“Embora
consideremos a alimentação à base de vegetais como a solução perfeita para
muitos dos problemas do mundo, reconhecemos o potencial da agricultura
celular", afirma a Proveg, organização internacional, não governamental, que
trabalha no segmento da mudança do sistema alimentar. A organização atua em
quatro continentes, nos países: Alemanha, Holanda, Reino Unido, Polônia,
Espanha, China, África do Sul e Estados Unidos.
A alemã ProVeg International, conhecida por seus projetos voltados
a ampliar a produção, distribuição, divulgação e acesso a alimentos veganos na
Europa, está apostando também em um projeto de agricultura celular, intitulado
CellAg (CAP).
De acordo com a
entidade, que mantém uma incubadora de startups veganas, o objetivo do projeto é
ampliar sua atuação de modo que possa contribuir, o máximo possível, para
reduzir o uso de animais como alimentos.
“Embora
consideremos a alimentação à base de vegetais como a solução perfeita para
muitos dos problemas do mundo, reconhecemos o enorme potencial da agricultura
celular e carne cultivada, assim como ovos, laticínios, peixes e frutos do mar
cultivados. Tudo isso faz parte de uma estratégia complementar em nossa missão
de reduzir a produção animal em 50% até 2040”, informa a ProVeg.
A organização
avalia que os produtos desenvolvidos a partir de células de animais, que depois
de replicadas não dependerão mais do uso de animais, estão destinados a
representar uma parte substancial do setor de proteínas nos próximos anos.
A conclusão é
baseada em uma pesquisa da empresa de consultoria Kearney, que aponta que a
carne cultivada pode responder por até 35% do consumo global de carne até 2040.
O Projeto CellAg
(CAP) foi criado pela ProVeg em 2019, a partir de uma equipe oriunda de vários
departamentos da organização. “Atualmente nos concentramos em aumentar a
conscientização e aceitação da agricultura celular, construindo uma rede
intersetorial e incentivando a colaboração dentro do setor, a fim de promover
essa nova e promissora abordagem”.
Assim sendo, a
incubadora da organização também está aberta a startups voltadas à produção de
carne cultivada, assim como de outras proteínas alternativas à carne de origem
animal. Inclusive, seus eventos mais importantes promovem a agricultura celular
– como a New Food Conference.
Na ONG, o
departamento encarregado desse setor é o de Indústria de Alimentos e Varejo.
“Apoiamos os esforços para trazer alternativas de proteínas cultivadas para o
mercado, e que têm o potencial de ajudar na transição para um mundo com um sistema
alimentar mais sustentável, saudável e justo”.
Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos |
Nenhum comentário:
Postar um comentário