segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Pelo fim de animais em festas de rodeios, vaquejadas e touradas



 Pelo fim de animais em festas de rodeios, vaquejadas e touradas

Por Dizy Ayala


Rodeios, vaquejadas e touradas são tortura travestida de cultura. O que é tido como diversão no palco, ou melhor, arena dos rodeios, na verdade trata-se de espetáculo de brutalidade e maus-tratos. Ali figuram cavalos e bois, animais naturalmente imponentes, subjugados pela pessoa do peão, que fazendo uso de verdadeiros instrumentos de tortura promove as gineteadas e vaquejadas. Os animais são submetidos pela dor e pelo sofrimento.

Nem mesmo bezerros são poupados

Ao contrário de um esporte, onde todos os envolvidos o praticam de livre e espontânea vontade, no rodeio o animal é tratado como mero objeto desprovido de vida própria e, pior, como se desprovido fosse da capacidade de sentir dor ou como se tal capacidade não tivesse qualquer importância.

A violência não se restringe ao evento em si. Longe dos olhos do público ou da pretensa fiscalização veterinária e sanitária, é comum o animal sofrer castigos e privações. Desde o transporte de caminhão aos locais de festa, em condições precárias e insalubres, passando pelo ritmo alucinante dos treinos, tudo isso agrava o martírio a que os animais são submetidos. Sem se limitar, portanto àqueles 8 segundos oficiais de montaria ou de perseguição e derrubada.

Essa prática desafia o conceito de evolução e civilidade humanas, pois fere a moral e a ética e somente pela atuação de grupos específicos, que por tradição, totalmente provinciana e ultrapassada, pretendem afirmar a valentia do peão na doma do animal. Não é valente quem maltrata um inocente! Recentemente, um desses peões de rodeio afirmou que para esses animais que não se adaptam à lida no campo, o rodeio é a opção para poupá-los a morte nos matadouros. Como se houvesse algum mérito em submeter esses animais a serem frequentemente feridos, seja pela espora, chicote, sédem, relho, arreios e as fraturas decorrentes da montaria. E chamam a tudo isso de diversão! Tortura não é cultura, muito menos diversão!



Diversas marcas e emissoras de rádio e tv patrocinam tais eventos. É importante estar atento para evitar o consumo de produtos que promovem a exploração animal.

Quem frequenta esses locais como espectador é cúmplice e tão responsável quanto os que afligem esses animais. Não se trata de opor-se aos festejos e shows musicais e sim propor que se celebre o encontro, sem que nenhum inocente tenha que ser humilhado, subjugado e mal tratado. Basta de crueldade! Que o laço não lace dor e enlace o coração! Há que evoluir a tradição em compaixão! Por respeito aos animais, à vida e os valores de respeito e humanidade para as próximas gerações!


Conforme a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, em Bruxelas, em 27 de janeiro de 1978, artigo 10º, “Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal”.


Dizy Ayala
Defensora dos Direitos dos Animais, 
Formanda em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Página no facebook

Ação pelos Direitos dos Animais  

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