quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Vitória para os animais! Venezuela proíbe touradas por se tratar de “matança pública”.

 


 O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou, neste mês de novembro, a suspensão do Festival das Tradições Espanholas da Tauromaquia, uma tourada que ocorreria no próximo dia 11 de dezembro em Maracay, cidade com longa tradição tauromáquica, localizada no centro do país. O responsável referiu-se ao acontecimento como “matança pública” e ordenou a retirada de toda a publicidade relacionada com a atividade. 

O evento seria realizado em uma praça portátil de propriedade do matador venezuelano Erick Cortez, criador de touros bravos e reconhecido por estar há vários anos ligado à tourada no país. Cortez ia fazer parte do cartel das touradas, junto com os convidados espanhóis Manuel Escribano e David Galán. A tourada aconteceria no Shopping Parque Los Aviadores, em Palo Negro, região bastante movimentada daquela cidade.

Esta é a primeira vez que um alto funcionário do Estado venezuelano se posiciona em relação à polêmica internacional sobre a tourada como prática cultural, e uma medida judicial foi emitida para impedi-la. As touradas não são, formalmente, proibidas na Venezuela e continuam a ser organizadas de forma, relativamente, discreta em algumas áreas do país.

 

Embora já tenha desaparecido em Caracas, as touradas, infelizmente, continuam sendo uma festa popular no centro e oeste da Venezuela, especialmente nas cidades de Valência, Maracay, San Cristóbal e Mérida, nas quais fazem parte de uma longa e profundamente enraizada tradição.

No exercício da Procuradoria-Geral da República, desde 2017, Saab especializou-se em penalizar, de forma imediata e como nunca antes na administração da justiça no país, qualquer ocorrência que esteja ligada à situação de maus-tratos ou tráfico de animais.

A chamada festa brava foi uma atividade, extremamente, popular nas primeiras décadas da Venezuela do século 20 e os toureiros espanhóis mais destacados eram os ídolos dos torcedores. No entanto, o festival começou a declinar, vertiginosamente, a partir dos anos 90, na mesma medida em que grupos organizados da sociedade civil e ativistas em defesa dos animais aumentaram os questionamentos sobre o martírio e o destino final dos touros bravos nas praças.

Nota: Pelo fim de todas as tradições cruéis! Multiplica!


Via Olhar Animal

Fonte: El País 


 Dizy Ayala

Redatora, Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Defensora dos Animais e do Meio ambiente.
Comunicadora Formada em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Autora dos Livros:

Uma Escolha pela Vida - A Importância de Nossas Escolhas Diárias de Consumo & Veganismo em Rede - Conexões de um Movimento em Expansão



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