sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quando a compaixão evolui a tradição


Quando a compaixão evolui a tradição

Por Dizy Ayala


A humanidade tem afirmado sua trajetória sempre pautada por suas crenças, costumes, hábitos e tradições. São esses valores que trazem a identificação de povos, culturas e permitem deixar registros para novas gerações.

Quando se cultivam as tradições tem-se a sensação de honrar os antepassados e a própria história escrita até os dias atuais.

Há que se considerar, entretanto, que além de cultivar raízes, a possibilidade de avançar novas fronteiras no conhecimento, nos permite ver, considerar e ampliar novos horizontes.

Muito se fez no campo da ciência e novas tecnologias. O mundo de hoje é muito diferente de algumas décadas atrás, inclusive no que diz respeito à relação entre as pessoas.

Vivemos tempos de uma acelerada mudança em muitos conceitos, preconceitos, dinâmicas e paradigmas. E a vida nos mostra que nada é fixo, tudo é movimento.

O ser humano tem sido convocado a repensar sua relação com o planeta, sua saúde, seu próprio estilo de vida e os impactos de suas ações diárias para o futuro da humanidade.

É fato que mesmo diante de todo aparato tecnológico, senão for possível evoluir em consciência, estamos fadados a mergulhar na crise de nossa própria existência.

É preciso considerar sagrados os recursos naturais, que sem eles não sobrevivemos e dignificar as relações entre os seres, sejam eles humanos ou não humanos.

Sim, o homem tem se afirmado de maneira antropocêntrica, como se tudo e todos estivessem apenas ao seu dispor, quando na verdade somos hóspedes breves na existência da vida.
Quantos povos, civilizações corrompidos pela ganância, prepotência e maldade.

Muitos têm despertado para o real sentido da evolução, onde não se esgotam os recursos e sim se faz uso do que gentilmente a natureza nos oferece pela energia solar, das águas, solo e ar. As energias limpas que se movem pelo movimento dos oceanos, pela força dos ventos, pela metamorfose do lixo que costuma ser depositado no solo e muito mais.

Nossa fonte de alimento, também fruto da terra, precisa ser preservada pelo cultivo sem agrotóxicos ou bizarras engenharias genéticas, mutando gens de vegetais com animais.

E por fim e não menos importante, nossa relação com as outras espécies. É cruel como a humanidade tem usurpado o direito à vida animal, grupo a que nossa própria espécie pertence para tirar proveito desde motivos, fúteis, banais, crendices até a ideia de que é preciso alimentar-se do corpo de animais mortos.

Desde a ciência até cultos religiosos, há quem acredite ser preciso torturar e sacrificar animais. Com o possível uso de simuladores e protótipos robôs, colônias de células, nenhum animal precisa ser testado.

Para cultos religiosos, se o caráter é simbólico, ele pode e deve ser figurativo.
Revisitando o passado, humanos sacrificavam humanos para adorar os deuses. Se a civilização evoluiu e se abstêm dessa ritualística nos tempos modernos, o que justifica, nos dias de hoje, oferendas com animais.

Mesmo no que diz respeito à alimentação, se em alguma era do gelo, o ser humano, pelos registros históricos, vegetariano, teve de se adaptar ao consumo de animais para sobreviver, isso já foi há muito tempo atrás! Não vivemos mais em cavernas! Vestir peles? Animais serem esfolados vivos com tantas fibras vegetais e sintéticas ao dispor? A fartura de alimentos vegetais nos seus inúmeros preparos nos dão a chance de retornar ao plano original, uma alimentação saudável, que poupa o meio ambiente e a vida de outros seres animais, que sentem e sofrem como nós!

Quando se questiona essas práticas, mais do que contrariar costumes e tradições, se está propondo algo novo!


Um olhar compassivo e positivo! Uma vida livre de crueldade, que dignifica o homem e o retira do ciclo da violência!





Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook

http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais

Um comentário:

  1. Texto sensível e conscientizador! Pelo Direito à Vida Digna de todos os Animais!

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