segunda-feira, 19 de julho de 2021

Quando as redes sociais promovem diversão e glamorização a partir da exploração animal

 

Foto: World Animal Protection


As redes sociais encurtaram distâncias, democratizaram o acesso à informação e criaram, inclusive, uma nova e lucrativa carreira, a de influenciadores, pessoas que têm milhares de seguidores e que emprestam seus rostos para vender produtos, promover reflexões, novas práticas e estilos de vida.

Também é uma vitrine para hobbies, locais e vínculos afetivos, como com os animais. Quem de nós já não compartilhou uma foto ou vídeo do seu amiguinho? Infelizmente, porém, essa influência se tornou uma brecha para o abuso de animais.

Algumas pessoas têm usado as redes, principalmente através de plataformas de imagem como o Instagram ou de vídeo como o Tik Tok, para ganhar likes e fama instantânea à custa de maus tratos com animais, numa atitude cruel por parte de quem publica e, pior, de quem aprova. Dar esse tipo de “like”, “porque é engraçado”, é de uma maldade sem tamanho com animais que são sujeitos de direitos e não meros objetos ou brinquedos para saciar o humor sádico de alguns.

Há ainda o desserviço de estimular viagens com atrativos de exploração animal ou a compra de animais silvestres, selvagens e domésticos. Ao promover o abuso animal em uma mídia social de grande alcance se está promovendo uma cultura de crueldade.


Celebridades, também, fazem uso das redes para exposição e audiência. E, mais uma vez, algumas delas se valem de animais cativos, vítimas de abuso e maus-tratos, sendo eles domésticos ou selvagens.

Influencers e celebridades, bem como qualquer anônimo querendo ganhar notoriedade por meio da exploração animal, estão contribuindo com a disseminação da crueldade com seres inocentes e vulneráveis e isso é abjeto. É papel de quem se depara com esse tipo de conteúdo denunciar. 

Já vimos casos em que as consideradas brincadeiras, como esbofetear um cãozinho ou dar um monte de porcaria para um outro comer, só “pra dar risada”, já deu em voz de prisão.

Somos todos responsáveis por não deixar passar impune a maldade humana, seja ela com humanos ou animais.

Lembrando sempre que animais não foram feitos para o entretenimento, seja de que espécie for. Portanto, safaris luxuosos e montarias exóticas são abuso. Golfinhos fofinhos à beira mar, que tiveram seus dentes arrancados para não atacar turistas, dentre tantas maldades, são o alerta para que as pessoas se responsabilizem por seus atos.

Na era da informação, não dá mais para pagar de inocente útil. Há que se informar para não ser cúmplice da crueldade.

Fica a dica: quer se promover com a presença de animais, cuide bem do seu animalzinho, filme ou fotografe ele, realmente, se divertindo, com espontaneidade. Ajude um animal carente, visite e interaja com animais de um santuário. E quanto aos animais selvagens, os contemple, respeitando sua liberdade. Jamais frequente  zoológicos, aquários ou circos com animais.

Há muitas ações que merecem destaque na interação sadia e amável entre humanos e animais, sem dano e/ou exploração.

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Turquia aprova projeto de lei que reconhece animais como sujeitos de direitos



Um projeto de lei apresentado e aprovado, recentemente, pelo Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), na Turquia, fará com que o país reconheça os animais como sujeitos de direitos.

 

A lei deve ser promulgada nas próximas semanas, de acordo com informações da agência Xinhua. Segundo o partido, a aprovação é resultado de anos de muita pressão pública sobre os parlamentares.

O que muda na Turquia é que práticas reconhecidas no país como tortura ou crueldade contra animais poderão ser punidas com até quatro anos de prisão, sendo que a lei atual, que não reconhece direitos dos animais, exige que o agressor pague apenas uma multa.

A mudança, que também visa acabar com as rinhas no país, prevê que a polícia crie esquadrões de proteção animal, assim como um banco de dados de agressores de animais.

“Agora exigimos o banimento de zoológicos, animais em circos, fazendas de peles e lojas de venda de animais”, disse Pelin Sayilgan, representante da Federação de Direitos Animais na Turquia (Haytap).

Assim como em outros países que aprovaram proposta semelhante, tudo indica que a lei beneficiará, principalmente, animais domésticos classificados como de “companhia”, assim como práticas contra animais vistas por grande parte da sociedade turca como reprováveis.

Para os defensores dos animais, a nova lei é um sinal de mudança que pode contribuir para que aumente o número de pessoas mais conscientes sobre a importância da empatia pelos animais, inclusive aqueles que ainda são vítimas de hábitos de consumo, como os animais tidos como de produção. Afinal, eles também demandam direitos.

Atualmente, a Turquia tem enfrentado problemas com violência e matança de cães, e a impunidade tem favorecido essa realidade. Com a nova lei, acredita-se que atos de crueldade contra animais serão coibidos.

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Baleias e a maldição das redes de pesca



A quantidade de baleias jubarte mortas no litoral brasileiro este ano é a maior dos últimos cinco anos. Foram 54 até agora.

 

As baleias jubarte migram para o litoral brasileiro para se reproduzir, sendo a principal área de concentração em Abrolhos, no sul da Bahia, segundo o G1.

 

As baleias franca também migram, particularmente, para o litoral de Santa Catarina, sendo o município de Imbituba berçário para essa espécie.

As áreas de preservação, porém, esbarram num problema presente em nossos oceanos. A indústria pesqueira vem provocando um declínio global nas populações de peixe, levando-as quase à extinção em muitas partes do oceano.

Enormes redes com quilômetros de comprimento varrem as profundezas dos oceanos capturando e sufocando, indiscriminadamente, todos aqueles que encontram no caminho. Tartarugas, focas, golfinhos, baleias e bilhões de peixes. A captura desses animais também ocorre na chamada pesca artesanal.

Viveiros de peixe industriais estão criando zonas mortas. Enormes quantidades de resíduos concentrados provenientes destes viveiros industriais asfixiam o leito oceânico e toda a vida aí existente. É o caso da produção de camarão, com grande quantidade de mercúrio, dentre outros metais pesados, despejada no oceano.

A vida dos oceanos, dos peixes, dos recifes, do ar que respiramos está tudo conectado! Nossa espécie está acabando com a vida marinha do mesmo modo como está a esgotar os nossos próprios recursos de água, comprometendo a qualidade do ar e promovendo as mudanças climáticas que podem vir a extinguir a raça humana. 

Segundo estudos de especialistas, até 2048, todas as zonas de pesca estarão mortas.

Também, o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso da indústria de gado estão matando nossos oceanos, gerando zonas mortas, acídicas (ácidas) e hipóxicas (baixo teor de oxigênio).

Metade do dióxido de carbono proveniente da criação de animais é retido nos oceanos e ocasiona a chamada acidificação dos oceanos.

Hoje, 90% do peixe pequeno é triturado para servir de alimento para o gado!

As vacas vegetarianas são, atualmente, forçadas pela indústria pecuária, as maiores predadoras dos oceanos. 


Os oceanos estão morrendo. 

"Na realidade criar animais para abate consome tantos recursos naturais que fazer escolhas veganas é uma das coisas mais poderosas que se pode fazer enquanto indivíduo para ajudar a salvar o planeta". Philip Wollen

Os recursos naturais estão se esgotando e se esses negócios são lucrativos é porque há demanda. Portanto, mais uma vez, a que ser dito, que cabe a cada um o comprometimento com a origem de seus alimentos, dando preferência por uma alimentação de origem vegetal, se modo a desacelerar essa corrida para a extinção, promovendo respeito à vida e preservação.

Saiba mais sobre a indústria pesqueira e a chamada 6ª era da extinção

http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com/2016/02/oceanos-industria-pesqueira-e-6-era-da.html

Assista o documentário SEASPIRACY no Netflix

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Parlamento Europeu aprova o “fim da era da gaiola” na criação animal

 

A Comissão Europeia decidiu aprovar a iniciativa de cidadania europeia “Fim da era da gaiola” e que fará parte da nova legislação sobre bem-estar animal, no âmbito da Estratégia do Prado ao Prato.

O “Fim da era da gaiola”, que tem como objetivo estender a mais animais a proibição desta cruel forma de criação, é a sexta iniciativa bem-sucedida na União Europeia (UE).

A proposta a ser apresentada até 2023, no sentido de proibir a utilização de gaiolas na criação de uma série de animais, fará parte da revisão em curso da legislação relativa ao bem-estar dos animais e que será integrada na Estratégia do Prado ao Prato.

Esta iniciativa de cidadania reflete uma exigência de transição para sistemas menos cruéis de exploração, incluindo uma revisão das normas relativas ao bem-estar dos animais em vigor na UE e que apenas abrangem a criação de galinhas poedeiras, frangos de engorda, porcas e vitelos.

As novas regras passarão a abranger coelhos, frangas, galinhas reprodutoras (de carne e ovos), codornizes, patos e gansos, tendo o executivo comunitário solicitado, para estes animais, à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos que complemente às provas científicas existentes, para determinar as condições necessárias à proibição da utilização de gaiolas.

