segunda-feira, 29 de setembro de 2025

México aprova lei que proíbe shows com golfinhos e outros mamíferos marinhos

  


Com total apoio do Senado e da Câmara dos Deputados, o México aprovou uma lei que proíbe o uso de golfinhos em shows, terapias, entretenimento, pesquisas e qualquer outra atividade não relacionada à conservação. A lei também proíbe a reprodução de golfinhos em cativeiro.


Os golfinhos atualmente mantidos em delfinários e instalações de entretenimento marinho permanecerão em cativeiro, mas devem ser cuidados sob rigorosos padrões de bem-estar até sua morte natural.


As autoridades, agora, são responsáveis ​​por garantir que esses animais vivam suas vidas em condições que atendam às suas necessidades físicas e comportamentais.


Esta vitória legislativa ocorre pouco depois da suspensão dos shows em um polêmico delfinário na Riviera Maya, após indignação pública e pressão de ativistas.


O sofrimento oculto dos golfinhos em cativeiro
Por anos, cientistas, ativistas e organizações de bem-estar animal têm feito campanhas para expor a crueldade por trás do entretenimento com golfinhos.


Nossa investigação "O sofrimento por trás do sorriso" revelou descobertas alarmantes:


Mais de 300 golfinhos foram explorados em instalações mexicanas nas últimas décadas; muitos desses golfinhos nasceram em cativeiro, confinados em tanques artificiais e submetidos a treinamento forçado; golfinhos em cativeiro sofrem de estresse crônico, comportamentos anormais e doenças relacionadas ao confinamento.


A nova lei é uma resposta direta às evidências avassaladoras de sofrimento animal e à crescente demanda pública pelo fim do uso de golfinhos para entretenimento.


A Estrategista de Campanha da Proteção Animal Mundial, Eugenia Mora, celebra essa decisão.


“Este é um enorme avanço para os animais e um marco histórico que outros países devem seguir. Há muito tempo documentamos o sofrimento de golfinhos em cativeiro, não apenas no México, mas também na Espanha e em todo o mundo. Com esta lei em vigor, instamos as autoridades mexicanas a garantir um monitoramento rigoroso dos golfinhos que permanecem em cativeiro e a garantir que sejam mantidos em ambientes que atendam às suas necessidades específicas”.

Em 2022, mais de 100 cientistas, apoiados pela Proteção Animal Mundial, condenaram publicamente o cativeiro de golfinhos, destacando os danos psicológicos e físicos causados ​​pelas indústrias do turismo e do entretenimento.


Progresso na América Latina, mas os desafios permanecem
O México se junta à Costa Rica e ao Chile como um dos três únicos países latino-americanos a proibir espetáculos com golfinhos e a reprodução em cativeiro de cetáceos.


Na Espanha, embora os animais selvagens tenham sido banidos dos circos, os delfinários continuam operando.

 
Em recente protesto, a Proteção Animal Mundial pediu a libertação de golfinhos mantidos em cativeiro no parque marinho Oceanografic, em Valência.


Turismo responsável é a alternativa ética.
Observar animais na natureza é a maneira mais respeitosa e gratificante de vivenciar a vida selvagem.


Ao contrário dos espetáculos em cativeiro, o turismo responsável não causa sofrimento aos animais e contribui ativamente para a conservação do habitat.


Os viajantes podem apoiar experiências éticas, escolhendo operadoras de turismo que priorizem o bem-estar animal e a sustentabilidade. Iniciativas como as Áreas de Patrimônio da Vida Selvagem, incluindo Sítios de Patrimônio de Baleias designados, ajudam a proteger a biodiversidade e, ao mesmo tempo, oferecem encontros inesquecíveis com a vida selvagem.

Fonte: World Animal Protection

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

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