em 2008, aos 70 anos, seu filho Alex Murad assumiu a direção e, hoje, é presidente do conselho administrativo do parque.

 

Por meio de sua assessoria, ele disse ter muito respeito pela história do espaço com os animais e que seu pai tinha uma "conexão incrível" com eles, mas que "as gerações mudam".

 

"As gerações mudam e hoje entendemos que é mais significativo receber os animais, que nos visitam espontaneamente, como capivaras e pássaros migratórios, do que manter espécies selvagens em um parque temático", disse.


O Beto Carrero World é o maior parque multitemático da América Latina, com dez áreas temáticas, que incluem brinquedos, shows e experiências temáticas, como nas áreas Nerf Mania, Hot Wheels e Madagascar.

 

Com o encerramento da visitação, os animais remanescentes - girafas e um elefante - estão sendo transferidos para novos locais. Porém, o parque não informou o destino, disse apenas que são locais "seguros".

 

O aprisionamento de animais inocentes em zoos, para entretenimento humano é cruel, covarde e isento de qualquer traço de consciência. Negar a liberdade a esses animais, confinados em espaços limitados e inadequados, compromete o bem-estar emocional e fisico de todos eles.

 

De modo que é fundamental que essa prática seja abolida, para contribuir na construção de um mundo mais ético e sustentável.

 

Fonte: Folha de SP (via ANDA)


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

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Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Exploração de animais em circos chega ao fim na Espanha


A Lei de Bem-Estar Animal entrou em vigor na Espanha, inaugurando um marco, como a primeira legislação estadual a regular os direitos e a situação dos animais no país. Além de estabelecer diretrizes, para o cuidado de animais domésticos, ela proíbe a guarda de animais selvagens em cativeiro e sua participação em espetáculos.

 

Aos circos, em particular, foi concedido um período de seis meses, para se adequarem à lei, com o prazo encerrando-se em 29 de março de 2024.

 

O primeiro circo a iniciar essa transição, voluntariamente, foi o Circo Europa, liderado por Francisco Cristo, parente direto do famoso treinador Angel Cristo, e sua família. Antes da mudança, o Circo Europa apresentava leões, tigres, cavalos, pôneis, lhamas, búfalos e cobras em seus espetáculos.

 

Contudo, decidiram doar todos esses animais para um centro de proteção animal em Villena, reconhecendo que os animais não teriam mais lugar nos circos. Outros circos seguiram esse exemplo, optando por uma nova forma de entretenimento, sem animais.

 

O Circo do País das Maravilhas, uma instituição conhecida nacionalmente, também decidiu entregar seus animais, incluindo tigres, leão e elefante ao centro de proteção animal.

 

A transição, para espetáculos sem animais, foi desafiadora, mas esses circos encontraram novas formas de entretenimento, preservando a essência do circo tradicional, sem exploração animal.

 

Fonte: ANDA


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Como a alimentação à base de plantas contribui com os 5 pilares do desenvolvimento sustentável, proposto pela ONU?

 


Em 2015, a Organização das Nações Unidas criou uma nova agenda de desenvolvimento sustentável, para até 2030, para 193 países, incluindo o Brasil.

 

Nessa agenda, há 17 objetivos, que podem ser resumidos e categorizados em 5 pilares: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias.

 

Planeta

Um sistema alimentar que prioriza os vegetais reduziria o número de animais explorados, o desmatamento, o consumo de água e emissões de gases do efeito estufa.

 

Alguns impactos do atual sistema alimentar, baseado na exploração de animais, incluem:

 

Globalmente, 60% dos mamíferos (não humanos) e 70% das aves são explorados para consumo. Ou seja, há mais animais criados para o consumo que animais selvagens no Planeta.

 

A agropecuária brasileira é o setor que emite cerca de 69% de todas as emissões de CO2 no país.

 

Para produzir 1kg de carne é necessário usar 15.400 litros de água.

 

Cerca de 75% de toda a área desmatada na Amazônia, após 1970, estava coberta por pasto, em 2018.

 

Por outro lado, em 1 ano, consumindo alimentos de origem vegetal, VOCÊ:

 

• Salva 365 animais;

• Deixa de emitir 3.311 kg de CO2;

• Economiza 401.500 galões de água;

• Salva 1.017 m² de floresta.

 

(Fontes: Embrapa; SEEG/Observatório do Clima; The Vegan Calculator; Cowspiracy; Mercy for Animals)

 

2 Pessoas

A alimentação à base de plantas traz benefícios para a saúde pública e o aumento da segurança alimentar.

 

O consumo de carne está relacionado a:

• Maior risco de doenças cardiovasculares;

• Diabetes tipo 2;

• Câncer;

• Resistência microbiana.

 

No sistema atual:

83% das terras agrícolas, no mundo, são utilizadas para produzir alimentos de origem animal, mas produzem apenas 15% das calorias necessárias para alimentar a humanidade.

 

(Fontes: American Heart Association, Harvard Health Publishing, The American Journal of Clinical Nutrition, Diabetes Care, World Câncer Research Fundo, American Institute for Cancer Research, Mercy for Animals, Alimentação Consciente Brasil)

 

3 Prosperidade

Seria possível gerar novos empregos e movimentar a economia, através do desenvolvimento de inovações e soluções sustentáveis.

 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, a descarbonização e transição para uma economia neutra em carbono tem potencial de gerar 22.5 milhões de empregos até 2030, na América Latina, sendo 19 milhões associados à transição para produção de alimentação rica em vegetais.

(Fontes: Jobs in a net-zero emissions future in Latin America and The Caribbean/ILO)

 

4 Paz

Todos os seres viveriam em uma sociedade pacífica, justa, inclusiva e livre da violência.

 

Práticas comuns como confinamento, a separação de mães e filhotes, transporte estressante, abate violento e outras formas de exploração, que geram extremo sofrimento, teriam fim.

 

Inclusive, cessariam as atividades estressantes de empregados de matadouros, que, comprovadamente, apresentam transtornos psicológicos, após alguns anos de atividade, pelo ato contínuo de matar, e que estão, também, expostos a sérios acidentes no ambiente de trabalho, com lâminas de corte.

 

5 Parceria

Um trabalho feito em união promove, fortalece e aumenta a proporção de mudanças, duradouras e benéficas, para todas as partes.

 

Ajude a transformar o sistema alimentar para que seja justo e sustentável. Considere uma alimentação 100% vegetal.

 

Fonte: Mercy for Animals 


Dizy Ayala

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