quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Não se trata "apenas" de dó do bichinho.

Não se trata "apenas" de dó do bichinho.


Por Dizy Ayala

O sentimento de compaixão pelos animais é o mesmo em relação às pessoas. Aquelas que tem na indústria da morte, o seu ofício.

Enquanto é cômodo para as pessoas que frequentam os supermercados visitar suas prateleiras e adquirir os produtos fatiados nas bandejas, outras estão diariamente com as mãos e os corpos manchados do sangue de inocentes, que lutam e se debatem por suas vidas.

O quanto é conveniente pagar o preço para um outro alguém cumprir a malfadada tarefa de matar? 
A linha de produção atroz que transforma homens em potenciais assassinos como diversos estudos já apontam. A relação desse perfil de pessoas que, habituados ao ato de matar, estão mais propensos à prática desse mesmo ritual de morte com seres humanos.

Quantos casos abafados de demência. Também os humanos tem tempo determinado dentro da linha de produção. Quando começam a pifar estão fora da linha de montagem.

Enquanto isso confortavelmente em sua "inconsciência", o público consumidor se seduz pelos anúncios do capricho do paladar. A associação não é com a linha de produção, senão apenas com as fatias de bacon tostando ou a ostentação de fartos hambúrgueres.

Objetos de consumo tem sua linha de produção aberta à visitação como no caso dos carros, roupas e cosméticos, apesar destes últimos, em alguns casos, também conterem casos de crueldade, mas o que dizer da linha de produção da indústria da morte? Quantos de nós são capazes de acompanhar a produção na jornada de trabalho dos matadouros e seus matadores.

Nas paredes celadas, nunca mostradas, senão pelos vídeos dos que tem dó de bichinho, os gritos ecoam, há luta corporal, sangue e excrementos de fundem e contaminam os leitos dos rios e solos, bem como as almas e corpos de seus algozes.

Quem vê apenas o produto da morte tem uma visão entorpecida da realidade.
A coisificação que desassocia vida animal de objeto de desejo, no caso comida.

E ainda que a crítica seja a linha industrial e a opção seja pelo abate nas propriedades, quem de nós seria capaz de matar um animal?
Mais uma vez é destinado a outro alguém a tarefa de matar. O animal criado próximos às famílias, até mesmo com estima, até o dia da sentença.

É bem verdade que a todos que vivem nas cidades é dada a comodidade de consumir sem produzir.
Toda linha de produção de alimentos é feita por alguns produtores, desde grãos até verduras e frutas. Porém, quando você perceber a diferença de visitar uma horta e um matadouro, você vai entender o porque de ser vegetariano.



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Dizy Ayala
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana
Defensora dos Direitos dos Animais 
Formanda em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Página no facebook
Ação pelos Direitos dos Animais  

2 comentários:

  1. Mais um excelente conscientizador texto de Dizy Ayala.
    (...)
    "O quanto é conveniente pagar o preço para um outro alguém cumprir a malfadada tarefa de matar?
    A linha de produção atroz que transforma homens em potenciais assassinos como diversos estudos já apontam. A relação desse perfil de pessoas que, habituados ao ato de matar, estão mais propensos à prática desse mesmo ritual de morte com seres humanos." cpt

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