segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Alemães querem reduzir uso de animais para alimentação em 50% até 2040

 


“Embora consideremos a alimentação à base de vegetais como a solução perfeita para muitos dos problemas do mundo, reconhecemos o potencial da agricultura celular", afirma a Proveg, organização internacional, não governamental, que trabalha no segmento da mudança do sistema alimentar. A organização atua em quatro continentes, nos países: Alemanha, Holanda, Reino Unido, Polônia, Espanha, China, África do Sul e Estados Unidos.

A alemã ProVeg International, conhecida por seus projetos voltados a ampliar a produção, distribuição, divulgação e acesso a alimentos veganos na Europa, está apostando também em um projeto de agricultura celular, intitulado CellAg (CAP).

De acordo com a entidade, que mantém uma incubadora de startups veganas, o objetivo do projeto é ampliar sua atuação de modo que possa contribuir, o máximo possível, para reduzir o uso de animais como alimentos.

“Embora consideremos a alimentação à base de vegetais como a solução perfeita para muitos dos problemas do mundo, reconhecemos o enorme potencial da agricultura celular e carne cultivada, assim como ovos, laticínios, peixes e frutos do mar cultivados. Tudo isso faz parte de uma estratégia complementar em nossa missão de reduzir a produção animal em 50% até 2040”, informa a ProVeg.

A organização avalia que os produtos desenvolvidos a partir de células de animais, que depois de replicadas não dependerão mais do uso de animais, estão destinados a representar uma parte substancial do setor de proteínas nos próximos anos.

A conclusão é baseada em uma pesquisa da empresa de consultoria Kearney, que aponta que a carne cultivada pode responder por até 35% do consumo global de carne até 2040.

O Projeto CellAg (CAP) foi criado pela ProVeg em 2019, a partir de uma equipe oriunda de vários departamentos da organização. “Atualmente nos concentramos em aumentar a conscientização e aceitação da agricultura celular, construindo uma rede intersetorial e incentivando a colaboração dentro do setor, a fim de promover essa nova e promissora abordagem”.

Assim sendo, a incubadora da organização também está aberta a startups voltadas à produção de carne cultivada, assim como de outras proteínas alternativas à carne de origem animal. Inclusive, seus eventos mais importantes promovem a agricultura celular – como a New Food Conference.

Na ONG, o departamento encarregado desse setor é o de Indústria de Alimentos e Varejo. “Apoiamos os esforços para trazer alternativas de proteínas cultivadas para o mercado, e que têm o potencial de ajudar na transição para um mundo com um sistema alimentar mais sustentável, saudável e justo”.

Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão

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