terça-feira, 20 de setembro de 2016

Tradições Cruéis – A doma do cavalo - O sofrimento não deve fazer parte de nossas tradições!


Tradições Cruéis – A doma do cavalo - O sofrimento não deve fazer parte de nossas tradições!

Por Dizy Ayala

Para se domar um cavalo se usa algo chamado biqueira, que é uma haste de madeira com uma rodela de couro presa na haste, onde se amarra o beiço do cavalo, que é a parte mais sensível dele e se vai torcendo. Mesmo a língua sendo o músculo mais forte no corpo, torcem até certo ponto, que a dor do animal é insuportável, a ponto de lhe render. É quando acontece a chamada quebra de espírito. O animal altivo cede lugar a um cativo, que por mais que resista, quando submetido ao uso dos arreios, não só sentirá a dor física como a psicológica. E há quem diga que “o cavalo é o melhor amigo do gaúcho” ou “trato o cavalo como trato meu filho".

É preciso que se revisem vários aspectos já enraizados da cultura humana, que se acostumou a ver-se com supremacia sobre as outras espécies. E por isso acaba por banalizar o sofrimento e a dor desses seres. Se somos capazes de discutir a igualdade de raças, de sexo, é chegado o momento de discutir os direitos dos animais, seres sencientes que sentem e sofrem como a gente.

Como um dia já foi a relação dos índios norte-americanos com seus cavalos, ela se dava pela cooperação e não pela sujeição, seus cavalos eram montados sem arreios, não haviam esporas, nem chicotes.  A Escola de Doma Indiana no Rancho de San Luis (Argentina) mostra que isso é bem possível. Lá, os instrutores ensinam como domar um cavalo usando movimentos da yoga. As imagens são bem inusitadas. Vale a pena conferir!


"Pelo método o cavalo é domado de acordo com a sua natureza, evitando medo e dor e ganhando a sua lealdade e a sua confiança", explica o site da escola argentina.
Cabe ressaltar  que consideramos arbitrárias práticas de rodeios, corridas (turfe), extensas cavalgadas e hipismo, tendo em vista que animais não foram feitos para o entretenimento e nessas circunstâncias estão expostos a sofrimento, exploração e maus-tratos. Evidentemente, o mesmo se aplica ao uso de cavalos em carroças e carruagens. 
A possibilidade da doma do cavalo sem tortura serve apenas na relação entre cavaleiro e seu cavalo e em determinados trabalhos de equitação onde assim como com os cães, os cavalos são maravilhosos potenciais de integração, e até mesmo tratamento, de crianças com deficiência ou transtorno psicológico.

 João montado no cavalo tordilho, em pelo, sem freio, nem buçal. 

Pode interessar
Quando a compaixão evolui a tradição




Dizy Ayala
Defensora dos Direitos dos Animais, 
Formanda em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Página no facebook

Ação pelos Direitos dos Animais  






Nenhum comentário:

Postar um comentário