domingo, 1 de março de 2015

O Direito Animal e a Evolução Humana



O Direito Animal e a Evolução Humana

por Dizy Ayala

O caminho da humanidade é a evolução!
E apesar de lento, a história é escrita em ciclos e a vida se transforma.

Por mais que a maioria, em geral, se acomode e se ajuste a modelos pré-determinados e mantenha o status quo, crendo na lei do mais forte, já dizia Darwin, na teoria da evolução das espécies, que o animal evoluído, não é o mais forte e sim o melhor adaptado.  Esta é uma visão que quando entendida, é revolucionária, pois não coloca o homem no comando ou como dono do ambiente e de outras espécies e sim como alguém que faz parte do todo e que precisa adaptar-se para tirar o melhor proveito.

É quando se retira da posição de parte de um todo que o ser humano passa a manipular o planeta, seus recursos e seus semelhantes, sem pudor e ponderação sobre as consequências de uma ação predatória.

No passado, seres humanos foram escravizados e discriminados por diferença de raça e gênero, sendo considerados incapazes de raciocínio lógico e eram mantidos em atitude subserviente, sem direito à educação ou qualquer outra atividade intelectual.

Por certo que nos dias de hoje ainda presenciamos, infelizmente, manifestações retrógradas quanto às diferenças, sejam elas, de raça, gênero e religião. Principal causa, no passado e,  ainda nos tempos atuais, dos principais e mais aterradores conflitos que a história nos conta.

Também nos dias de hoje, mantém-se o especismo quanto as outras espécies. Sempre que alguém se julga superior e afirma seu poder pela força, ele será opressor. E imagina que esse espírito audaz e conquistador, justifica qualquer forma de sacrifício e crueldade infligida ao oprimido.

Nesse sentido, os animais têm sido escravizados, torturados e explorados de todas as formas porque nem mesmo são considerados, pela maioria, seres de fato. É incongruente querer ser bem sucedido, quando por tantas vezes e de tantas maneiras, se desrespeita a vida de outros seres e se devasta o próprio planeta, que é o nosso lar.

Como é possível clamarmos aos céus por saúde, boa sorte, prosperidade e misericórdia a qualquer entidade superior, quando não a aplicamos em nossas próprias práticas?
Não há como o homem ser humano, se não repensar e mudar a forma como se relaciona com o planeta e os outros seres que o dividem conosco.

É preciso que se revisem vários aspectos já enraizados da cultura humana, que se acostumou a ver-se com supremacia sobre as outras espécies. E por isso acaba por banalizar o sofrimento e a dor desses seres. Se somos capazes de discutir a igualdade de raças, de sexo, é chegado o momento de discutir os direitos animais, seres sencientes que sentem e sofrem como a gente.

A boa nova é que como a vida caminha em ciclos, estamos sim vivendo a era dos direitos animais. Na França, eles estão no código civil e há pressão popular no mundo todo para que mais e mais nações façam o mesmo.

Cada vez mais pessoas estão despertando para o fato de que devemos construir o mundo que queremos ver, se não nós, nossos filhos e as gerações futuras.

Diante das crises energéticas, fruto de um mundo que vem sendo esgotado em seus recursos, em constante guerra, com o sacrifício de tantos inocentes, surge um clamor.
E para toda crise, há uma possibilidade de criar algo novo.

Chegamos até aqui com a noção de que algo deu errado. De que um modelo extrativista, que visa lucro a qualquer preço e que propõe um comportamento individualista tem afastado as pessoas entre si, tem as afastado da natureza e da qualidade de vida!

Os animais são seres vulneráveis, porém com as faculdades de sentir muito similares a nós e aí que reside a nossa responsabilidade. Se sentem e sofrem como nós, que direito temos de usufruir de suas vidas, senão lhes dar o direito natural de existir e seguir os seus próprios propósitos?

É chegado o momento de avançar não mais pela conquista de território, pela violência, conquista monetária. Urge que a humanidade esteja atenta aos valores morais e éticos para construir, enfim, uma civilização que se orgulhe de seus feitos não porque superou, submeteu e subjugou, mas porque foi capaz de se libertar do jugo da violência. Esse ciclo que pelas leis da própria física quântica, comprova a lei do retorno, conforme a energia vibracional.

Já dizia o profeta, A semeadura é livre, a colheita, obrigatória! 
Somos eco de nós mesmos, em nossas ações.





Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Formanda em Publicidade e Propaganda
Grupo Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook
Blogueira, Vegana.




Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais

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