Numa vitória histórica para o
bem-estar animal, a Bélgica anunciou a proibição definitiva de parques com
golfinhos em cativeiro, conhecidos como delfinários.
Esta decisão coloca a Bélgica
entre os sete países do mundo, e o quarto na Europa, a proibir permanentemente
este tipo de atração.
"Os golfinhos são criaturas
sensíveis que não se adaptam bem ao cativeiro. Como uma sociedade civilizada,
precisamos tomar decisões claras e corajosas para o bem-estar animal",
disse o Ministro Ben Weyts.
A medida afeta diretamente o
Boudewijn Seapark, localizado em Bruges, o último delfinário da Bélgica e lar
de sete golfinhos-garrafinhos.
Estes animais, que na natureza
percorrem grandes distâncias no oceano e vivem em grupos sociais complexos,
estão confinados a pequenos tanques artificiais no parque.
O local agora começará melhorias
imediatas, incluindo a construção de uma piscina exterior até 2027 para
proporcionar um ambiente mais natural.
A decisão também inclui um veto
sobre a reprodução e importação de golfinhos, garantindo que, no futuro, apenas
abrigos especializados possam receber cetáceos feridos ou doentes - e
exclusivamente para reabilitação, sem exposição pública.
Esta mudança reflete anos de luta
de organizações de proteção animal, como o Projeto Dolphin e a ONG GAIA, que
têm pressionado, por mudanças nas leis belgas, desde o fechamento do delfinário
do Zoológico de Antuérpia, em 1999.
Com a proibição, a Bélgica se
junta a países como Índia, Costa Rica e Croácia, que já implementaram medidas
rigorosas contra o cativeiro de golfinhos. O último delfinário do país, o
Boudewijn Seapark, deverá fechar suas portas nos próximos anos.
A GAIA propôs que os golfinhos
sejam transferidos para santuários marinhos, garantindo condições dignas e seminaturais
de vida para esses animais.
Golfinhos são conhecidos por sua inteligência e sensibilidade. Na natureza, eles nadam até 100 quilômetros por dia, formam laços familiares profundos e caçam em grupos.
Em cativeiro, eles
vivem isolados, privados de liberdade e sujeitos a condições que afetam sua
saúde física e psicológica. A decisão da Bélgica é um marco que prioriza a
compaixão sobre a exploração econômica, mostrando que é possível evoluir como
sociedade.
Fonte: Tempos de Bruxelas
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
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