segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Tragédia na Austrália poderia ter sido evitada, conforme alerta dos cientistas.



Desde setembro, a Austrália vem enfrentando incêndios florestais. A estimativa de acordo com a Universidade de Sidney é de meio bilhão de animais mortos, entre mamíferos, dentre eles cangurus e coalas, pássaros e répteis. Um terço da população de coalas está morta.

Nessa estimativa não estão incluídos grupos como morcegos, sapos e insetos. Veterinários estão promovendo cuidados médicos emergenciais. Esse número se torna ainda mais expressivo quando se considera que o país tem um elevado número de espécies endêmicas: 244 das 300 espécies nativas só são encontradas lá!

Entre vidas humanas, foram confirmadas mais de 20 mortes e milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas no sudeste do país. Dezenas de milhares de bombeiros e voluntários têm estado em ação desde o princípio dos focos de incêndio e barcos da marinha tem chegado à costa para ajuda humanitária. Em torno de 1000 construções estão destruídas.  
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A chegada contínua de ondas de calor recorde, que mantêm as temperaturas acima dos 40 graus, deve fazer os focos de incêndio continuar. A seca em 2019, a mais intensa registrada no país nos últimos 120 anos, e as fortes rajadas de vento, que contribuem para o alastramento do fogo, são consequências do aquecimento global. 

O calor e a fumaça liberados na atmosfera pelas chamas também causam impactos na região, evidenciados nas geleiras da Nova Zelândia, já ameaçadas pelo degelo, que ganharam uma cor caramelo. O céu da Austrália está laranja ao invés de azul, o que inclusive dificulta o trabalho dos pilotos para tentar conter as chamas por via aérea.
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A Austrália teve o ano mais quente e mais seco dos últimos tempos e os cientistas já haviam alertado sobre o que agora está acontecendo.

O primeiro ministro, que esteve em férias no Hawai enquanto os incêndios devastavam a Austrália, disse para os estudantes ativistas pelo clima para voltarem para a escola.

Scott Morrison é conhecido por negar as mudanças climáticas e vem sendo confrontado pela população das cidades mais atingidas por onde passa. Diante de um verdadeiro ecocídio que evidencia os riscos do negacionismo enquanto fenômeno global. Negar a crise climática serve apenas para isentar os governos de frear os lucros das multinacionais, que produzem danos irreversíveis aos biomas locais e ao clima global, com o aumento das secas e poluição.

O primeiro ministro está dando suporte a um desenvolvimento insustentável, ampliando a atividade das termoelétricas (à base de carvão) e da pecuária, que é responsável por 51% de toda emissão de gases do efeito estufa e onde são usados 76 trilhões de galões de água anualmente. As emissões de CO2 são responsáveis pelo aquecimento global, apontado como a principal causa da maior extinção em massa de animais silvestres em 65 milhões de anos.

Esta tragédia é o resultado de uma falha do governo. Sem a atividade da pecuária, hoje chamada “agricultura animal”, nada disso teria acontecido.

Precisamos que os governos assumam o compromisso para a reversão das mudanças climáticas, com o fim das fazendas de produção.
Precisamos que os governos defendam o meio ambiente, a vida dos humanos e dos animais e que se empenhem para que tragédias como essa sejam evitadas. O tempo para agir é agora.

E cabe a cada um de nós mudar os hábitos de consumo para privilegiar o que realmente é vital: água, ar, solo fértil. Ao invés de continuar a consumir, desenfreadamente, recursos naturais e vidas animais. Quer sejam aquelas mortas por um capricho do paladar ou as sacrificadas em seus devastados habitats naturais.




Dizy Ayala
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Ação pelos Direitos dos Animais  
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2 comentários:

  1. "meio bilhão de animais mortos, entre mamíferos, dentre eles cangurus e coalas, pássaros e répteis. Um terço da população de coalas está morta.

    Nessa estimativa não estão incluídos grupos como morcegos, sapos e insetos."

    É inacreditavelmente triste!!

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    1. Grata por seu comentário, Marise! É ainda mais lastimável quando sabemos que foram dados os alertas quanto à urgência em mudar as atividades econômicas de modo a reduzir os impactos ambientais. E seguindo a mesma política estão a dizimar ainda mais animais vitimados pela seca. Triste, muito triste mesmo!

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