Paralelamente, para facilitar uma transição equilibrada e, economicamente, viável para uma criação de animais sem utilização de gaiolas, a Comissão Europeia conceberá medidas de apoio específicas em domínios de intervenção fundamentais, como o comércio, a investigação e inovação.

Em especial, a nova política agrícola comum proporcionará apoio financeiro e incentivos – como o novo instrumento dos regimes ecológicos – para ajudar os criadores a melhorar as suas instalações, tornando-as mais respeitadoras do bem-estar dos animais, em conformidade com as novas normas.

A iniciativa de cidadania europeia foi lançada em abril de 2012, para permitir aos cidadãos influenciar o programa político numa vasta gama de domínios de intervenção. Uma iniciativa de cidadania europeia permite a um milhão de cidadãos de, pelo menos, sete Estados-membros da UE convidarem a Comissão Europeia a propor atos jurídicos em domínios da sua competência.

O Parlamento Europeu já tinha dado apoio a esta iniciativa de cidadãos, destacando que “as alternativas à criação em gaiolas existem e devem ser encorajadas”, adiantando que os agricultores devem usufruir de ajudas e de um período de transição.

Fonte: https://www.mundolusiada.com.br/

Nota do Blog: Batalha similar pelo “fim da era das gaiolas”, também, é travada no Brasil, tendo o Fórum Animal, representante de diversas entidades de proteção animal, como principal entidade atuando nas várias iniciativas de negociação com empresas e legisladores.

Fique claro que, como abolicionista, nosso desejo é pela libertação dos animais da exploração, seja ela qual for. Porém, tendo em vista os passos lentos rumo a esse fim e ao grau absurdo de sofrimento infligido aos inocentes animais, como no caso das malditas celas de gestação e gaiolas para galinhas poedeiras, algo que nunca poderia ter sido concebido, senão pela perversa ganância desumana, toda medida que possa minimizar tanta brutalidade é bem-vinda, até que o dia da libertação, enfim, aconteça. Que seja breve.

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Procon de Santa Catarina determina que concessionárias socorram animais em rodovias

Foto Evelise Poncio/NSC TV


A medida adotada pelo Procon do estado de Santa Catarina se deu por conta de um acidente, onde um filhote de porco pulou de um caminhão na BR-101. De acordo com o Procon-SC, o filhote tinha, aproximadamente, 30 dias de vida quando caiu na rodovia e sofreu uma fratura em uma das patas. A empresa responsável, entretanto, se negou a prestar atendimento veterinário ao animal, alegando que esse serviço só seria realizado caso o animal fosse resgatado por funcionários da empresa. O porquinho, porém, foi salvo por uma motorista que presenciou o acidente. Ela, ao solicitar auxílio, teve a ajuda negada.

Por conta disso, o Procon emitiu uma nota técnica tornando obrigatório o socorro de animais encontrados em rodovias, por parte das empresas concessionárias onde há pedágios. A medida, inédita no país, pretende inibir casos de omissão de socorro a animais feridos.

O filhote salvo pela motorista foi levado para uma clínica particular e, depois, encaminhado para reabilitação. Após recuperação, ele deve seguir para um santuário vegano, para viver em paz, longe do sofrimento da exploração animal da indústria da morte.

Graças a esse episódio, além de o porquinho ter a vida salva, outros animais, também, foram beneficiados. Denúncias de omissão de socorro a animais encontrados nas rodovias de Santa Catarina devem ser feitas, diretamente, ao Procon. Segundo o órgão, multa será cobrada sobre o faturamento da empresa.

“O dever de fiscalização das condições de tráfego é da concessionária, já que ela recebe do Estado, em contrapartida, o direito à cobrança de pedágio. Por isto, é importante esclarecer o assunto”, explicou o diretor do órgão, Tiago Silva, ao G1.

A bióloga Rosa Elisa Villanueva, responsável por resgatar o porquinho, comemorou a decisão tomada pelo Procon. “Isso abre um precedente fantástico. Enquanto não há lei estadual formalizando a responsabilidade das rodovias acerca do tema, a nota técnica do Procon faz isso”, disse.

Nota do Blog: Que chegue logo o dia da libertação animal e as autoestradas, como qualquer via, deixem de cumprir a terrível função de conduzir, como verdadeiros corredores da morte, tantos inocentes animais, que circulam, diariamente, com destino ao matadouro. Muitos deles ainda bebês, como o Baby Pig resgatado. São apenas filhotes, porcos, bois e galinhas sem chance de escapar, para saciar a gula e a ganância dos humanos. Podemos resgatar vidas todos os dias, ao retirar a violência do prato.


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão