segunda-feira, 1 de julho de 2024

O que é o soro bovino fetal?

 


O soro bovino fetal é um subproduto do abate de vacas grávidas, produzido a partir do sangue de bezerros não nascidos (fetos), que é utilizado para o cultivo de células, com a finalidade de pesquisa e produção de medicamentos.

 

Ele é produzido em condições muito específicas e não são todos os frigoríficos que atendem os requisitos técnicos para sua produção. Mas, a Portaria 365/2021 do Ministério da Agricultura autoriza o abate em todos os frigoríficos, logo, podemos constatar que há uma grande parte de animais gestantes abatidos, que não são utilizados para a produção de soro bovino fetal.

 

Em 17 de julho de 2023, o TRF do Paraná publicou a decisão de indeferimento da Tutela antecipada, que solicitava a suspensão imediata do artigo 7º. A argumentação foi: "Aludido material (fetal serum bovine – FBS) possui larga aplicação na indústria farmacêutica e bioquímica, por conta do seu uso como suplemento de cultura de células, sendo também utilizado em medicamentos veterinários".

 

O artigo 7º trouxe um retrocesso na questão de animais gestantes, pois o abate e utilização da carne in natura daqueles em estágio avançado de prenhez, para fins de alimentação humana, passaram a ser permitidos, além de estender o tempo permitido do terço final para 90% da gestação.

Em setembro de 2021, Animal Equality, Fórum Animal, Alianima, Sinergia Animal e a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) entraram com uma Ação Civil Pública na 11ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba, pedindo pela suspensão do artigo 7º e, consequentemente, o fim do abate de animais em estágio avançado de gestação.

 

Entenda porque o abate de vacas grávidas deve ser proibido

Imagine um animal de 8 ou 9 meses de gestação viajando em pé, sem poder se sentar, em momento algum, em um caminhão lotado, sem ventilação adequada, sem alimento e água, por mais de 8 horas. É isso o que acontece com vacas grávidas, no transporte até o abatedouro.


Quando a mãe morre, logo em seguida, o bezerro sofre asfixia (hipóxia), afinal, é o oxigênio que ela respira, que mantém o seu filhote vivo. Assim que cortam o pescoço da vaca, é possível ver o desespero do bezerro dentro da barriga, se debatendo, até que ele, também, acaba morrendo e para de se mexer.

De acordo com os fiscais, que trabalham nos frigoríficos, essa prática vem se tornando cada vez mais comum, apesar de ser um desrespeito aos preceitos de bem-estar animal e, por isso, eles se viram obrigados a denunciar este caso que, segundo eles, é uma situação que envolve maus-tratos.

Precisamos exigir que o Ministério da Agricultura imponha que o abate, bem como o transporte de vacas grávidas, seja proibido. Assine e compartilhe a petição, para impedir esse terrível abuso animal!

https://animalequality.org.br/participe/abate-vacas-prenhes


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão