sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Bélgica proíbe delfinários e a captura de golfinhos no país


Numa vitória histórica para o bem-estar animal, a Bélgica anunciou a proibição definitiva de parques com golfinhos em cativeiro, conhecidos como delfinários.


Esta decisão coloca a Bélgica entre os sete países do mundo, e o quarto na Europa, a proibir permanentemente este tipo de atração.


"Os golfinhos são criaturas sensíveis que não se adaptam bem ao cativeiro. Como uma sociedade civilizada, precisamos tomar decisões claras e corajosas para o bem-estar animal", disse o Ministro Ben Weyts.


A medida afeta diretamente o Boudewijn Seapark, localizado em Bruges, o último delfinário da Bélgica e lar de sete golfinhos-garrafinhos.


Estes animais, que na natureza percorrem grandes distâncias no oceano e vivem em grupos sociais complexos, estão confinados a pequenos tanques artificiais no parque.


O local agora começará melhorias imediatas, incluindo a construção de uma piscina exterior até 2027 para proporcionar um ambiente mais natural.


A decisão também inclui um veto sobre a reprodução e importação de golfinhos, garantindo que, no futuro, apenas abrigos especializados possam receber cetáceos feridos ou doentes - e exclusivamente para reabilitação, sem exposição pública.


Esta mudança reflete anos de luta de organizações de proteção animal, como o Projeto Dolphin e a ONG GAIA, que têm pressionado, por mudanças nas leis belgas, desde o fechamento do delfinário do Zoológico de Antuérpia, em 1999.


Com a proibição, a Bélgica se junta a países como Índia, Costa Rica e Croácia, que já implementaram medidas rigorosas contra o cativeiro de golfinhos. O último delfinário do país, o Boudewijn Seapark, deverá fechar suas portas nos próximos anos.


A GAIA propôs que os golfinhos sejam transferidos para santuários marinhos, garantindo condições dignas e seminaturais de vida para esses animais.


Golfinhos são conhecidos por sua inteligência e sensibilidade. Na natureza, eles nadam até 100 quilômetros por dia, formam laços familiares profundos e caçam em grupos. 


Em cativeiro, eles vivem isolados, privados de liberdade e sujeitos a condições que afetam sua saúde física e psicológica. A decisão da Bélgica é um marco que prioriza a compaixão sobre a exploração econômica, mostrando que é possível evoluir como sociedade.

Fonte: Tempos de Bruxelas


Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e da Natureza.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

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