segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Laboratório de testes em animais se transforma em santuário de resgatados

 



Um antigo laboratório de testes em animais foi transformado em um santuário, após ser comprado por uma advogada, defensora dos direitos dos animais.

A organização Beagle Freedom Project, fundada pela americana Shannon Keith, escrevia para laboratórios de testes em animais se oferecendo para resgatar os animais.

Um desses laboratórios aceitou a proposta e, depois de vários anos praticando a eutanásia em cães e gatos, que participaram de testes, decidiu doar os animais.

Porém, não parou por al, Keith propôs comprar o terreno do laboratório e transformá-lo em um santuário. Como seu dono estava perto da aposentadoria, concordou com o negócio e, assim, nasceu o santuário Freedom Fields, que abriga mais de 200 animais, entre cães, gatos e carneiros.


Fonte: Veganuary


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Indústria da carne e laticínios age para distrair, atrasar e inviabilizar transição alimentar, aponta relatório.

 


Relatório divulgado em julho de 2024, pela organização holandesa Changing Markets Foundation, revela o que, exatamente, seriam as principais práticas empregadas, sistematicamente, pelos gigantes mundiais da carne e dos laticínios, que resultam em distração, atraso e inviabilização da transição alimentar, no enfrentamento da crise climática.

 

Intitulado “Os novos comerciantes da dúvida”, a pesquisa analisou as ações de 22 das maiores empresas de carne e laticínios do mundo, em quatro continentes – incluindo a brasileira JBS.

 

Segundo o relatório, o setor tem inviabilizado ações climáticas significativas a nível global, por meio de lobby junto a políticos, investimentos maciços em publicidade, para públicos mais jovens, e uso de ciência enganosa, para minimizar o impacto que suas atividades têm nas emissões de metano e disseminar falsas alegações climáticas.


Documentos obtidos via leis de acesso à informação revelam, por exemplo, o extraordinário acesso que o setor tem a políticos. Somente na última década, representantes dessas indústrias, tiveram mais de 600 reuniões de alto nível com a Comissão Europeia.

 

“Memorandos internos revelam como o principal grupo europeu da indústria láctea celebrou a manutenção do metano fora da legislação sobre qualidade do ar e está a preparar-se para mantê-lo assim nas próximas revisões da lei previstas para 2025”, diz trecho do relatório.

 

Fazendo uma comparação às táticas usadas pelas indústrias do tabaco (quem viveu os anos 80 lembra muito bem da mídia usada pela indústria tabagista) e dos combustíveis fósseis, o relatório também revela que as grandes empresas do setor empregam táticas como a intimidação e o medo sobre consumidores e pequenos agricultores, ao alegarem que leis mais restritivas, por exemplo, implicariam em prejuízos para tais públicos.

 

Investigação

A pesquisa envolveu mais de 15 investigadores especializados e jornalistas de investigação, entre fevereiro de 2023 e junho de 2024. A investigação mostra que as grandes indústrias do setor estão, especialmente, preocupadas com as gerações mais jovens, que consomem menos carne e laticínios do que as gerações anteriores.

 

Elas visam, diz o documento, a “Geração Z” (nascidos entre 1995 e 2010, com campanhas publicitárias enganosas no TikTok e no Instagram, promovendo falsamente a carne e os laticínios como escolhas sustentáveis ​​e mais saudáveis ​​em países de alto consumo como os EUA e o Reino Unido, contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Os sistemas alimentares contribuem para aproximadamente um terço das emissões globais, sendo 60% provenientes da pecuária – a maior fonte de metano produzido pelo homem. No entanto, apenas 15 das 22 grandes empresas de carne e laticínios têm uma meta de emissões líquidas zero e nenhuma cumpre as normas da ONU. A Danone é a única empresa com uma meta específica de metano.

 

“Tivemos as Grandes Indústrias do Tabaco, tivemos as Grandes Petrolíferas, agora temos as Gigantes Carnes e Laticínios. ‘Os novos comerciantes da dúvida’ é uma exposição impressionante das táticas das grandes empresas de carne e laticínios. O relatório descreve exemplos específicos e flagrantes de campanhas de desinformação, greenwashing e interferência política. E esclarece como a indústria manipula o preço e os tipos de alimentos que comemos”, diz o pesquisador Paul Behrens, Professor Associado de Mudanças Ambientais na Universidade de Leiden, na Holanda.

 

Nossas escolhas

Na prática, em nosso dia a dia, o que podemos fazer? Afinal, estamos diante das gigantes indústrias que buscam, literalmente, moldar nossas escolhas de consumo. Mas sejamos honestos. Nós humanos precisamos tomar leite de vaca, para sobreviver? É óbvio que não! Na verdade, já temos disponíveis no mercado, inúmeras opções de leite vegetais, que são mais saudáveis e que contribuem para o meio ambiente, afinal, o leite da vaca é para o bezerro!


Nessa mesma linha de raciocínio, precisamos comer carne de animais? Não! A natureza nos dá uma variedade enorme de alimentos, muito mais ricos em vitaminas e nutrientes. Inclusive, hoje, dispomos de carnes vegetais no mercado.

 

Fazendo isso, reduzimos o consumo de água no planeta, reduzimos o desmatamento e reduzimos, de maneira substancial, os gases do efeito estufa. E mais, se podemos acabar com o sofrimento e morte de animais, por que não fazê-lo?


Assim sendo, a mudança está em nossas mãos e não nas dos Comerciantes da Dúvida.


Pense nisso e mude hoje, para contribuir com o nosso amanhã.


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Após prisão de Paul Watson, Japão anuncia expandir lista de espécies de baleia para caça comercial

 


O governo japonês anunciou esta semana que irá permitir a captura de até 59 baleias-comuns em sua zona econômica exclusiva.

A operação do novo navio baleeiro japonês, o Kangei Maru, está gerando especulações de que o Japão pode retornar à caça de baleias no Oceano Antártico. O Kangei Maru, um navio de US$ 47 milhões, está sendo preparado para sua caça inaugural e possui um convés capaz de transportar baleias de até 25 metros de comprimento.

O Japão deixou a Comissão Baleeira Internacional (CBI) em 2019, após anos de caça às baleias sob a justificativa de pesquisa científica, uma prática contestada por conservacionistas. Além das baleias-comuns, o Japão já caça baleias de bryde, minke e sei. Embora a população de baleias-comuns esteja aumentando, elas ainda são consideradas vulneráveis pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

A Austrália está profundamente decepcionada com a decisão do Japão de expandir seu programa comercial de caça às baleias adicionando baleias-comuns", disse Plibersek. Ela reforçou a oposição da Austrália à caça comercial de baleias e pediu o fim dessa prática por todos os países.

Plibersek destacou que os esforços da Austrália através da CBI contribuíram para um Oceano Antártico livre de caça às baleias e uma redução na caça comercial em todo o mundo. Ela reafirmou o compromisso da Austrália com a proteção das baleias e a saúde dos oceanos para as futuras gerações.

Fonte: ANDA

Dizy Ayala

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